Câncer de Boca
O câncer de boca são tumores malignos que podem aparecer nos lábios, na língua, na gengiva, nas bochechas, no palato duro (céu da boca) e/ou assoalho da boca (embaixo da língua) e está entre as principais causas de óbito por neoplasias. Representa uma causa importante de morbimortalidade, uma vez que mais de 50% dos casos são diagnosticados em estágios avançados da doença.
Essa é uma doença que pode ser prevenida de forma simples, desde que seja dada ênfase à promoção à saúde, ao aumento do acesso aos serviços de saúde e ao diagnóstico precoce (A Saúde Bucal no Sistema Único de Saúde, 2018).
Abaixo encontra-se os fatores de risco:
- Fatores culturais e socioeconômicos.
- Tabagismo (uso de cachimbos, hábitos de mascar fumo, entre outros).
- Etilismo.
- Exposição à radiação solar.
- Deficiência imunológica (adquirida ou congênita).
- Uso crônico de álcool e tabaco, associados, potencializa o risco de aparecimento do câncer de boca.
Nesse sentido, com o intuito de se estruturar uma linha de cuidado do câncer de boca nos estados e municípios, o Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realiza um projeto que visa desenvolver um conjunto de ações que viabilizem a construção da Rede de Diagnóstico e Tratamento do câncer de boca, cabeça e pescoço e demais cânceres que têm repercussão na cavidade oral, articulando os diversos pontos da rede de atenção. A ferramenta utilizada para essa articulação é um o aplicativo móvel “TeleEstomato” que permite interação síncrona e assíncrona, propiciando aos profissionais teleinterconsultas, telerastreios, telediagnósticos e teleducação.
A qualificação das equipes de saúde bucal sobre diagnóstico de câncer de boca, bem como estratégias de comunicação para a população são importantes. A oferta da especialidade obrigatória de diagnóstico nos Centros de Especialidades Odontológicas também representa uma ação que visa aumentar a probabilidade do diagnóstico precoce bem com as ações na Atenção Primária.
População
A OMS relaciona o câncer de boca ao tabagismo associado ao etilismo como um dos principais fatores para o aparecimento do câncer de boca, pois o consumo combinado de tabaco e álcool é um potencializador para o aparecimento desse tipo de câncer.
O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais, por isso o tabagismo é um forte inimigo para a saúde bucal. Dentre os principais danos do tabaco na cavidade bucal estão:
- Câncer de boca;
- Doença periodontal;
- Halitose (mau hálito)
- Manchas nos dentes e na língua e na mucosa.
- Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.
Os dispositivos eletrônicos para fumar, constituem um desafio recente, pois são divulgados como opções mais seguras ou “livres de fumaça” em comparação com cigarros convencionais. No entanto, um robusto conjunto de evidências indica que esses possuem potencial viciante e causam danos à saúde semelhantes ao cigarro convencional (World Health Organization, 2021)
Para saber um pouco mais sobre o câncer de boca e a saúde oral, procure a equipe de saúde bucal da UBS mais próxima à sua casa. Eles estarão prontos para lhe orientar.
Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com o serviço de saúde.
Profissional
O Código Internacional de Doenças (CID-10) para câncer de boca é C00-C06. Este intervalo cobre diferentes localizações dentro da boca:
- C00 - Neoplasia maligna do lábio
- C01 - Neoplasia maligna da base da língua
- C02 - Neoplasia maligna de outras partes e partes não especificadas da língua
- C03 - Neoplasia maligna da gengiva
- C04 - Neoplasia maligna do assoalho da boca
- C05 - Neoplasia maligna do palato
- C06 - Neoplasia maligna de outras partes e partes não especificadas da boca
Acesse a Diretrizes para a prática clínica odontológica na APS - Condutas para diagnóstico das desordens orais potencialmente malignas e do câncer de boca para conhecer a abordagem sobre rastreio de desordens orais potencialmente malignas que, detectadas em tempo oportuno, podem ter desfechos mais favoráveis para os usuários em termos de qualidade de vida e sobrevida, à luz do que consta nas “Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (2004)”.
Gestor
O uso do aplicativo TeleEstomatologia permite uma comunicação rápida, eficaz, sigilosa devido aos mecanismos de controle de dados. Também permite estabelecer um fluxo de diálogo e de encaminhamento para unidades de atendimento de maior complexidade. Isso fortalece a integralidade do cuidado e melhora a resolutividade do processo. De forma inovadora também, possibilita a formação continuada de profissionais na área e gera um banco de dados extremamente rico para a pesquisa e o desenvolvimento de políticas públicas.
O aplicativo TeleEstomatologia conta com as seguintes funções:
- Teleinterconsulta
- Telerastreio
- Telediagnóstico
- Teleeducação
O cirurgião-dentista (seja da atenção primária à saúde, da atenção secundária ou terciária) deverá se cadastrar no aplicativo móvel “Teleinterconsulta em Estomatologia na Paraíba”. Após cadastrado, caso identifique uma lesão na cavidade bucal durante um atendimento e surja alguma dúvida na condução, deverá coletar os dados clínicos e realizar os registros fotográficos. Em seguida, deverá acessar o aplicativo e encaminhar o caso. Este, por sua vez, será distribuído entre os consultores que irão avaliar a situação e responder a dúvida do cirurgião dentista com orientações de como deve proceder. Toda essa comunicação se dará por meio do aplicativo.