Qualidade da Banda Larga e Quebra de Fidelidade
- Experiência de uso da banda larga
A qualidade de experiência do uso do serviço de banda larga depende de três fatores principais: do terminal utilizado no acesso ao serviço, da conexão utilizada, que pode ser de banda larga fixa ou móvel, e por fim, do provedor do serviço em si.
Terminal
Características do terminal utilizado, tais como, padrões de rede, níveis de processamento e memória disponíveis, influenciam diretamente na experiência de uso. Terminais com processadores mais velozes, com os padrões de rede móvel e WI-FI mais modernos, produzem experiências aprimoradas na utilização dos serviços.
Conexão
No caso da banda larga fixa, em tempos de utilização massiva de redes sem fio, alguns cuidados precisam ser observados para se extrair ao máximo a capacidade da sua conexão. Com os avanços das velocidades ofertadas, não é raro a velocidade contratada ser entregue no modem/roteador da prestadora, mas o usuário não conseguir utilizá-la por limitações do Wi-Fi (rede interna do usuário). Abaixo, seguem algumas dicas importantes para uma boa experiência de uso da rede sem fio.
- Utilize, preferencialmente, a banda de 5.8 GHz do roteador, quando disponível.
Normalmente as operadoras instalam roteadores sem fio do tipo dual band, ou seja, eles funcionam nas faixas de frequências de 2.4 e 5.8 GHz. A faixa de 2.4 GHz possui menor largura de banda para o tráfego de dados e está suscetível a mais interferência, dado que mais dispositivos a utilizam. Já a faixa de 5.8 GHz possui maior dificuldade de propagação, por isso, seu alcance territorial é inferior à faixa de 2.4 GHz. O importante para uma melhor experiência de uso é buscar ficar próximo ao roteador sem fio e sem a presença de obstáculos entre o roteador e o dispositivo do usuário, evitando problemas de transmissão associados às tecnologias sem fio.
- Utilize, preferencialmente, dispositivos e roteadores que operem nos padrões mais recentes de Wi-fi.
De forma equivalente à telefonia móvel, que está sendo implantada no País em uma nova geração tecnológica, o 5G, para a o Wi-fi, também existem diversas gerações: Wi-fi 4 (802.11n), Wi-fi 5 (802.11ac) e Wi-fi 6 (802.11ax), para citar algumas. Quanto mais nova a geração do Wi-fi (padrão utilizado), maior será a velocidade obtida e o nível de experiência. Tanto o dispositivo do usuário quanto o roteador sem fio precisam ser compatíveis com o mesmo padrão. Dispositivos e roteadores que operam nos padrões mais recentes também são compatíveis com padrões anteriores. As prestadoras de banda larga fixa têm ofertado, cada vez mais, serviços adicionais para melhorar a qualidade da rede interna do usuário, por exemplo, com a oferta de roteadores do tipo mesh, que operam em conjunto (duas ou mais unidades e oferecem uma melhor cobertura do sinal Wi-fi), ou mesmo, a conexão por meio de cabo dos diversos pontos de interesse dos usuários.
- Conheça em detalhes seu plano de serviço
Fique atento às características do seu plano de serviço, em especial, às velocidades de download e upload comercializadas pela sua operadora, haja vista, que os planos em regra se diferenciam em razão da velocidade ofertada, IP fixo ou dinâmico, entre outros aspectos.
Na banda larga móvel, procure se manter na área de cobertura do serviço, informações detalhadas sobre o tema podem ser obtidas na página Cobertura - Telefonia Móvel. Além disso, configure seu dispositivo para se sempre se conectar no tipo de rede mais avançada disponível na região, redes do tipo 4G e 5G trazem a melhor experiência de uso do serviço de dados. Avalie qual operadora oferta a rede mais avançada na sua região.
Provedor do serviço
O provedor do serviço também possui papel importante na qualidade da experiência de uso da banda larga, provedores que disponibilizam servidores de conteúdo mais próximos dos usuários e dimensionados adequadamente aprimoram o nível do serviço disponibilizado, especialmente, em serviços de vídeo sob demanda (streaming) e jogos on-line.
- Utilize outra aplicação da internet para confirmar se o problema de um serviço está no provedor ou na sua conexão de banda larga da sua prestadora.
Em determinadas situações, um serviço de internet pode estar indisponível ou com desempenho deteriorado sem de fato ser um problema da sua operadora.
Os usuários dos serviços de banda larga do país possuem à sua disposição ferramentas disponibilizadas pela Anatel para a avaliação do desempenho da sua conexão. Mais detalhes são apresentados na seção a seguir.
- Ferramentas de medição da ESAQ
Em atendimento ao Regulamento de Qualidade dos Serviços de Telecomunicações – RQUAL, aprovado pela Resolução nº 717/2019, a Entidade de Suporte à Aferição da Qualidade (ESAQ), responsável por operacionalizar a aferição dos indicadores, criou ferramentas para a realização de testes de desempenho das conexões da banda larga fixa e móvel.
Por meio das ferramentas é possível medir as velocidades de download e upload, latência bidirecional, variação da latência (jitter) e percentual de perda de pacotes. Entenda cada um desses termos:
Velocidade de download É a velocidade na qual os dados são transferidos da Internet para o usuário. É medida em megabits por segundo (Mbps) e representa a quantidade de dados recebidos em um segundo Velocidade de upload É a velocidade na qual os dados são transferidos do usuário para a Internet. É medida em megabits por segundo (Mbps) e representa a quantidade de dados enviados em um segundo Latência bidirecional É o tempo que um pacote de dados demora para ir do seu computador até o servidor e voltar. A latência bidirecional, ou ping, demonstra o atraso nesta comunicação. Quanto maior a latência, pior é a qualidade da rede Variação da latência (jitter) É quando a rede está “congestionada” ou “atrasada”, pois, há variação com atraso na entrega de dados. A variação de latência é medida a partir dos testes de pings Percentual de perda de pacotes Ocorre quando um ou mais pacotes de dados que trafegam pela rede não conseguem chegar ao destino. É medida como uma porcentagem dos pacotes perdidos em relação aos pacotes enviados
As ferramentas disponíveis para testar a qualidade da banda larga fixa e móvel são: o site Brasil Banda Larga e o Aplicativo ESAQ. Ambos disponibilizam, além dos testes de velocidade, o histórico e a média dos resultados obtidos pelo consumidor.É importante destacar que os testes realizados pelos usuários de banda larga móvel das prestadoras Algar, Claro, Tim e Vivo são isentos de cobrança de tráfego, ou seja, os dados utilizados no teste da conexão não são descontados da franquia dos usuários.
O Aplicativo ESAQ é gratuito e está disponível para os sistemas Android e iOS.
Site Brasil Banda Larga
https://www.brasilbandalarga.com.br
Aplicativo ESAQ
Baixe o aplicativo ESAQ - Brasil Banda Larga
Caso o usuário constate problemas na sua conexão de banda larga fixa, ele pode se utilizar da ferramenta oficial de quebra de fidelidade, conforme explicado no tópico a seguir. - Quebra de Fidelidade
O Regulamento de Qualidade dos Serviços de Telecomunicações – RQUAL, aprovado pela Resolução nº 717/2019, alterou alguns dispositivos do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações – RGC, aprovado pela Resolução nº 632/2014, para garantir ao consumidor, entre outros, o direto de desfazer a fidelização junto a sua prestadora, caso comprove o descumprimento do contrato individual de banda larga fixa.
Para comprovar o descumprimento contratual, o consumidor deverá seguir o fluxo de avaliação indicado na ferramenta de quebra de fidelidade, que será disponibilizada no futuro pela Anatel.
Ferramentas de medição da ESAQ x Canal oficial de quebra de fidelidade
As ferramentas da ESAQ (Aplicativo ESAQ e Site Brasil Banda Larga) foram criadas para permitir que o consumidor realize testes de velocidade da banda larga fixa e móvel e, assim possa conhecer melhor o desempenho das redes. Além disso, as medições realizadas no aplicativo ESAQ são utilizadas pela Anatel no monitoramento dos indicadores de qualidade do RQUAL.
Já o canal em desenvolvimento para quebra de fidelidade da banda larga fixa (exclusivamente), como o próprio nome indica, tem por objetivo a comprovação de descumprimento contratual e não é considerado no processo de aferição dos indicadores.