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Superintendente da SRC representa a Anatel no 1º Encontro Nacional de Mulheres de Carreiras de Estado
O primeiro Encontro Nacional de Mulheres de Carreiras de Estado, realizado em Brasília (DF), nos dias 13 e 14 de novembro, contou com a presença da superintendente de Relações com Consumidores da Anatel, Cristiana Camarate, que representou a Anatel e as demais agências reguladoras.
O convite para Camarate foi feito pela União Nacional dos Servidores de Carreira das Agências Reguladoras Federais (Unareg), que apoiou o evento. Várias servidoras da Anatel também participaram da iniciativa. Esta foi a primeira vez que mulheres integrantes de carreiras de Estado e assemelhadas se reuniram para discutir os desafios comuns à construção de uma agenda de paridade de gênero para a administração pública brasileira em nível federal, em particular em carreiras de Estado.
O encontro reuniu as ministras Esther Dweck (Gestão), Cida Gonçalves (Mulheres) e Anielle Franco (Igualdade Racial), além da presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Betânia Lemos, da diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, e da secretária-executiva da Comissão Interamericana de Mulheres da Organização dos Estados Americanos (OEA), Alejandra Mora Mora, que estiveram na abertura do evento. Na ocasião, Betânia Lemos e Illana Tombka assinaram a adesão da Enap à Rede Equidade, do Congresso Nacional.
Participaram também as embaixadoras da Austrália no Brasil, Sophie Davies; da Suécia, Karin Wallensteen; da República Tcheca, Pavla Havrlíková; do Haiti, Rachel Coupaud; e de Gana, Abena Busia.
Conforme dados levantados pela Superintendência de Administração e Fiscalização (SAF) da Anatel em conjunto com as demais agências reguladoras, as mulheres representam cerca de 27% do total de servidores dessas organizações. O percentual exclui a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que têm, respectivamente 56% e 53% de mulheres em exercício.
Ao longo do encontro foram realizadas oficinas com os temas Estrutura de Trabalho e Cuidado, Diversidade e Interseccionalidade, Violência e Assédio e Evolução na Carreira, Liderança e Ações Afirmativas. Nelas, emergiram questões como a importância de uma rede de apoio, não só familiar, mas social, criando um ambiente acolhedor em que seja possível a mulher trocar experiências, falar de suas dores e angustias, bem como compartilhar sucessos. Os debates envolveram também silenciamento e acesso a cargos.
No painel em que se discutiu Políticas de Paridade de Gênero na Administração Pública em nível internacional, Flavia Tello-Sanchez, coordenadora da força tarefa interamericana para a liderança feminina da OEA, apresentou dados em que mostra como estão a ocupação das mulheres nos postos de liderança, em que o Brasil está em último lugar comparado com todos os países da América Latina.
No encerramento, realizado na terça-feira (14/11), a ministra Carmem Lúcia, do Supremo, Tribunal Federal, mencionou a importância da presença de mulheres nos espaços de decisão e poder, tendo em vista que a diversidade de perspectiva é importante para que o Estado reflita todos os pontos de vista existentes na sociedade brasileira, já que as mulheres representam mais de 50% da população. A ministra destacou que a mudança deve ser estrutural e em todos os campos da sociedade, no âmbito político, institucional e cultural.
As servidoras da Anatel avaliaram o encontro positivamente. “Achei muito impactante em termos de informações, trocas, rede e exemplos de outras carreiras”, disse a chefe da Assessoria Técnica (ATC) da Procuradoria Federal da Anatel, Carla Barreto. “Essa ‘rede’ de troca entre as mulheres, ou sororidade, é extremamente benéfica e estimulante para percebermos que não estamos sozinhas, que possuímos as mesmas dores e dificuldades e que juntas podemos nos ajudar”, avaliou a servidora da Superintendência de Controle de Obrigações (SCO), Patrícia Coutinho.
Para a assessora do Conselho Diretor da Anatel, Patrícia Artur, o debate foi muito construtivo e agregador. “Pudemos conhecer situações comuns entre os temas, principalmente em ter que conciliar a vida pessoal com a profissional, por vivermos numa sociedade machista em que a maioria das responsabilidades sobrecarregam as mulheres”, afirmou.
O encontro foi uma realização do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e da Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras (AMDB), em parceria com a Ministério das Mulheres e a ONU Mulheres, e do qual participam diversas associações representativas de carreiras de estados.