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Gape aprova projeto-piloto para atendimento a 181 escolas
O Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) aprovou, quarta-feira (27/7) em sua 7ª Reunião Ordinária, a realização de projeto-piloto contemplando o atendimento a 181 escolas públicas de educação básica. O projeto será, agora, encaminhado à aprovação do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como determina o Edital de 5G.
O projeto prevê a realização de todas as etapas de atendimento às escolas: instalação de rede até escola (última milha), conexão em banda larga, instalação de rede interna e, se for o caso, instalação de laboratório de informática e rede de energia elétrica.
A partir da definição dos municípios e escolas do projeto, será possível agrupar as escolas brasileiras por tipo – sem energia, sem internet, com internet insuficiente, sem rede interna ou sem laboratório de informática – estimar os custos de atender a cada tipo de escola, considerando os dados disponíveis no mapeamento realizado e em referências de custos disponíveis, e propor cronograma de entrega das escolas.
Conforme proposta do Gape, no projeto-piloto serão atendidas instituições de ensino de dois municípios de cada região do País:
Norte |
Pau D’Arco/PA – 11 escolas Espigão do Oeste/RO – 22 escolas |
Nordeste |
Baía da Traição/PB – 17 escolas Santa Luzia do Itanhy/SE – 22 escolas |
Centro-Oeste |
Gaúcha do Norte/MT – 15 escolas Cavalcante/GO – 24 escolas |
Sudeste |
Berilo/MG – 24 escolas Silva Jardim/RJ – 21 escolas |
Sul |
Entre Rios/SC – 10 escolas Domingos Soares/PR – 15 escolas |
Total de escolas: 181 |
Critérios
A definição dos contornos do projeto-piloto partiu da seleção das escolas sem internet no País. Segundo levantamento realizado pelo Gape, o Brasil possui atualmente pouco menos de 10 mil instituições públicas de educação básica sem conectividade. Desse total, 90% estão nas regiões Norte e Nordeste.
O Grupo definiu, então, um indicador para o ranqueamento das escolas composto por quatro fatores:
- Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que reflete as condições sócio econômicas;
- % de alunos desconectados, que aponta a quantidade de alunos impactados;
- densidade do Serviço de Comunicação Multimídia, que indica a disponibilidade pré-existente de infraestrutura de banda larga fixa; e
- localização diferenciada, se a região é indígena, de quilombo ou assentamento.
Após o ranqueamento segundo esse indicador, foram analisados critérios como existência de backhaul de fibra ótica e número de escolas no município e, ainda, a necessidade de que o projeto fosse suficientemente abrangente, ou seja, incluísse as cinco regiões do País, pelo menos dois estados de cada Região, apenas um município de cada Estado e cerca de 200 escolas.
Além disso, a seleção de escolas deveria ser diversificada: foram selecionadas instituições de ensino sem internet, sem energia, com internet insuficiente, sem rede interna Wi-Fi, sem laboratório de computação e de localidades indígenas, quilombos e assentamentos.
Gape
O Gape tem como objetivo a consecução de projetos de conectividade de escolas públicas de educação básica, com a qualidade e a velocidade necessárias para o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas atividades educacionais.
Cabe ao Grupo a definição dos critérios técnicos, metas e prazos dos projetos que podem contemplar quaisquer infraestruturas, equipamentos e recursos associados à consecução dos objetivos relacionados à conectividade das escolas públicas de ensino básico; acompanhamento e fiscalização das atividades da Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace); e a aprovação do uso dos recursos previstos para execução pela Eace.
O Gape é composto por representantes da Anatel, dos ministérios das Comunicações e da Educação e por um representante de cada uma das proponentes vencedoras da faixa de 26 GHz no Leilão do 5G (Edital de Licitação nº 1/2021-SOR/SPR/CD-ANATEL).
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