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INFRAESTRUTURA
Entenda o Projeto de Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal
O Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) deu hoje um passo significativo para a modernização da comunicação no setor público ao autorizar o início do Projeto da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal. Este projeto visa aprimorar a segurança e a eficiência das comunicações entre os órgãos federais, por meio da implementação de redes fixa e móvel com altos padrões de segurança e criptografia.
Rede Fixa para Órgãos Federais
A nova rede fixa será composta por 6.500 pontos de atendimento distribuídos pelas 27 capitais do país. Utilizando tecnologia de fibra óptica e criptografia fim-a-fim, esta rede garantirá uma comunicação segura e estável para diversos órgãos públicos federais. Este segmento fixo complementará as redes de governo já existentes, proporcionando maior robustez e segurança nas atividades diárias dos órgãos.
Rede Móvel para Segurança Pública e Resposta a Emergências
Além da rede fixa, o projeto prevê a implantação de uma rede móvel que será crucial para a interoperabilidade entre as redes legadas de órgãos de segurança pública e de resposta a emergências. Esta rede utilizará a tecnologia LTE (Long Term Evolution), oferecendo acesso a aplicações de vídeo e dados, como bodycams, imagens de drones e geolocalização, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz a situações de desastre e emergência. A Rede Móvel Privativa será implantada no Distrito Federal, com possibilidade de expansão para todo o território nacional.
Atualmente, cada órgão possui uma rede própria para comunicação entre seus agentes, com uso de diferentes tecnologias como POL, TETRAPOL e P25, não sendo possível a comunicação entre forças de segurança. A Rede Móvel Privativa concretizará o objetivo proposto pelo projeto do Sistema Nacional de Comunicações Críticas (SISNACC), que buscava a integração de diversas entidades governamentais pelo uso do Sistema de Radiocomunicação Digital Troncalizado (SRDT) do Exército Brasileiro.
A primeira fase do projeto, cujo início foi autorizado pelo Gaispi neste dia 30 de julho, permitirá a comunicação entre agentes de diferentes órgãos de segurança pública, utilizando-se de uma plataforma de missão crítica que permitirá a criação de grupos de maneira dinâmica para a realização de missões por mais de uma força de segurança, com o uso de somente um terminal. Esta integração é especialmente importante em situações de calamidade e desastres, nas quais diversos órgãos são acionados, como defesa civil, bombeiros e forças policiais.
Em um segundo momento, com a implantação plena da rede LTE, será disponibilizado o acesso aos agentes de segurança a modernas funcionalidades que se utilizam de altas taxas de transmissão e baixas latências. Esta segunda fase permitirá, ainda, a redução de custos e a potencial ampliação de cobertura.
A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), criada pelo Edital do 5G, será responsável pela implantação da rede, utilizando-se de equipamentos para fazer a integração das redes legadas, de núcleo LTE próprio e da infraestrutura de acesso de operadoras comerciais. A operação da rede móvel será de competência da Telebras, conforme estabelecido pelo Decreto nº 11.299, de 21 de dezembro de 2022, que alterou o Decreto nº 9.612, de 17 de dezembro de 2018. O modelo proposto, além de garantir a adequada gestão da rede, garantirá a sustentabilidade do projeto.