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CAPACITAÇÃO
Em iniciativa inédita, Anatel capacita servidores em segurança cibernética pela Harvard Kennedy School
De 15 a 19 de janeiro, servidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) participaram do curso Cybersecurity: The intersection of policy and technology (Cibersegurança: A interseção entre política pública e tecnologia), contratado junto à Harvard Kennedy School. A iniciativa, inédita na Anatel, foi promovida pelo Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovações Tecnológicas (Ceadi), em parceria com a Superintendência de Administração e Finanças (SAF), por meio de sua Gerência de Administração e Desenvolvimento de Pessoas (AFPE).
O curso faz parte do programa Eleva, de responsabilidade do Ceadi, o qual tem por objetivo atualizar o corpo técnico da Agência para atender às novas demandas sociais e ao novo ecossistema digital na qual está inserida.
Segundo o presidente do Ceadi, o conselheiro diretor Alexandre Freire, a Anatel está em processo de alteração do Regulamento de Segurança Cibernética Aplicada ao Setor de Telecomunicações, aprovado pela Resolução nº 740, de 21 de dezembro de 2020. “Há várias preocupações envolvidas nessa temática com o surgimento de novas tecnologias que podem impactar em toda a infraestrutura de telecomunicações e o ecossistema digital no qual a Agência está inserida. O curso, com uma das melhores universidades do mundo, permitirá que o corpo técnico da Anatel esteja preparado para os desafios futuros”, disse.
O superintendente de Administração e Finanças, Daniel D’albuquerque, declarou que “o curso, fruto de parceria com o Ceatel, visa dar cumprimento ao Plano de Desenvolvimento de Pessoas da Anatel, com iniciativa de excelência em uma das instituições acadêmicas mais renomadas do mundo, que atende às necessidades estratégicas da Agência em virtude das demandas do novo ecossistema digital”.
Sami Benakouche, gerente de Controle de Obrigações Gerais da Anatel, que trabalha no combate a golpes, fraudes e spoofing, participou da capacitação e relatou que foram realizadas apresentações e debates sobre privacidade, conflitos internacionais no campo da cibersegurança e governança da internet. Ele destacou “o alto nível técnico do curso, não só em relação aos palestrantes, mas principalmente no variado grupo de participantes, dentre eles, dirigentes de órgãos governamentais, representantes da indústria, forças de segurança pública e militar de diferentes países”. Para o gerente, “o curso foi uma ótima oportunidade de atualizar conhecimentos sobre o tema, assim como de compartilhar experiências e ideias sobre um tema tão atual e relevante."
Eduardo Hiroshi Murakami, que atualmente coordena atividades de fiscalização de segurança cibernética nas operadoras de telecomunicações pela Superintendência de Fiscalização da Anatel, disse que “o curso foi importante para conhecer a visão de governos que estão bem avançados em questão de políticas e tecnologias para segurança cibernética. A metodologia de Harvard é mundialmente reconhecida, promovendo debates e discussões em temas delicados e teve como participantes profissionais integrantes do alto escalão da OTAN, Departamento de Defesa dos EUA e de outros países, além de profissionais da iniciativa privada”.
Para Eduardo Jorge Brito Rodrigues, gerente substituto da Anatel no estado da Paraíba, o curso oferecido pela Harvard Kennedy School foi "uma formação bastante completa e de excelente qualidade. A iniciativa do CEADI em buscar esse treinamento tão específico, fornecido por uma das mais renomadas Universidades dos Estados Unidos para o corpo de Servidores da Anatel foi algo inédito e muito assertivo. O curso combinou a facilidade do ensino à distância com ferramentas didáticas que permitiram o envolvimento dos alunos com outros profissionais selecionados de cibersegurança de todos os continentes do mundo. Ademais, a proposta metodológica agregou profundos conhecimentos tecnológicos, jurídicos, econômicos e políticos. Em cada sessão de estudos, professores e tutores estimularam o pensamento crítico e a participação oral dos estudantes. "Achei a experiência bastante estimulante e não vejo a hora de colocar os conhecimentos em prática nos debates do GT-Ciber da Anatel, assim como em outros eventos promovidos pelo CEADI no âmbito da revisão do R-Ciber", disse o gerente regional.
Gesilea Fonseca Teles, chefe de gabinete do conselheiro Vicente Aquino, declarou que "as dinâmicas de grupo mostraram diferentes perspectivas sobre a segurança cibernética, inclusive sob o ponto de vista geopolítico e cultural. As palestras dos professores confirmaram a importância do tema em âmbito nacional e internacional e possibilitaram importantes reflexões que devem ser consideradas quando a Anatel promover a revisão do Regulamento de Segurança Cibernética, já em estudo no âmbito do Conselho Diretor, sob a relatoria do Conselheiro Alexandre Freire".
Jordan Silva de Paiva, assessor da Superintendência de Fiscalização, disse que participar do programa Cibersegurança: A Interseção de Política e Tecnologia, na Harvard Kennedy School "foi uma experiência de aprendizado valiosa, tanto profissional quanto pessoalmente, fornecendo uma oportunidade de interagir com outros profissionais, obter novos insights na área e aprimorar as habilidades e conhecimentos entre a política e a tecnologia de segurança cibernética, além de aprender com especialistas do setor e líderes inovadores de todo o mundo.”
Marcio Henrique da Silva Souza, servidor na Anatel Alagoas, relatou que "foi uma experiência incrível e de grande aprendizagem, por uma instituição de know-how a nível global, com apresentações de alto nível fazendo jus a instituição, mas o que destacava era que havia debates diários em grupos com temáticas diferentes sobre segurança cibernética. E, durante ou após as palestras havia novos grupos para discussão, formados de modo aleatória aos participantes, o que criava situações interessantes, não só pela compreensão do idioma, mas também em visão de mundo, já que os grupos eram heterogêneos, indo desde estudantes até militares graduados em situação de guerra, onde havia troca de experiências de trabalhos e de vida, além de momentos lúdicos em que ocorria entre os intervalos das aulas".
Vanessa Copetti Cravo, coordenadora na Anatel Rio Grande do Sul, disse que "o curso permitiu uma visão estratégica do estado da arte das discussões de segurança cibernética propiciando muitas e necessárias reflexões sobre o tema. Os aprendizados serão subsídios valiosos para os trabalhos do GT-Ciber".