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PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Conselho Consultivo se reuniu para tratar sobre temas relevantes do MWC e a implantação do 5G no Brasil
Foi realizada nessa terça-feira (19/3) a 216ª Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo, na sede da Anatel, em Brasília. Os membros do Conselho abordaram os principais assuntos do Mobile World Congress (MWC), evento de conectividade, realizado em Barcelona, Espanha, em fevereiro deste ano.
Participaram da reunião o superintendente executivo, Abraão Balbino, e o superintendente substituto de Outorga e Recursos à Prestação, Sidney Azeredo Nince. A reunião, conduzida pelo presidente do Conselho Consultivo, Leonardo Bortoletto, está disponível aos interessados no Youtube.
O superintendente Abraão Balbino falou sobre Inteligência Artificial e conectividade. Ele informou que há uma grande corrida de desenvolvedores de IA, mas a intenção é descobrir como se pode criar um ambiente cooperativo. O superintendente executivo adiantou que no mês que vem, no dia 9 de abril, a Anatel lançará Tomada de Subsídio sobre IA e conectividade para obter insumos da sociedade sobre o tema.
O superintendente disse que o processo de certificação e homologação da Anatel pode ser usado para os equipamentos de IA e que a Agência está concluindo o desenvolvimento de um módulo dentro do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para uso de IA na instrução de processos.
Ele também destacou que a Anatel celebrou acordo de cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre conectividade significativa e implementação nacional de recomendação sobre ética da IA.
Sobre o Open Ran, ele disse que há um memorando de entendimento com o Japão para a promoção da interoperabilidade em equipamentos de telecomunicações móveis. "Já havíamos feito uma parceria com a UnB e fizemos uma segunda, para construção de um laboratório de tecnologias abertas, com principal objetivo de implementar um ambiente de desenvolvimento de equipamentos e padrões. Nossa intenção é fazer parte de uma aliança internacional para estímulo de tecnologias abertas, e que o 6G seja aberto por padrão, o que é super desafiador, pois implica desconstruir o modelo atual”, declarou.
Sidney Azeredo Nince, por sua vez, informou que, em relação ao 6G, que o Brasil iniciou o processo do IMT 2030 e já houve a definição do framework, mas ainda serão desenvolvidos os requisitos técnico. De acordo com ele, o que se vislumbra para o 6G são aplicações novas mais imersivas de audiovisual. No 6G serão utilizadas faixas de frequência e largura de banda mais altas, imagens holográficas, uma grande quantidade de dispositivos conectados, para hotspots (residências, indústria, shopping centers por exemplo).
Em relação ao 5G, Sidney apresentou atualizações sobre a sua implementação. Relatou que o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) liberou a faixa para a quinta geração do serviço móvel em 3.678 municípios, atingindo 181 milhões de pessoas.
Mencionou que já foram instalados 2.238.069 de kits e agendadas 147.650 instalações, que o 5G se encontra ativo em 699 municípios e que há 19.382 estações, beneficiando 134 milhões de pessoas (o que representa 63% da população brasileira). Detalhou que o 5G registra 21,6 milhões de acessos e que foram certificados 174 modelos de celulares. Sobre o Programa Amazônica Integrada e Sustentável (PAIS), o superintendente substituto explicou que 69 municípios já foram atendidos levando internet para 10 escolas públicas, fóruns, hospitais e organizações das Forças Armadas por meio das infovias.