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DATA CENTERS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Conselheiro Alexandre Freire publica artigo sobre data centers e inteligência artificial
No último dia 3/9 o conselheiro diretor da Anatel, Alexandre Freire, publicou artigo no portal TeleSíntese intitulado "Data centers e inteligência artificial: infraestrutura crítica para o futuro das telecomunicações". No texto, Freire explora como o crescimento exponencial dos data centers, combinado com o avanço da inteligência artificial (IA), está moldando o futuro do setor de telecomunicações e influenciando diretamente a economia digital brasileira.
Freire destaca que os data centers são o alicerce da transformação digital, possibilitando o processamento massivo de dados que sustenta o funcionamento das redes modernas. Ressalta que a demanda por esses centros de processamento aumentará ainda mais com a expansão da conectividade 5G e a adoção de soluções de IA sendo crucial para o desenvolvimento de novas aplicações e serviços digitais.
Outro ponto de destaque do artigo é o uso crescente de inteligência artificial para otimizar o gerenciamento de energia dos data center. Como exemplo, apresenta o caso da Microsoft. “A tecnologia desenvolvida pela gigante dos sistemas operacionais ajusta automaticamente a temperatura e o fluxo de ar com base nas condições operacionais, minimizando o desperdício de energia. Além disso, aloca cargas de trabalho em horários de menor consumo, evitando sobrecargas e reduzindo o consumo geral de energia”, salientou.
Para o Conselheiro, “práticas como essa demonstram que os setores de tecnologia e comunicação dialogam de maneira permanente e harmônica com o Objetivo 7 da Agenda 2030 ONU, que visa dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética até 2030”.
Mencionou o trabalho que tem sido feito no âmbito do Comitê de Infraestrutura de Telecomunicações, no qual é Presidente, que tem buscado ampliar o diagnóstico sobre o papel dos data centers no ecossistema digital, bem como na concepção e aperfeiçoamento dos instrumentos regulatórios setoriais que podem dinamizar essa indústria. Destacou que uma das suas primeiras iniciativas foi a encomenda de dois estudos específicos sobre o mercado de data centers. De acordo com Freire, “para que a IA alcance todo o seu potencial na melhoria da eficiência dos data centers, é essencial a existência de um quadro regulatório e políticas governamentais que incentivem sua adoção. Por essa razão, esses estudos são tão importantes”.
O autor, assim, ressalta a importância de garantir que o Brasil esteja preparado para lidar com os desafios relacionados ao crescimento dos data centers, como a sustentabilidade energética e a necessidade de uma infraestrutura robusta que suporte a digitalização. Para Freire, é essencial que haja políticas públicas e incentivos regulatórios que fomentem o investimento em tecnologias sustentáveis, capazes de mitigar o impacto ambiental dos grandes centros de processamento de dados.
Ao final, relata que casos concretos de empresas como Google, Microsoft, Facebook, IBM e Equinix demonstram como a IA pode transformar a maneira como são gerenciados esses ambientes críticos, contribuindo para a construção de uma infraestrutura digital mais resiliente e alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
Conclui expondo que a Anatel tem um papel central nesse processo, pois “essa sinergia entre inovação tecnológica e regulação adequada é essencial para enfrentar os desafios globais de sustentabilidade e criar um mundo onde tecnologia e responsabilidade ambiental caminhem de mãos dadas”.
O artigo completo está disponível no portal Telesíntese.