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Anatel participa do evento Painel Telebrasil 2017
Os conselheiros da Anatel Aníbal Diniz, Leonardo Euler de Morais e Igor de Freitas participaram nesta terça-feira, dia 19/09, do evento Painel Telebrasil 2017, no Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília.
O conselheiro Aníbal Diniz falou sobre os desafios da expansão da infraestrutura urbana. O conselheiro explicou que a Agência está deliberando sobre o Plano Estrutural de Redes (PERT) para ampliação da rede de transporte de alta velocidade. Aníbal falou da necessidade do uso dos recursos dos fundos setoriais no setor de telecomunicações. Segundo ele, os três fundos somam desde sua criação um total de R$ 100 bilhões e trariam cerca de R$ 5 bilhões por ano para o setor. “O uso desses recursos no setor traria crescimento econômico, geração de empregos e aumento do PIB para o país”, afirmou.
O conselheiro citou algumas experiências bem sucedidas como: o cinturão do Ceará; em Minas Gerais, o Cemig Telecom, onde mais 200 provedores regionais obtêm 30% de seu faturamento total com os pequenos e médios provedores; a Rede Nacional de Pesquisa, que conecta os institutos federais e a Amazônia Conectada, que leva fibra óptica e conecta regiões isoladas na região.
Aníbal falou dos esforços da Anatel que está alterando o regulamento de compartilhamento de infraestrutura que já foi submetido à consulta pública e está em vias de ser aprovado pelo Conselho Diretor.
O conselheiro Leonardo Euler de Morais falou sobre o satélite no universo da Internet das Coisas (IoT). O conselheiro destacou a importância do desenvolvimento da banda KA para massificação da banda larga e afirmou que o satélite é a tecnologia viabilizadora do completo potencial do IoT.
Leonardo apresentou o panorama do setor, segundo ele, hoje existem 15 satélites brasileiros e outros oito satélites entrarão em operação nos próximos três anos. O satélite acaba sendo uma alternativa interessante principalmente para áreas remotas e periferias. A expectativa de crescimento é de 41 para 128 GHz. Até 2020 a capacidade utilizada pode ultrapassar a 1 terabyts.
“O satélite vai ter um papel central para a IOT, há uma previsão de mais de R$ 10,6 trilhões de investimento para absorver essa tecnologia de IOT (previsão de PIB mundial com impacto da IoT até 2030)”, disse.
O conselheiro mencionou a instalação da estação de monitoramento de satélite; o licenciamento em bloco pelo sistema Mosaico; a revisão do PPDES, com proposta de atualização da fórmula de cálculo do preço público e a super rede de satélites não geoestacionários. E também citou o PL 8306/2017 que altera a tabela de valores da taxa de fiscalização da instalação por estação. Leonardo revelou que os próximos desafios da Agência são: bandas Q e V, a revisão da regulamentação do SMGS e a banda S.
O conselheiro da Anatel Igor de Freitas falou do trabalho desenvolvido junto ao IPEA, levando em conta o componente das desigualdades sociais, que trouxe resultados muito importantes para o planejamento estratégico da Agência.“Estamos fazendo um esforço de planejamento com o Ipea para saber o que falta fazer, quanto custa fazer, qual seria o efeito/benefício. São informações fundamentais”, disse.
O conselheiro falou sobre a elaboração do Plano Estrutural de Redes de Telecomunicação (PERT). Um dos principais projetos decorrentes desse plano é a instalação de backhaul com fibra ótica em municípios ainda sem essa tecnologia. A Agência vem buscando a participação da sociedade e prestadores regionais para que contribuam com envio de dados e informações.
O conselheiro disse que as decisões tomadas para o setor são estritamente políticas, mas que a escolha política deve ser consciente, com dados e informações que justifiquem o cenário e com embasamento técnico.