Galeria de Ex-Superintendentes
Marcelo Souza Pereira
17/02/2023 - 24/04/2023
O economista Marcelo Souza Pereira teve a nomeação como superintendente da Zona Franca de Manaus, interino, publicada em edição extra do Diário Oficial da União no dia 17 de fevereiro de 2023, tornando-se o primeiro doutor a assumir o mais alto posto de comando da Autarquia. Servidor de carreira, ele ocupou o cargo de superintendente da Suframa até o dia 24 de abril de 2023.
Como gestor máximo da Autarquia, Pereira priorizou ações de reorganização institucional e de valorização dos servidores, com destaque para o encaminhamento de estudos ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços visando à reestruturação remuneratória e à realização de novo concurso público para recompor o quadro de servidores, bem como reforçou articulações no âmbito do governo federal e do Congresso Nacional, que posicionaram firmemente a Zona Franca de Manaus nas estratégicas discussões da Reforma Tributária e também no contexto de neoindustrialização do País. Durante a passagem dele pela alta administração, priorizou a manutenção de servidores da autarquia à frente da gestão.
Também durante a gestão de Marcelo Pereira, a Suframa e o projeto Zona Franca de Manaus celebraram 56 anos de existência com uma das maiores reuniões do Conselho de Administração (CAS) de sua história - a de número 308 -, no Centro de Convenções Vasco Vasques, que contou com a presença do então ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além da presença marcante da classe política e empresarial, cobertura massiva da imprensa e exposição de produtos e serviços do Polo Industrial de Manaus (PIM) e de instituições de ciência e tecnologia, entre outras atividades e anúncios representativos para a região.
Coube a Marcelo Pereira envidar esforços junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), durante as tratativas administrativas para a busca de natureza jurídica do Centro de Bioeconomia do Amazonas (CBA), para aprovação do novo Estatuto da Organização Social que vencera o certame. Na mesma linha, Pereira precisou alertar a nova gestão do MDIC sobre o risco de não se concluir os ritos administrativos da seleção de Organização Social para gerir o CBA, que já estava há 22 anos sem a definição de natureza jurídica. A união de esforços levou o governo federal a decidir manter o Edital de Chamamento Público Sepec nº 01/2022 e assinar o que viria a ser o contrato de gestão do MDIC com a Fuea/UEA/IPT.
Há que se destacar que pela primeira vez, em 56 anos, houve uma transição de gestão entre antecessor e sucessor, visto que Pereira fez questão de receber o Superintendente João Bosco Gomes Saraiva e preparar a transferência de comando da instituição.
Ana Maria Oliveira de Souza
2/01/2023 - 17/02/2023
A economista e servidora de carreira Ana Maria Oliveira de Souza assumiu o comando da Suframa em 2 de janeiro de 2023, referendada por parecer da Advocacia-Geral da União. Ana Maria foi a terceira mulher na história a exercer o cargo de superintendente da Zona Franca de Manaus e permaneceu no posto até 17 de fevereiro de 2023.
Durante o período em que atuou como gestora máxima da Autarquia, a superintendente priorizou o reordenamento institucional, nomeando servidores de carreiras em todas as Adjuntas e Coordenações-Gerais, e também ampliou o programa de gestão direcionado ao teletrabalho de servidores. Outra ação foi a viabilização de processos internos e externos necessários ao andamento qualitativo dos serviços públicos prestados pela Suframa, especialmente apoiando a estruturação da Unidade de Inteligência Fiscal, a aprovação do passivo de projetos industriais e de serviços e a prorrogação de contratos e licitações. Destacou-se, ainda, a busca pela valorização do sentimento de pertencimento dos servidores da Suframa e a reorganização de rotinas de processos garantindo o funcionamento da Zona Franca de Manaus em todos os Estados da área de atuação da Autarquia.
Algacir Antônio Polsin
17/06/2020 - 29/12/2022
O general de brigada Algacir Antônio Polsin tomou posse como superintendente da Zona Franca de Manaus em 17 de junho de 2020 e permaneceu no cargo até 29 de dezembro de 2022. A gestão foi iniciada em meio a grandes dificuldades no cenário nacional e internacional, devido às fortes restrições e impactos socioeconômicos ocasionados pela primeira fase da pandemia do coronavírus (Covid-19).
Em um período marcado pela necessária implementação do trabalho remoto geral na Suframa, reuniões por videoconferência e lockdowns em diversos segmentos da sociedade, as primeiras ações foram focadas, sobretudo, no aprofundamento de relações institucionais e na construção de sinergias com várias entidades e órgãos parceiros.
Na fase inicial da gestão, um dos principais resultados foi a conclusão das obras de revitalização viária do Distrito Industrial, executadas por meio de convênio entre a Suframa e a Prefeitura de Manaus. Além disso, também foram marcantes as ações de monitoramento do ambiente de negócios do Polo Industrial de Manaus (PIM) – o qual, a despeito da pandemia, manteve seus indicadores crescentes – e a busca pela diversificação de matrizes econômicas e pela disseminação de oportunidades da Zona Franca de Manaus para toda sua área de abrangência, com destaque para o envolvimento da Autarquia nos projetos da Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira e de Cidades Inteligentes na Amazônia, bem como a edição da Resolução CAS nº 02/2021, que ampliou possibilidades de industrialização com matéria-prima regional para toda a Amazônia Ocidental.
Posteriormente, outras ações de grande destaque envolveram o novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), que teve o lançamento do seu edital de gestão, e o Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), com as inéditas ações de georreferenciamento, por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado com o Exército Brasileiro, e da licitação de lotes para reorganização produtiva e ampliação da geração de emprego e renda na área.
Merecem ênfase, ainda, os avanços ligados ao ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da região, com destaque para o aumento do número de Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) de fora de Manaus aptas a receber recursos da Lei de Informática; a conclusão da análise do passivo processual de Relatórios Demonstrativos (RDs) do cumprimento de obrigações de PD&I decorrentes da Lei n. 8.387/1991, até o ano-base de 2019, que haviam sido alvos de recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU); o aprimoramento do Sistema de Gestão e Análise Tecnológica (SAGAT); e modernizações contínuas promovidas na Lei de Informática da Zona Franca de Manaus.
No âmbito do PIM, faz-se necessário ressaltar não apenas os recordes sucessivos de faturamento e os avanços na empregabilidade, com mais de vinte mil empregos diretos gerados entre 2019 e 2022, como também a regularidade na aprovação de novos investimentos pelo Conselho de Administração da Suframa (CAS) e as drásticas melhorias ocorridas no processo de análise e aprovação de novos Processos Produtivos Básicos (PPB) para a Zona Franca de Manaus. A área de Operações também foi otimizada, por meio de ações como a utilização de tecnologia mobile para serviços de vistorias nas fiscalizações do ingresso de mercadorias nacionais na área de atuação da Autarquia e a implementação do Protocolo Digital.
Por fim, uma das marcas da gestão de Polsin à frente da Suframa foi a retomada do projeto "Suframa nas Escolas", em função das comemorações dos 55 anos da Zona Franca de Manaus, contemplando mais de 1,2 mil alunos finalistas do ensino médio de escolas públicas de Manaus com palestras de conscientização sobre a importância do modelo ZFM, e também o lançamento de projetos institucionais pioneiros, como o “Zona Franca de Portas Abertas”, realizado em parceria com empresas do PIM com o objetivo de fomentar o turismo em Manaus e ampliar a informação da sociedade em geral sobre os resultados positivos que o modelo ZFM gera para a região e para o Brasil, e o projeto “Amazônia 2040: cenários prospectivos e agenda estratégica para o Desenvolvimento”, o qual promoveu diversos fóruns temáticos que fomentaram debates sobre assuntos estratégicos com o objetivo de construir soluções que impactem na redução das desigualdades regionais e na melhoria da qualidade de vida da população regional. Entre os temas debatidos, destaque para segmentos como bioeconomia, semicondutores, fertilizantes, mineração sustentável, empresas nascentes de base tecnológica (startups), Tecnologia 5G e Indústria 4.0.
Alfredo Alexandre de Menezes Júnior
18/02/2019 - 3/06/2020
Alfredo Menezes assinou o termo de posse em 18 de fevereiro de 2019 e esteve à frente da Autarquia por aproximadamente um ano e quatro meses, período no qual a Suframa buscou ter maior aproximação com entidades dos setores comercial e agropecuário e, ainda, maior assertividade junto ao governo federal, valendo-se, principalmente, da boa relação pessoal mantida pelo superintendente com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O objetivo declarado desde o início da gestão de Menezes era resgatar o protagonismo da Suframa e reaproveitar sua capacidade e expertise para capitanear projetos de desenvolvimento regional, com vistas a ter sucesso na “missão de proteção à Amazônia Brasileira”, conforme o próprio superintendente mencionava.
O início da gestão foi marcado pela realização de diversas visitas de cortesia, audiências e reuniões com entes federais, estaduais e municipais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, órgãos de controle, empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), entidades de classe, representações diplomáticas e meios de comunicação, entre outros, bem como pela manutenção de uma interlocução próxima e direta com o Ministério da Economia e a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec). Esta interlocução logo seria importante para defender não apenas a importância estratégica da Zona Franca de Manaus em meio às discussões da Reforma Tributária, mas também para viabilizar o destravamento e maior agilidade na aprovação de Processos Produtivos Básicos (PPBs). Nesse contexto, podem ser citados como exemplos a edição da Portaria Interministerial nº 32, de 15 de julho de 2019, e também o restabelecimento do Grupo Decisório (GD) do GT-PPB (que estava inativo há aproximadamente 20 anos), o que possibilitou a publicação de diversos novos PPBs, entre eles o de Luminárias Led, um novo segmento para a ZFM. Outro desafio vencido no período inicial da gestão graças à interlocução direta com o governo federal teve relação com a alíquota do IPI para o segmento de concentrados, que foi fixado em padrões que pudessem respeitar e resguardar ao máximo a competitividade do setor.
Menezes também esteve acompanhando o presidente em diversas viagens internacionais a países como China, Japão e Israel, entre outros, com o intuito de divulgar as vantagens competitivas da Zona Franca de Manaus, atrair investimentos e buscar a disseminação de novas tecnologias na região da área de atuação da Suframa. Durante sua gestão, também foi iniciada a revitalização do Distrito Industrial, em parceria com a Prefeitura de Manaus, e promovidas modernizações em marcos regulatórios importantes relativos a projetos industriais e agropecuários e também nas normatizações de recursos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na ZFM. A Suframa também assumiu protagonismo em discussões visando à recuperação da estrada BR-319, à construção e implementação do projeto do Distrito Agroindustrial Rio Preto da Eva e à viabilização do planejamento do governo federal de buscar novos vetores econômicos complementares à ZFM, com destaque para a tecnologia digital, turismo, bioeconomia (por meio do Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA), mineração e piscicultura, entre outros.
O superintendente também visitou os estados do Acre, Rondônia, Roraima e Amapá, buscando aproximação com entes locais e estimulando parcerias que trouxeram resultados como recursos para revitalização do Distrito Industrial de Boa Vista (RR); incentivo à restauração da BR-364 e BR-317, no Acre, e apoio na regularização das alfândegas nas fronteiras e nos aeroportos de Cruzeiro do Sul (AC) e Rio Branco (AC); e construção da Ceasa e a duplicação da BR-364, em Porto Velho (RO).
A realização da primeira edição da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (I fesPIM) também foi um marco da gestão de Menezes, evento este que contou, inclusive, com a presença do presidente Jair Bolsonaro em sua inauguração. Graças à boa relação mantida com o superintendente, Bolsonaro visitou Manaus também em uma outra ocasião, com o objetivo de presidir a 287ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS) – algo histórico, pois uma reunião do Conselho não contava com a presença de um presidente da República há mais de 10 anos.
O final da gestão de Menezes à frente da Suframa foi marcado, principalmente, pelos desafios impostos pela pandemia mundial da Covid-19 e seus vastos impactos na economia e na sociedade regional e nacional. Ainda assim, a Autarquia viabilizou a continuidade de suas operações na aprovação de importantes investimentos para o Polo Industrial de Manaus com a realização, por meio de videoconferência, da 291ª Reunião Ordinária do CAS, bem como deu início à implementação pioneira do Teletrabalho na instituição, em caráter experimental, por meio da edição da Portaria nº 368, de 20 de maio de 2020.
Appio da Silva Tolentino
2/06/2017 - 14/02/2019
Engenheiro de pesca e advogado tributarista, Appio da Silva Tolentino tomou posse na Suframa no dia 13 de junho de 2017 e permaneceu no cargo até o dia 15 de fevereiro de 2019. Nesse período, deu-se atenção especial a ações ligadas ao fortalecimento do setor primário e do Distrito Agropecúario da Suframa, com o início da elaboração de um plano diretor agroindustrial para o espaço, e também à intensificação de projetos no âmbito da Zona Franca Verde, no sentido de diversificar e incrementar a economia de toda a região. Merecem ênfase, neste contexto, a execução de dois dos principais projetos da gestão de Tolentino: o “Suframa Itinerante” e o “Suframa nos Municípios”.
Nos âmbitos institucional, a Suframa também teve como avanço de destaque o lançamento do Programa de Integridade da autarquia, o qual deriva do processo de adesão da Superintendência ao Programa de Fomento à Integridade Pública (Profip) da Controladoria-Geral da União (CGU).
Rebecca Martins Garcia
27/10/2015 - 24/05/2017
Economista, empresária e ex-deputada federal pelo Estado do Amazonas, Rebecca Martins Garcia tomou posse no cargo de superintendente da Zona Franca de Manaus no dia 27 de outubro de 2015. Sua gestão à frente da Suframa durou aproximadamente um ano e seis meses e pode ser definida, sobretudo, pelos esforços visando à melhoria da prestação de serviços, à modernização gerencial e a avanços na transparência e na desburocratização de procedimentos.
Em seu período como superintendente, a Suframa estruturou o setor de Ouvidoria; elaborou o Plano Diretor Industrial com diretrizes táticas para toda sua área de atuação até o ano de 2025; implementou a Política de Atendimento ao Cidadão, a Política de Gestão de Riscos e o Plano de Logística Sustentável; iniciou a adequação ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI); e fez a reabertura de postos de atendimento em Rio Preto da Eva (AM) e no complexo do aeroporto internacional Eduardo Gomes. Marco importante também foi a retomada da regularidade no calendário de reuniões do Conselho de Administração da Suframa (CAS), com a realização de todas as seis reuniões ordinárias previstas para 2016 – algo que não ocorria desde 2012 –, bem como a retomada, após nove anos, do caráter itinerante dos eventos, mediante a realização da 279ª Reunião Ordinária, em Macapá (AP), no dia 12 de maio de 2017.
A atuação da dirigente teve também como ponto alto a implementação de projetos estratégicos para a instituição, como são os casos da Zona Franca Verde (ZFV) e da Medida Provisória 757/2016, que instituiu a Taxa de Controle de Incentivos Fiscais (TCIF) e Taxa de Serviços (TS). Destaque, ainda, para a assinatura de Termo de Compromisso com a Prefeitura de Manaus, realizada em dezembro de 2016, visando à transferência de R$ 150 milhões oriundos de emendas parlamentares para a revitalização do Distrito Industrial de Manaus.
A exoneração da superintendente foi publicada no Diário Oficial da União no dia 24 de maio de 2017.
Gustavo Adolfo Igrejas Filgueiras
10/11/2014 - 27/10/2015
Gustavo Adolfo Igrejas Filgueiras assumiu como superintendente em exercício da Suframa no dia 10 de novembro de 2014, após a exoneração, a pedido, do ex-superintendente Thomaz Nogueira. Economista e servidor de carreira da autarquia, Igrejas ocupava de forma efetiva, à época da substituição, o cargo de superintendente adjunto de Projetos. A gestão interina durou aproximadamente um ano, sendo encerrada no dia 27 de outubro de 2015, com a posse da economista Rebecca Martins Garcia.
A continuidade dos esforços visando à reestruturação da Suframa foi a maior marca da gestão de Igrejas, com viabilização de projetos necessários à modernização e ao fortalecimento da instituição. Como principais feitos, destacam-se, principalmente, a reestruturação e reorganização da área de informática da Suframa, com ênfase na migração da hospedagem dos sistemas informatizados da autarquia para o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Houve também a garantia da continuidade das atividades do Centro de Biotecnologia da Amazônia, com assinatura de acordos e contratos emergenciais que possibilitaram a manutenção do Centro, e também o início de discussões visando a mudanças profundas em marcos regulatórios da Suframa, buscando simplificar, otimizar e trazer maior transparência a normas gerais para análise e aprovação de projetos industriais, ocupação do Distrito Industrial e do Distrito Agropecuário e investimentos compulsórios em Pesquisa e Desenvolvimento na região.
Durante o período em que Igrejas esteve à frente da autarquia, também foram desempenhados programas e ações diversos em benefício dos funcionários da instituição, entre os quais destacam-se a ampliação do Plano Anual de Capacitação (PAC), com resultados recordes de capacitações de servidores, a realização pioneira do Programa de Incentivo ao Estudo de Língua Estrangeira e também a alocação de investimentos que permitiram melhorias na infraestrutura de unidades descentralizadas, com destaque para a entrega da nova sede administrativa em Boa Vista (RR) e também a reforma e ampliação da sede em Ji-Paraná (RO).
Na gestão de Igrejas, a Suframa também se envolveu ativamente em discussões visando à qualificação como agência executiva do governo federal, buscando, dessa forma, atender tanto às metas de modernização e fortalecimento institucional quanto às contínuas demandas da classe de servidores por melhores condições salariais. Em meio a esse processo, a autarquia vivenciou a segunda greve de servidores de sua história. Iniciada no dia 21 de maio de 2015, a paralisação geral durou um total de 56 dias, sendo suspensa no dia 16 de julho.
Thomaz Afonso Queiroz Nogueira
10/01/2012 - 10/11/2014
Thomaz Afonso Queiroz Nogueira foi nomeado no dia 9 de dezembro de 2011 e teve a solenidade oficial de posse realizada no dia 10 de janeiro de 2012, no auditório Floriano Pacheco, na sede da autarquia. Bacharel em direito e funcionário de carreira da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz/AM), com larga experiência nas áreas fiscal e tributária, Thomaz Nogueira comandou a Suframa por um período de dois anos e dez meses. Sua exoneração, a pedido, foi publicada no Diário Oficial da União do dia 10 de novembro de 2014.
A gestão de Nogueira foi marcada, principalmente, por decisões voltadas à reestruturação da Suframa, entre as quais destacam-se, em especial, o encerramento do contrato de terceirização com a Fucapi, em maio de 2013, cumprindo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e o governo federal, e também a realização de um novo concurso público para a instituição, em março de 2014, que propiciou o ingresso de mais de 240 servidores de níveis médio e superior nos quadros da autarquia.
Em meio aos desafios de readequação do quadro funcional e de demandas crescentes da classe de servidores por melhores condições salariais e de trabalho, o superintendente também teve que administrar a primeira greve de servidores da história da instituição. A greve foi iniciada em 19 de fevereiro de 2014 e durou 47 dias, resultando no estabelecimento de um grupo de trabalho que tinha por objetivo discutir a reestruturação da Suframa e um novo plano de carreira para seus servidores.
Em termos de fortalecimento do modelo ZFM e do Polo Industrial de Manaus, a maior conquista ocorrida durante a gestão de Nogueira foi a promulgação da Emenda Constitucional 83/2014, que prorrogou os incentivos fiscais especiais do projeto Zona Franca de Manaus até o ano de 2073. A emenda criou o artigo 92-A no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal, acrescentando 50 anos ao prazo fixado no dispositivo, segundo o qual a vigência dos benefícios se encerraria em 2023. Foi a quarta prorrogação do modelo ZFM na história. Outra conquista legislativa nesse período foi a edição do Projeto de Resolução 72/2010, do Senado Federal, que uniformizou as alíquotas do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados.
Apesar das dificuldades recorrentes do Polo de Duas Rodas, que enfrentaria queda de produção, empregos e faturamento por conta da retração da oferta de crédito no mercado, o Polo Industrial de Manaus continuou a se consolidar e a crescer entre 2011 e 2014, especialmente no setor de Bens de Informática do Polo Eletroeletrônico. Destaque para a produção de tablets, que alcançou pela primeira vez a fabricação de mais de um milhão de unidades, em 2013, e também para o recorde histórico de 130.220 empregos gerados pelo PIM, em novembro de 2013. Outro avanço relevante foi a diversificação produtiva do Polo, com a implantação, por exemplo, do Polo de Medicamentos, possibilitada pela publicação do Processo Produtivo Básico do segmento em novembro de 2012.
Durante a gestão de Nogueira, a Suframa também deu continuidade à promoção de seus eventos institucionais mais relevantes, por meio da realização da sétima edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2013) e de três edições da Corrida Pedestre Ruy Lins, e também participou, em junho de 2012, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Outro feito destacado foi o lançamento, em abril de 2012, do portal do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), que se tornou mecanismo efetivo de transparência da informação e de maior interação da Suframa com a sociedade.
Oldemar Ianck
19/10/2011 - 10/01/2012
O economista e servidor de carreira da Suframa, Oldemar Ianck, assumiu interinamente como superintendente em 19 de outubro de 2011, após a saída da também servidora e economista Flávia Grosso, exonerada a pedido. À época, Ianck exercia, de forma efetiva, o cargo de superintendente adjunto de Projetos. Sua gestão como superintendente em exercício durou aproximadamente três meses, sendo encerrada de forma oficial no dia 7 de janeiro de 2012, com a posse de Thomaz Nogueira, oriundo dos quadros técnicos da Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas.
Membro do quadro de profissionais da Suframa desde 1980, Oldemar Ianck atuou em diversas funções ao longo de sua carreira como servidor da autarquia, incluindo passagens como superintendente adjunto de Operações, superintendente adjunto de Planejamento, assessor da Superintendência, presidente da Comissão Permanente de Licitações, assessor da superintendência adjunta de Planejamento, diretor do Departamento de Promoção de Investimentos e diretor do Departamento de Acompanhamento e Fiscalização de Projetos Industriais. Durante o breve período em que ocupou o cargo de superintendente, Ianck teve a atribuição principal de utilizar a larga experiência acumulada em sua trajetória na instituição em prol da preparação da transição da gestão para o novo superintendente. Ele também foi o dirigente máximo da autarquia durante a realização da sexta edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2011).
Flávia Skrobot Barbosa Grosso
12/05/2003 - 19/10/2011
Flávia Skrobot Barbosa Grosso foi nomeada em nove de maio de 2003 e empossada dois dias depois. Amazonense, de Manaus, formou-se em Economia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e concluiu pós-graduação em Planejamento do Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Foi a primeira servidora mulher na história da instituição a assumir o cargo e a pessoa que permaneceu no comando da Suframa por mais tempo – precisamente oito anos e seis meses.
Durante a sua gestão, o cenário econômico favorável do País e o aumento do nível de confiança de investidores propiciaram forte recuperação do Polo Industrial de Manaus (PIM), o qual se consolidou como um dos parques fabris mais modernos e pujantes da América Latina, saltando de um faturamento de US$ 10 bilhões em 2003 para US$ 35 bilhões em 2010. Outra grande marca atingida pelo PIM, ao longo do período, foi o crescimento da capacidade de geração de empregos diretos, com média de 100 mil postos de trabalho.
Cumprindo o seu papel de apoio ao desenvolvimento regional, a autarquia investiu mais de R$ 300 milhões em ações de interiorização do desenvolvimento com o objetivo de fortalecer as atividades econômicas em toda a área de atuação da Suframa (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e os municípios de Macapá e Santana, no Amapá). Esses recursos, oriundos da Taxa de Serviços Administrativos (TSA) arrecadadas junto às empresas incentivadas do Polo Industrial de Manaus, contribuíram para a viabilização de projetos de apoio à produção, infraestrutura econômica, turismo, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e capacitação de recursos humanos, comprovando o espraiamento dos benefícios gerados pelo PIM para toda a região.
Uma série de ações visando ao fortalecimento do sistema local de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação (ECCTI) foram executadas. Por meio de convênios com órgãos governamentais e instituições de ensino e pesquisa, a autarquia investiu recursos em programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), na implantação de cursos profissionalizantes, e em níveis de graduação, especialização, mestrado e doutorado em áreas estratégicas para o desenvolvimento regional. Houve a implantação do projeto estruturante do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), o qual passou a contar com uma infraestrutura físico-tecnológica, elevando-o à condição de maior complexo laboratorial da Região Norte destinado à inovação em produtos e processos ligados à biodiversidade amazônica, e tornando-o plenamente apto a entrar em atividade. Foram investidos ainda recursos no Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do PIM (CT-PIM), concebido pela Suframa com o objetivo de promover a geração e aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos avançados para atendimento das demandas do Polo Industrial de Manaus.
Outros resultados obtidos de grande importância foram as parcerias institucionais firmadas com universidades, órgãos governamentais e centros de pesquisa do Brasil e do Exterior. Além dos 12 acordos de cooperação tecnológica assinados com instituições da Alemanha, Bélgica, Finlândia, França e Japão nas áreas de Micro e Nanotecnologia, destaque para a implantação, na capital amazonense, de uma unidade do Instituto de Pesquisa Aplicada Fraunhofer, da Alemanha, uma das maiores organizações mundiais na área de pesquisa aplicada em micro, nanoeletrônica e biomicrotecnologia, por meio de termo de cooperação técnica firmado com a autarquia.
Com a finalidade de promover a inserção competitiva do modelo Zona Franca de Manaus no cenário internacional, a Suframa incentivou o crescimento do comércio exterior mediante a ampliação dos mercados de bens, serviços e atividades turísticas ofertados, produzidos ou escoados a partir de sua área de jurisdição, estabelecendo diferentes frentes de atuação: cooperação internacional, negociações comerciais internacionais do Brasil e/ou Mercosul, formulação de políticas Industrial e de Comércio Exterior; e divulgação de mecanismos governamentais voltados às exportações. Objetivando divulgar as potencialidades dos Estados de sua área de abrangência e atrair investimentos para a região, a autarquia realizou ações de promoção comercial dos produtos regionais por meio da participação em eventos nacionais e internacionais e missões comerciais a países investidores em potencial, além da realização de quatro edições da Feira Internacional da Amazônia (FIAM), principal ação implementada pela autarquia no âmbito de promoção comercial, que se consolidou como o maior evento multissetorial de negócios da região.
Sob o comando de Flávia Grosso, a Suframa implantou projeto pioneiro no País que resultou na elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Industriais do PIM, que funcionará como indutor de novas oportunidades de negócios, além de solidificar a estratégia da instituição de promover o desenvolvimento econômico da região de maneira ambientalmente sustentável. A iniciativa foi viabilizada por meio de acordo firmado com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica). A ex-superintendente também foi a responsável pela criação do projeto Selo Amazônico, cuja finalidade é fornecer certificação a produtos que utilizem insumos regionais em seu processo de fabricação, de maneira a contribuir para agregação de valor e em decorrência "abrir as portas" para a inserção de produtos com apelo amazônico em novos mercados.
Flávia Grosso priorizou a revisão do Plano Estratégico da autarquia com a finalidade de fortalecer o papel da instituição na condição de agente promotor do desenvolvimento, sendo que, diferente das revisões anteriores, o processo foi marcado por um intenso trabalho de consulta aos Estados da área de abrangência da autarquia, além de atores de referência, como entidades empresariais e acadêmicas, representações políticas, órgãos públicos e agências de desenvolvimento. Outro fato importante de sua passagem pela autarquia foi a realização do concurso público, em 2008, 30 anos depois do último grande processo seletivo para provimento de cargos na autarquia. Por fim, vale ressaltar a aprovação do Plano Especial de Cargos da Suframa, pela Lei nº 11.356, de 19 de outubro de 2006, que resultou em significativa melhoria na remuneração dos servidores do órgão.
Ozias Monteiro Rodrigues
13/08/2001 - 12/05/2003
Ozias Monteiro Rodrigues foi nomeado em 13 de agosto de 2001 e assumiu no dia 31 seguinte. É amazonense de Codajás, e já exercia desde 1998, a Superintendência Adjunta de Planejamento da Suframa. Seu programa de trabalho deu ênfase a ações importantes para o Pólo Industrial da Zona Franca de Manaus e para a promoção do desenvolvimento da Amazônia Ocidental e dos municípios de Macapá e Santana, no Amapá, como: a criação do Centro de Tecnológico do Pólo Industrial de Manaus – CT-PIM; o estímulo às exportações, o desenvolvimento das potencialidades regionais, a inauguração da sede do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), o implemento de ações para atrair novos investidores para a Região, como a realização da I Feira Internacional da Amazônia – FIAM, em 2002 além de um intenso programa de promoção comercial com a realização de viagens de prospecção de novos mercados a diversos países. Ficou no cargo até 09 de maio de 2003.
"Esta é a etapa mais importante da Zona Franca de Manaus: a fase de se criar competência tecnológica e agregar valores ao PIM, investir em inovação para que ele se consolide; é necessário implantar e consolidar novos pólos de desenvolvimento, sobretudo de ecoturismo e biotecnologia, para transformar a Zona Franca de Manaus em um projeto nacional", disse Ozias Monteiro Rodrigues. Faleceu em 13 de setembro de 2006.
Antônio Sérgio Martins Mello
26/04/1999 - 13/08/2001
Antônio Sérgio Martins Mello foi nomeado em 26 de abril de 1999, tendo assumido oficialmente, em 13 de maio do mesmo ano. Deixou o cargo no dia 13 de agosto, transmitindo-o ao sucessor Ozias Monteiro Rodrigues, no dia 31 de agosto, durante a 194 ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS).
Entre as suas principais ações destacam-se: estímulo às exportações; à integração com o Mercosul, Alca e Pacto Andino; à inserção do pólo industrial de Manaus no processo de globalização da economia; ao adensamento da cadeia produtiva visando a implantação de um pólo de componentes capaz de formar uma rede de fornecedores na região; à captação de novos investimentos para a Amazônia Ocidental e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá, e à formação de capital intelectual na região.
Durante a sua gestão, foi dada ênfase à interiorização do desenvolvimento, com investimentos em obras de infra-estrutura, por meio de convênios com os governos estaduais e prefeituras na área de atuação da Zona Franca de Manaus, bem como ao aproveitamento racional das potencialidades econômicas regionais, como fruticultura, piscicultura, turismo e bioindústria. O apoio técnico para a formação de um pólo de bioindústria na ZFM será dado pelo Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), cujas obras civis tiveram início em agosto de 1999.
Mauro Ricardo Machado Costa
10/05/1996 - 26/04/1999
Mauro Ricardo Machado Costa foi nomeado e empossado em 10 de maio de 1996, com a missão de fortalecer a Zona Franca de Manaus e a imagem pública da Suframa. Iniciou o processo de modernização da Suframa à partir da revisão do Planejamento Estratégico, definindo a autarquia como agência promotora de investimentos na Amazônia Ocidental a do o implemento de ações com a finalidade de atrair investidores, como a participação em eventos de negócios no País e no exterior; a assinatura de convênio com o Ministério das Relações Exteriores para viabilizar a participação da Autarquia e das empresas da ZFM nos eventos do Programa Nacional de Promoção Comercial; o estabelecimento de novos critérios para aplicação de recursos da autarquia na Amazônia Ocidental, priorizando os projetos de pesquisa, ensino e extensão, estudos, promoção das exportações e infra-estrutura, com vistas a interiorização do desenvolvimento; a realização de Estudos das Potencialidades Econômicas da Região, através da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para suporte aos projetos econômicos na Amazônia Ocidental; a criação do Centro de Biotecnologia da Amazônia em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazônia Legal e Ministério da Ciência e Tecnologia; a criação do Programa de Exportação da Amazônia Ocidental - Pexpam; a reconstrução, ampliação e modernização da sede da Suframa, consumida por um incêndio em maio de 1994, entre outras. Deixou o cargo em 26 de abril de 1999.
Manuel Silva Rodrigues
4/08/1992 - 10/05/1996
Manuel Silva Rodrigues foi nomeado em 04 de agosto de 1992. Na sua gestão são fixados os primeiros processos produtivos básicos provisórios e alguns definitivos; foram implantadas as Áreas de Livre Comércio de Guajará-Mirim/RO e Macapá-Santana/AP, com resultados significativos. Em 1994 faz o 1º Planejamento Estratégico para a Suframa, a partir da auscultação dos diversos públicos internos e externos, para redefinir a Missão e os Objetivos da Suframa como Instituição. Inicia-se o processo de modernização e automação das empresas industriais. O faturamento das empresas bate todos os recordes, mas o nível de empregos cai. Deixa o cargo em 10 de maio de 1996.
Alfredo Pereira do Nascimento
13/03/1991 - 1/08/1992
Alfredo Pereira do Nascimento foi nomeado em 12 de março de 1991 e permaneceu no cargo até 01 de agosto de 1992. Nesse período, foram criadas as Áreas de Livre Comércio (ALC) de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia; de Macapá-Santana, no estado do Amapá; e também as de Pacaraima-Bonfim, em Roraima, o que levou a Suframa a realizar uma série de encontros e reuniões nestas localidades para a implementação efetiva das ALCs. No âmbito industrial, os índices de nacionalização deixaram de ser exigidos pelo Governo Federal, que os substituiu pela prática do Processo Produtivo Básico (PPB). Na gestão de Nascimento foi feita a adequação da ZFM à abertura do mercado brasileiro ao produto estrangeiro, pela Lei Nº8.387, de 30 de dezembro de 1991. Também em sua gestão iniciaram as discussões sobre o tratamento ao modelo Zona Franca no âmbito do Mercado Comum do Sul (Mercosul), criado com o 'Tratado de Assunção' de 1991. Entregou o cargo ao seu superintendente adjunto de Planejamento, Manuel Rodrigues.
Leopoldo Carpinteiro Peres Sobrinho
17/04/1990 - 12/03/1991
Leopoldo Carpinteiro Peres Sobrinho foi nomeado em 17 de abril de 1990, encontrando a ZFM em fase de indefinições. Os planos econômicos Collor I e Collor II e as medidas de abertura da economia do país ao mercado externo, inspirada no modelo neoliberal, afetaram principalmente o comércio de importados, até então forte atrativo de Manaus para os turistas domésticos consumidores. No período em que esteve à frente da Suframa, Peres enfrentou forte pressão da União para que a Zona Franca reforçasse as exportações, enquanto os empresários locais exigiam fim do contingenciamento das importações. Foi na gestão de Leopoldo Peres que Tabatinga (AM) ganhou um escritório da Suframa, para representar a Autarquia na Área de Livre Comércio recém-criada na cidade fronteiriça. Também foi em sua gestão que foi assinado convênio com a Prefeitura de Manaus para o projeto urbanístico da nova Praça Francisco Pereira da Silva, conhecida como 'Bola da Suframa', no Distrito Industrial. Apresentou ainda ao Ministério da Economia estudos para substituir os índices de nacionalização dos produtos fabricados na ZFM pelo valor agregado da produção e deixou estudos mostrando a importância para o modelo de desenvolvimento de se asfaltar a BR-174 - que liga a capital amazonense à capital de Roraima -, o que permitiria escoar a produção local para a Venezuela e o Caribe. Permaneceu no cargo até 12 de março de 1991. Faleceu em 5 de março de 2018.
Jadyr Carvalhedo Magalhaes
4/08/1987 - 17/04/1990
O bacharel em Direito, com pós-graduação em Economia, Jadyr Carvalhedo Magalhães era fiscal do Tesouro Nacional quando foi nomeado para a Suframa - no mesmo dia em que Delile pediu afastamento - em 04 de agosto de 1987. Foi durante sua gestão que foi promulgada a Constituição Federal que garantiu os incentivos do modelo Zona Franca até o ano de 2013. Jadyr Magalhães prosseguiu o trabalho de divulgação da ZFM no país e exterior, organizando missões empresariais em busca de novos investidores. Nesse período foi criada a Área de Livre Comércio (ALC) de Tabatinga/AM e realizados, em Manaus, eventos de grande porte o I Seminário Internacional de Turismo e o I Encontro de Zonas Francas Latino-Americanas e do Caribe, quando foi criada a AZOLCA (Associação das Zonas Francas Latino-Americanas e do Caribe) que reuniu cerca de 55 representantes de áreas de livre comércio e zonas francas localizadas em várias partes do mundo. De 1987 até 1989 foram aprovados mais de 450 projetos industriais pela Suframa e os primeiros enquadrados como 'Polo de Informática' - que só teve autorização concedida pela Procuradoria Geral da República em 1988. Para se ter uma ideia, só em 1989 foram produzidas mais de 2,6 milhões de unidades de TVs no Polo Industrial de Manaus. Com a eleição de Fernando Collor para a Presidência do Brasil e a chegada de uma nova equipe econômica no governo federal, Jadyr deixou o cargo de superintendente em 17 de abril de 1990. Faleceu em 13 de agosto de 2014.
Delile Guerra de Macedo
5/06/1986 - 4/08/1987
A posse de Delile Guerra de Macedo, ex-presidente do Banco da Amazônia (Basa), como superintendente marcou o fim da intervenção na Suframa. Anunciado pelo ministro do interior, Ronaldo Costa Couto, no dia 2 de junho de 1986, tomou posse no dia 5, em Brasília, viajando em seguida para Manaus. Reestruturou a Autarquia, criou um Plano de Cargos e Salários para os Servidores, reviu normas e procedimentos e desenvolveu um intenso trabalho de divulgação no país e exterior e na atração de novas indústrias para a Zona Franca de Manaus. Sua administração também ficou marcada pela atuação forte na informatização dos sistemas de informação e controle da Suframa, o que permitiu o recadastramento de todas as empresas importadoras estabelecidas no modelo. Projetou excelente imagem pública da Suframa e da Zona Franca de Manaus, promovendo eventos como seminários para discutir os problemas e apontar soluções e feiras em outros Estados, mostrando ao Brasil os produtos fabricados na ZFM. Ficou no cargo até 04 de agosto de 1987, quando pediu afastamento ao então presidente da República, José Sarney, e retornou à presidência do Basa.
Régis Ribeiro Guimarães
1/04/1986 - 3/06/1986
Régis Ribeiro Guimarães era secretário-geral do Ministério do Interior quando assumiu como interventor, em 1º de abril de 1986. A intervenção, prevista para durar até 12 meses, foi rápida e ele permaneceu na função até 03 de junho de 1986, quando foi concluída auditoria interna realizada na Autarquia. Entre as decisões tomadas nos dois meses em que esteve à frente da Suframa destacam-se a suspensão de todos os cadastros antigos e o recadastramento de firmas da indústria e do comércio e a elaboração de novos critérios para a distribuição das quotas de importação na Zona Franca de Manaus, o que foi feito na 123ª reunião ordinária do Conselho de Administração da Suframa. O período de Régis como interventor coincide com a publicação do Decreto nº 92.560 (de 16 de abril de 1986) que prorrogou a vigência da Zona Franca de Manaus por 10 anos, estabelecendo o ano de 2007 como prazo final para o modelo - que encerraria em 1997.
Roberto Cohen
4/04/1985 - 1/04/1986
Roberto Cohen era o secretário de Indústria e Comércio do governo do Amazonas quando foi nomeado, em 04 de abril de 1985, para assumir a Suframa. Colocou como objetivo de sua administração a implantação de um Polo de Informática e o fortalecimento do setor componentista na indústria da Zona Franca de Manaus e, como uma das medidas neste sentido, assinou convênio com a Fundação Centro de Análise de Produção Industrial (Fucapi) - então com dois anos de existência - para implantação do primeiro curso de Processamento de Dados em nível técnico da região, e estimulou a Universidade Federal do Amazonas a criar o curso de bacharelado na mesma área. Além da questão da Informática, a gestão de Cohen fez investimentos na área de turismo, para consolidar a capital amazonense como um polo de compras de importados, e acabou com a contribuição mensal obrigatória ao Fundo Comunitário das Indústrias da Zona Franca, o Funcomiz. As medidas econômicas nacionais da época, com mudanças na moeda e no câmbio, associados a operações envolvendo as cotas de importação na ZFM, levaram o governo a realizar uma intervenção na Suframa, motivo pelo qual Cohen entregou o cargo de superintendente à Régis Guimarães em 1º de abril de 1986. Faleceu em 24 de agosto de 2010.
Joaquim Pessoa Igrejas Lopes
21/06/1983 - 4/04/1985
Joaquim Pessoa Igrejas Lopes foi nomeado em 21 de junho de 1983. Em sua administração deu ênfase ao setor agropecuário, com a criação da Fundação Centro de Apoio ao Distrito Agropecuário - Fucada e uma Fazenda Modelo naquele distrito, onde as experiências bem sucedidas eram repassadas à iniciativa privada. Implantou a Fucapi e transformou a Exposição Permanente no Cecomiz (Centro Comercial da Indústria da Zona Franca de Manaus), hoje aberto ao comércio em geral. As ações do Funcomiz passaram a abranger também o esporte e a cultura regional, com ênfase na edição de livros de autores amazonenses. Nessa época o Conselho aprovou a Resolução Nº 400/84, obrigando as empresas a veicularem em toda a publicidade impressa e de vídeo, a legenda “Produzido na Zona Franca de Manaus”, estabelecendo ainda que o lançamento de novos produtos deveria ser feito, em caráter nacional, em Manaus. Para isso, foi reservado em Salão, no Cecomiz, onde hoje funciona a Receita Federal. Deixou o cargo em 04 de abril de 1985. Faleceu em 4 de setembro de 1990.
Ruy Alberto Costa Lins
21/03/1979 - 21/06/1983
Ruy Alberto Costa Lins foi nomeado em 15 de março de 1979. Prosseguiu o trabalho técnico iniciado por Campello, iniciou a expansão do Distrito Industrial e aumentou a presença da Suframa nos outros Estados da Amazônia Ocidental - dois deles, à época, ainda territórios federais. Na sua gestão a Suframa construiu o Campus da Universidade do Acre, implantou os distritos industriais de Rio Branco/AC e Boa Vista/RR, construiu o mini-campus da Universidade do Amazonas, criou a Fucapi (Fundação Centro de Análise de Produção Industrial), como laboratório de aplicação, estimulou a criação do Centro das Indústrias e da Associação dos Exportadores da ZFM. Instituiu o Fundo Comunitário das Indústrias da Zona Franca de Manaus - Funcomiz, que recolhia um percentual do lucro das empresas para aplicação em programas de saúde pública, educação e assistência ao menor. Fundou o Consórcio do Distrito Industrial - Condin, para administração e conservação do Distrito e da Exposição Permanente dos Produtos da Zona Franca de Manaus, um show-room de tudo o que era produzido no parque industrial local, onde hoje é o Cecomiz. Na sua gestão foram criados, em 1982, os Prêmios Suframa de Jornalismo, História, Literatura e Artes Plásticas. Deixou o cargo em 21 de junho de 1983. Faleceu em 30 de abril de 2010.
Aloísio Monteiro Carneiro Campelo
2/01/1975 - 15/03/1979
Aloísio Monteiro Carneiro Campelo foi nomeado em 10 de dezembro de 1974 e tomou posse em janeiro do ano seguinte. Na sua gestão houve incremento do setor industrial, com o primeiro esboço de uma política para o setor. A Suframa firma convênios com o GEICOM (Grupo Executivo Interministerial de Componentes e Materiais), INMETRO (Instituto Nacional de Normalização e Metrologia e Qualidade Industrial) e o CTA (Centro Técnico Aeroespacial da Aeronáutica) para suporte técnico na definição de políticas e no acompanhamento dos projetos industriais em implantação. Começam a formar-se os primeiros pólos industriais, relojoeiro, ótico, eletroeletrônico e de veículos de duas rodas. Nesse período houve também o primeiro contingenciamento das importações para a indústria e o comércio, determinado pelo Governo Federal, e a exigência de índices mínimos de nacionalização para os produtos fabricados na ZFM. Na sua administração, a Suframa recebeu do Estado a doação da área do Distrito Agropecuário e delineou as primeiras diretrizes para os projetos agropecuários. Ficou no cargo até 15 de março de 1979. Faleceu em 15 de dezembro de 1999.
José Martins de Oliveira Amado
2/04/1974 - 10/12/1974
José Martins de Oliveira Amado era secretário-executivo da Suframa quando foi escolhido para substituir Hugo de Almeida. Permaneceu no cargo de 15 de março a 10 de dezembro de 1974. Durante a sua gestão, o limite de compras para turistas na Zona Franca foi dobrado, saindo de 100 para 200 dólares. Também atuou, junto ao governo federal, para evitar que a Resolução 289 do Banco Central (taxação de bens supérfluos) atingisse os produtos da área de incentivos. No período em que esteve como superintendente da Suframa, José Amado recebeu uma homenagem da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), pelo apoio da Autarquia na implantação do cabo Submarino Bracan I (que ligou o Brasil à Europa, via Ilhas Canárias) e participou das discussões com o governo do Amazonas para viabilizar a implantação do Distrito Agropecuário da Suframa. Com a sua saída, a Suframa foi comandada interinamente pelo procurador jurídico José Roberto de Souza Cavalcante até a posse de Aloysio Campelo como novo superintendente.
Hugo de Almeida
4/09/1972 - 15/03/1974
Hugo de Almeida, engenheiro, era chefe do Departamento Industrial da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) quando foi nomeado, em 15 de agosto de 1972, para assumir a Suframa, tomando posse no dia 04 de setembro. Durante a sua gestão foi inaugurada a primeira indústria no recém-criado Distrito Industrial de Manaus, local onde também foi inaugurada a nova sede da Suframa, projeto do arquiteto Severiano Mário Porto, premiado pela Associação dos Arquitetos do Brasil e que, até hoje, é citado como exemplo em cursos de arquitetura ao redor de todo o mundo. Com a mudança promovida pelo presidente Ernesto Geisel no Ministério do Interior, o novo ministro Maurício Rangel Reis indicou Hugo de Almeida para assumir a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), motivo pelo qual Almeida deixou a Suframa em 15 de março de 1974. Faleceu em 23 de fevereiro de 2013.
Floriano Pacheco
19/04/1967 - 15/08/1972
Floriano Pacheco foi o primeiro superintendente da Suframa, nomeado em 19 de abril de 1967 e empossado em 12 de maio seguinte, pelo Ministro do Interior Affonso de Albuquerque Lima, em Manaus. Paulista e coronel da reserva do Exército brasileiro, permaneceu no cargo até 15 de agosto de 1972. Na sua gestão foi aprovado o primeiro projeto industrial, o da Beta S/A e lançada a pedra fundamental do Distrito Industrial, em 30 de setembro de 1968. Quando deixou o cargo, as primeiras indústrias estavam se instalando no Distrito - a Companhia Industrial Amazonense (CIA) e a Springer - e a sede da Suframa estava em construção. Faleceu em 27 de novembro de 1978.