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Workshop debate desenvolvimento da Amacro em bioeconomia e Tecnologias da Informação e Comunicação
Evento foi transmitido, ao vivo, pelos canais oficiais dos realizadores na Internet (Foto: Reprodução/Internet)
O eixo principal do fórum online “Amacro Trilhas de PD&I” foi encerrado nesta sexta-feira (30), após cinco dias de intensos debates, mesas redondas e palestras técnicas, com a realização d o workshop “Desenvolvimento da Amacro – Bio e TIC”. O evento, realizado por meio de videoconferência, buscou promover uma discussão entre entes públicos e privados com o objetivo de propor projetos estruturantes em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e Bioeconomia relacionados ao projeto da Zona de Desenvolvimento Sustentável dos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia (Amacro).
Moderado pela presidente da Associação do Polo Digital de Manaus (APDM), Vânia Thaumaturgo, o workshop contou com as participações do superintendente da Suframa, Algacir Polsin, da superintendente da Sudam, Caroline Löw, e do pesquisador e chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Rondônia, Henrique Cipriani. Em linhas gerais, os painelistas buscaram enriquecer o debate sobre as oportunidades existentes para o projeto Amacro, os potenciais benefícios à população daquela região (que engloba 32 municípios nas partes sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia) e a possibilidade de replicação dos benefícios para outras regiões da Amazônia.
O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, afirmou que o projeto Amacro traz grandes oportunidades para a mudança da realidade socioeconômica dos 32 municípios da região, os quais apresentam, em sua maioria, baixos níveis de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ele defendeu que o aumento da presença do Estado e da iniciativa privada, por si só, já agregaria valor dentro dos diversos eixos temáticos e fomentaria ações de geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida da população local. Polsin lembrou, ainda, as mudanças ocorridas na Lei de Informática da Amazônia Ocidental e Amapá que incentivam, agora, o direcionamento de recursos para fora da Região Metropolitana de Manaus, bem como a recente edição da Resolução CAS nº 02/2021, que possibilita a industrialização da matéria-prima regional em toda a Amazônia Ocidental com incentivos fiscais previstos no Decreto Lei nº 1.435/1975.
A superintendente da Sudam, Caroline Löw, afirmou que existe um diagnóstico customizado sobre a região da Amacro levando-se em consideração todas as suas especificidades (áreas utilizadas, áreas preservadas, centros urbanos e áreas em expansão) e defendeu, entre outros pontos, que este é um momento muito oportuno para que o poder público faça uma intervenção efetiva na oferta de soluções de emprego e renda para a população, uma vez que aproximadamente 80% da cobertura vegetal daquela região ainda está preservada.
O pesquisador e chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Rondônia, Henrique Cipriani, por sua vez, afirmou que mesmo pequenos investimentos em saúde, educação, infraestrutura e novas tecnologias em uma área tão grande como aquela já começam a causar impactos positivos e geram oportunidades em diversas frentes e comentou, ainda, o enorme potencial da biodiversidade existente, com potencial aproveitamento de bioativos, fármacos e cosméticos, entre outros.
Evento
O “Amacro Trilhas de PD&I” foi uma realização do projeto Amacro – que tem a coordenação executiva da Suframa e da Sudam – e contou com o apoio da APDM, Embrapa/RO e Sociedade Brasileira da Ciência do Solo (SBCS). Os diversos debates e workshops ocorridos entre os dias 26 e 30 de abril estão disponíveis para visualização gratuita nos canais do YouTube Suframanews, Polo Digital de Manaus, Sudam e Embrapa.