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Visita a institutos do ecossistema de inovação fecha evento da Suframa no Acre
Equipamentos de realidade holográfica em 3D foram utilizados durante a visita a instituições escolhidas pelo elevado potencial de aprovação de seus processos de credenciamento no Capda (Fotos: Enock Nascimento/Suframa)
A 1ª Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento do Acre foi finalizada nesta sexta-feira (15) com visita técnica a unidades de institutos representativos do ecossistema de inovação do Estado. As instituições foram escolhidas pelo elevado potencial de aprovação de seus processos de credenciamento no Comitê de Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda) e tornarem-se aptas para receber recursos oriundos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus (Lei nº 8.387/1991).
Além de receber detalhes do portfólio de projetos já desenvolvidos ou em andamento no Instituto Senai de Madeira e Móveis Carlos Takashi Sasai e na Incubadora de Empreendimentos do Acre (Incubac), unidade do Instituto Federal do Acre (IFAC), a visita técnica realizada pela equipe da Suframa já servirá para atender a exigência de comprovação de instalações físicas, uma etapa do processo de credenciamento. “Temos buscado facilitar os processos, pois é prioridade no plano estratégico da Suframa estimular a descentralização dos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) e ampliá-los para todos os Estados integrantes da área de atuação da Autarquia, como forma de catalisar o ecossistema de inovação em toda a Amazônia”, explicou o coordenador-geral de Gestão Tecnológica da Suframa, Rafael Gouveia.
Pela manhã, a unidade visitada foi o Instituto Senai de Madeira e Móveis Carlos Takashi Sasai, localizado na rodovia BR-364, Zona B, Setor 7, Lote 6, no Distrito Industrial. A gerente do instituto, Tânia Guimarães, explicou que a área está em obras, para a construção de um terceiro provimento onde funcionará um Hub de inovação e tecnologia.
Todos os detalhes de como o local funcionará ao ficar pronto já podem ser visualizados por equipamentos de realidade holográfica em 3D, criados no local. Todos os objetos de madeira que ornamentarão os espaços foram idealizados pela equipe de design, modelados e construídos no laboratório de marcenaria.
Guimarães também explicou o funcionamento integrado da unidade do Acre ao sistema de inovação do Senai, o que permite o acesso e incorporação das competências de 930 pesquisadores de todo o Brasil. A gerente também detalhou casos de sucesso entre os projetos já desenvolvidos. Foram duas encomendas da indústria moveleira do Rio Grande do Sul para prototipagem e substituição de madeira de origem importadas por espécies amazônicas. A primeira era para buscar uma madeira com elasticidade suficiente para ser transformadas em imóveis finos de curvatura, mas com resistência necessária para durabilidade. Na segunda foram identificadas várias espécies amazônicas que poderiam ser utilizadas na fabricação de skates.
Projetos inovadores
À tarde, a equipe técnica da Suframa conheceu as instalações da Incubac, que funciona na sede da Ifac, localizado na avenida Brasil, em Xavier Maia. Se os comitentes do Capda aprovarem o credenciamento da Incubac, ela se tornará a primeira incubadora habilitada localizada fora de Manaus.
A reitora do Instituto Federal do Acre (Ifac), Rosana Cavalcante, explicou o interesse da instituição de credenciar a incubadora e ressaltou o sucesso de captação de recursos e formação de parcerias que a instituição tem alcançado, após conseguir o credenciamento no Capda.
Durante a visita, à equipe da Autarquia também foi apresentado o laboratório maker, utilizado pelos estudantes e pelas empresas incubadas. Um caso de sucesso foi a modelagem e impressão em 3D para substituir um dispositivo, com custo altíssimo de importação, essencial para o funcionamento da máquina de hemodiálise.
No Incubac, startups selecionadas fizeram apresentação de seus principais projetos. Entre eles: máquina desenvolvida para monitorar a elevação do nível dos rios e prevenir ocorrências de enchentes e alagações; uso de ozônio para sanitização das águas utilizadas na piscicultura; uso de película protetora de alimentos feita a partir do murumuru para estender a vida útil de alimentos como o açaí; uso de micro-organismos da Amazônia para substituir defensivos agrícolas e combater pragas do açaí, cupuaçu e cacau; e pomada cicatrizante para uso veterinário feito a partir de espécies amazônicas como o andiroba e o sangue de dragão; e plataforma para pagamento parcelado via pix para público não portador de cartão de crédito.