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Visita a estaleiro busca conhecer projetos e possibilidades de integração entre institutos e empresa
Complexo funciona numa área de 26 mil metros quadrados e comporta sete galpões na fabricação de balsas e embarcações. Fotos: Isaac Júnior/Suframa
Técnicos da Suframa e representantes da Marinha e do meio acadêmico estiveram no Estaleiro Eram, na manhã desta sexta-feira (23), para conhecer a empresa e alinhar ações no campo dos projetos industriais, pesquisa científica e tecnológica. A visita foi coordenada pelo superintendente da Autarquia, Algacir Polsin, e percorreu as principais instalações do complexo, localizado numa área de 26 mil metros quadrados, à margem direita do rio Tarumã-Açu, zona rural de Manaus.
Com faturamento anual acima dos R$ 140 milhões e atuação no mercado local há 29 anos - na fabricação de balsas (portuárias, petroleiras e de carga em geral), na manutenção, reparos e construção de embarcações de pequeno e médio porte, empurradores fluviais, ferry boats, terminais e outras estruturas flutuantes -, a empresa abriu as portas para possíveis investimentos junto aos institutos de pesquisa nas áreas de capacitação e certificação.
A matriz do Estaleiro Eram Rio Amazonas funciona no bairro Santo Antônio, zona Oeste, mas é no Tarumã que está praticamente toda a produção da empresa. O trabalho abrange sete galpões e o maior deles mede 300x26 metros quadrados.
Basicamente, a matéria-prima utilizada no serviço é formada por aço A32. O material vem de fora do Estado em formato de bobina e precisa de uma "desbobinadora" para ser utilizado no processo de produção.
O quadro de pessoal é formado por 400 funcionários e boa parte deles é de moradores das comunidades vizinhas como Pau Rosa e Teiú. Para exercer funções como soldadores, por exemplo, considerada uma mão de obra escassa na área em questão para o tipo de atividade apresentada, a maioria passa por um processo de capacitação e qualificação, que une teoria e prática.
Nessa relação com os comunitários também são agregados trabalhos sociais como entrega de cestas básicas às famílias dos funcionários, reparos e asfaltamento de vias, ligação de energia elétrica em ramais, entre outros benefícios.
A história do Eram se confunde com a do próprio fundador e proprietário da organização, o coariense Adalberto Azevedo. De simples operário do antigo Erin a empreendedor de sucesso, ele tem toda a vida profissional construída dentro de um estaleiro e sabe, como poucos, os caminhos para se manter forte no mercado da construção naval.