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VII FIAM recebe primeiro Fórum do Pacto pela Educação
Durante a VII Feira Internacional da Amazônia (FIAM) foi realizado o primeiro Fórum do Pacto pela Educação para o Desenvolvimento da Liderança Sustentável na Amazônia, nesta quinta (28) e sexta-feira (29), no Studio 5 Centro de Convenções. Temas como a educação profissional como fator de inclusão social e os desafios da conexão entre o Mercado e a Educação 3.0 foram abordados durante o evento.
“O desafio hoje é a busca de uma educação para superação da dicotomia entre o trabalho manual e o intelectual, no qual o modo de fazer se integre e articule com a educação”, disse a consultora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/AM), Marcilene Carvalho, durante a realização da palestra “Educação profissional e inclusão social”, no primeiro dia do evento.
A busca em sintonizar as necessidades de mercado com a educação também foi pauta da palestra “Educação e Mercado 3.0: desafios e tendências”. Durante a palestra, foram explicados os três períodos pelos quais Educação e Mercado passaram: o Mercado 1.0 se situa no período rural, que demandava uma educação linear, sem muitas necessidades, que foi atendido pela Educação 1.0. No final da segunda metade do século XIX, o período fabril traz o Mercado 2.0, que demanda uma educação mais específica, que ensine o modo de produção, o ‘saber-fazer’. Surge assim a Educação 2.0. “Atualmente, estamos no Mercado 3.0, onde a necessidade não é mais de mão de obra, e sim de cérebro, no entanto nossa educação ainda é a 2.0. O grande desafio é fazer a conexão do Mercado 3.0 com uma Educação 3.0”, afirmou a palestrante Aldenize Nascimento.
“A Educação 3.0 é uma forma de pensar, que busca trazer o mundo exterior para dentro da sala de aula e não apenas a ferramenta tecnológica para o ambiente de ensino”, afirma Kátia Andrade, diretora de Gestão Estratégica da Associação Brasileira de Recursos Humanos/ Seccional Amazonas (ABRH/AM).
Compromisso
Pensando nesta necessidade, em 2012, durante o IV Fórum de Líderes da ABRH, foi assinada uma carta de compromisso que se concretizou no Pacto pela Educação em 2013. “Queremos mudar essa realidade, afinal os estudantes que saem da universidade precisam de empregabilidade, as empresas precisam de pessoas qualificadas e a academia, por sua vez, precisa difundir o conhecimento”, observa Kátia.
Com caráter permanente, o Pacto reúne atualmente 33 instituições representativas da academia, nos setores público e privado, das entidades governamentais nas esferas municipal, estadual e federal e do setor produtivo nos segmentos empresariais da Indústria, Produção Rural, Comércio e Serviços, com o objetivo de promover a convergência de ações educacionais que apoiem o desenvolvimento sustentável da sociedade amazonense.
Na programação do Fórum, foram realizadas mais duas palestras sobre desafios e perspectivas do profissional do século XX, e educação e produção visíveis no Distrito Agropecuário da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Também foram realizados oito painéis, com os temas: Interação entre Academia e Setor Produtivo; Universidade Corporativa e PBEC; Case Residência Agrária; Educação para o Mundo do Trabalho; Unidade de Conservação Sustentável; Case Primeiro Emprego; Educação à Distância e Educação Profissional; e Gestão da Inovação.
Segundo Kátia, as discussões realizadas durante o Fórum deverão subsidiar os planos de trabalho dos quatro comitês setoriais do Pacto, que são: Indústria, Comércio e Serviço; Academia; e Produção Rural.