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Turismo como alternativa econômica sustentável é tema de palestra na fesPIM
O turismo como alternativa de economia sustentável para o Amazonas foi tema de palestra durante a 1ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (fesPIM), na quinta-feira (28). O ex-presidente da Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), Orsine Oliveira Junior, abordou o assunto ressaltando o grande potencial do estado, que é a floresta amazônica nativa, preservada em aproximadamente 96% graças ao Polo Industrial de Manaus (PIM), que trouxe uma matriz econômica que não precisou da derrubada da floresta para se consolidar.
“Como o presidente Jair Bolsonaro disse na abertura da fesPIM, enquanto a Zona Franca de Manaus existir, a Amazônia é nossa. Temos um potencial verde muito grande. E não precisamos construir nada que nem Dubai teve que fazer. Não precisamos fazer arranha-céu nem montanha russa e mesmo assim fazer turismo”, afirmou.
Segundo dados apresentados pelo palestrante, em 2018 o Brasil recebeu 6,6 milhões de turistas. Destes, 200 mil visitaram a Amazônia, sendo 71 mil chineses, 65,7 mil japoneses, 34,7 mil canadenses, 30 mil americanos e 28,6 mil australianos. “Quem mais visita a Amazônia são os orientais e o que estamos fazendo com esse número? Praticamente nada. Temos interesse, temos mercado e podemos fazer mais. Em vez de buscar voos para Miami, devíamos estar brigando por voos pra Shangai, Pequim, Tóquio para ter pessoas que viriam gastar dinheiro e fazer turismo aqui”, ressaltou.
Entre as potencialidades do estado, o ex-secretário ressaltou o turismo de sol e praia, a pesca esportiva, o ecoturismo, o turismo ornitológico (observação de aves), turismo de aventura e de eventos. “Temos praias de água doce e um clima que é bom para praia quase o ano inteiro. Existe gente no mundo que quer pagar um bom dinheiro para observar aves. Das 1300 espécies existentes na Amazônia, 929 estão no Amazonas. Essa atividade movimenta mais ou menos cinco mil turistas e Manaus é a cidade que tem mais pássaros na área urbana”, exemplificou.
Orsine Júnior disse que o turismo de natureza é uma realidade factível e que não é necessário muito investimento na área. “Não precisamos investir muito. Quanto custa esse rio? Um colete, 50 reais, uma canoa, 300 reais, e um par de remos, 20 reais. Tem segredo?”, questionou.
O turismo é uma das matrizes do estado que estão sendo fomentadas pela Suframa ao longo do ano. No mês de julho, a Autarquia reuniu diversas instituições e atores ligados ao segmento do turismo na Região Norte para participar e contribuir com as discussões do seminário “O turismo como vetor de desenvolvimento da Amazônia”. Na ocasião, a Autarquia também lançou um edital de seleção visando ao recebimento de propostas de projetos de apoio a atividades turísticas no Amazonas que possam futuramente receber recursos financeiros oriundos de transferências voluntárias da União.
A iniciativa atende às ações estratégicas da Suframa voltadas à identificação, atração e estímulo de investimentos, sobretudo, no segmento turístico, com destaque para o Plano Nacional de Turismo 2019-2022, o Plano Estratégico da Suframa 2010 e o Plano Diretor da Suframa 2017-2025, bem como os critérios de aplicação de recursos orçamentários e financeiros destinados a convênios no âmbito da Autarquia.