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Tocantins se apresenta como saída para o PIM
O governo de Tocantins pretende reunir, em Manaus, no dia 3 de agosto, representantes da Indústria e do Comércio amazonense para apresentar uma nova solução logística para o escoamento da produção e entrada de mercadorias no Estado: a ferrovia Norte-Sul.
O secretário da indústria e do comércio de Tocantins, Paulo Massuia, reuniu-se esta semana com o superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, para pedir apoio da autarquia na divulgação desta opção. “O apoio que precisamos é um apoio para convencimento, um apoio indutor, que ajude a mostrar a viabilidade econômica desta via”, disse Massuia. “E posso adiantar que algumas empresas, grandes empresas da Zona Franca, já mostraram interesse no projeto”, completou.
O trecho da Norte-Sul entre a capital de Tocantins (Palmas) e Itaqui, no Maranhão, com 1,3 mil quilômetros de extensão, está plenamente funcional, segundo o secretário, e, com uma vantagem adicional: existe um protocolo de intenções com o Governo do Amazonas para criar um entreposto da Zona Franca de Manaus em Praia Norte (TO), justamente onde há um porto que permite o transbordo de cargas para a ferrovia. “Este porto poderá ser a referência para a mudança de modal e é o local ideal para instalação do entreposto, que está em discussão com o governo do Amazonas. Assim, em vez de ir até Belém de barco, podemos encurtar a viagem para o uso da ferrovia”, adiantou Paulo Massuia.
O superintendente Thomaz Nogueira garantiu o apoio da autarquia e pretende levantar dados que sustentem a viabilidade econômica desta nova rota logística. “Se a proposta é para diminuir custos e aumentar produtividade, apoiamos. Sempre daremos apoio a iniciativas que contribuam para melhorar a competitividade da Zona Franca de Manaus”, disse o superintendente, lembrando que estudos da SUFRAMA já apontam que o caminho para o modelo é a saída intermodal, onde o meio hidroviário é o mais competitivo. “Mas agora surge uma nova opção que é completar o transporte via ferrovia, em vez de usar rodovia, com algumas vantagens como a possibilidade de um único vagão transportar até dois contêineres, um em cima do outro”, explicou Nogueira.
Ao final da reunião, o superintendente lembrou que a Zona Franca de Manaus é destaque mundial em produtividade e possui mecanismos – como o Processo Produtivo Básico – que são estado da arte em política industrial, no entanto, o modelo ainda peca em logística. “Somos excelentes na produção, mas o problema surge na hora de entregar o que fazemos para o consumidor. A logística é uma questão crítica e pode ter certeza que vamos atacá-la”, concluiu.