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Suframa sedia evento de debate sobre competitividade da Zona Franca de Manaus
Representantes do setor produtivo do Polo Industrial de Manaus (PIM), interessados no assunto, também estiveram presentes no debate (Fotos: Chico Batata-Divulgação/Cieam)
As alternativas visando à manutenção e ao aprimoramento da competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM) foram tema de debate ocorrido na manhã desta quarta-feira (21), no auditório da Suframa, no Distrito Industrial, zona Sul. Organizado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), em parceria com a Suframa e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo), o evento intitulado “Alternativas para a manutenção da competitividade da ZFM na Legislação Complementar nos termos da Emenda Constitucional 132/2023” teve a participação especial do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e representantes do setor produtivo do Polo Industrial de Manaus (PIM), interessados no assunto.
Na solenidade de abertura, o superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Frederico Aguiar, deu boas-vindas aos participantes, destacou a importância do evento e salientou que a Autarquia pretende participar ativamente do debate sobre o tema, prestando apoio analítico e auxílio técnico aos congressistas da região no processo regulamentação da reforma tributária. “A Suframa já participa, na condição de convidado, de dois GTs (Grupos Técnicos) que irão subsidiar a elaboração dos anteprojetos de leis decorrentes da reforma tributária. Já participamos de duas reuniões, uma de cada GT, dando contribuições de assessoramento técnico ao GT-10 (que cuida do tratamento tributário da ZFM e das Áreas de Livre Comércio) e ao GT-17 (que cuida dos Fundos Amazonas e Amazônia Ocidental e Amapá)”, frisou Aguiar.
Em seguida, o presidente do Cieam, Luiz Augusto Rocha, fez agradecimentos aos que contribuíram para a realização do evento e salientou a urgência e a relevância das discussões sobre o tema. “Estamos, agora, diante da tarefa de contribuir com a operacionalização dessa emenda, por meio da legislação complementar, assegurando a competitividade da nossa indústria. Assim, este evento é uma oportunidade de alinhamento e de união de forças, para que, juntos, entidades, governos e sociedade, possamos ajudar a assegurar que a legislação complementar reflita, sem deturpações, o que foi determinado pelos legisladores. Isso acontecendo, a ZFM continuará a ser este farol de prosperidade, inovação e desenvolvimento sustentável, que beneficia, não apenas a Amazônia, mas todo o brasil e o mundo”, discursou.
O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, relembrou o contexto envolvendo as discussões sobre a ZFM na reforma tributária e reforçou a necessidade de união de esforços na etapa atual da elaboração das leis complementares. “Esse debate de hoje é muito importante, acho que a gente tem aqui um público seleto de pessoas que conhecem, que se dedicam, que estudam a Zona Franca e com certeza hoje será um marco importante para a gente ouvir, discutir e aprender também com o CCiF e poder colaborar. O que a gente quer é construir uma Zona Franca cada vez mais forte”, ressaltou.
Debates
O objetivo principal do encontro foi discutir propostas e soluções para operacionalizar a tributação favorecida para a Zona Franca de Manaus, buscando garantir sua competitividade no cenário nacional e internacional. Para isso, foram apresentadas palestras e debates com especialistas, como os professores Nelson Machado e Bento Antunes de Andrade Maia, ambos do CCiF.
A agenda também incluiu duas mesas de discussão. Na primeira, foi apresentada a proposta de operacionalização da tributação favorecida para a ZFM, seguida por debates com representantes da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV).
A segunda mesa abordou o cálculo do Valor Equivalente do Incentivo Fiscal, com apresentação de especialistas e debates envolvendo o secretário executivo da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Sedecti), Gustavo Igrejas, e o coordenador-geral de Assuntos Estratégicos, substituto, Patry Boscá.
“Na verdade, não houve reforma, pois reforma pressupõe ajustes pontuais no que existe. O que ocorreu foi a elaboração de um novo sistema tributário e havia uma insegurança quanto à ZFM. Foi importante a manutenção do IPI, por ser um instrumento regulatório e de política governamental. Foi importante a manifestação do CCiF sobre a incidência do IPI nos produtos fabricados fora de Manaus, a preocupação é que não se restrinja a esse conjunto e permita espaço para a entrada de novos produtos na ZFM”, frisou Boscá.
Link
O evento foi transmitido no Youtube e pode ser conferido pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=gnc8IWrXWBA