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SUFRAMA quer usar pesquisas avançadas da Embrapa para fomentar o DAS
A utilização de pesquisas e produtos tecnológicos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na Amazônia Ocidental (Embrapa Amazônia Ocidental) para fomentar a transformação do Distrito Agropecuário da SUFRAMA (DAS) em um distrito agroindustrial foi discutida em reunião técnica entre as direções das instituições, nesta segunda-feira (17), na sede da Embrapa, localizada no quilômetro 29 da rodovia AM-010.
Acompanhado da superintendente adjunta de Projetos da SUFRAMA, Paula Soares, e técnicos da Coordenação Geral de Análise e Acompanhamento de Projetos Agropecuários, o superintendente da autarquia, Appio Tolentino, reforçou o convite para a participação da Embrapa na construção de um planejamento multi-institucional para diversificar a matriz econômica da região. “Queremos fazer um acordo de cooperação técnica com a Embrapa, o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), entre outros, para a seleção de culturas a serem cultivadas no DAS que possam gerar produtos de alto valor agregado; a ideia é atrair também grandes indústrias do setor alimentício”, explicou.
Ao lado de diretores e pesquisadores da instituição, o chefe geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Luiz Marcelo Rossi, apresentou os sistemas completos de produção das seguintes culturas: banana, guaraná, dendê (palma de óleo), mandioca, feijão-caupi, milho, melancia, cupuaçu, tambaqui, citros (laranja, limão e tangerina), abacaxi, batata-doce, plantas medicinais (pimenta-de-macaco, sacaca, crajiru, entre outros), pupunha, seringueira, açaí, castanha-do-brasil, tucumã e olericulturas, além de sistemas de interação como lavoura-pecuária-floresta.
“Sobre a banana, por exemplo, com as técnicas cultivares (melhorias de características da planta) que desenvolvemos, incluindo etapas de produção, como espaçamento e adubação, é possível aumentar a média de produção do Amazonas de 12 toneladas por hectare para até 48 toneladas por hectare. Também desenvolvemos a patente de um desperfilhador de bananeiras de roto-compressão e, no caso da pacovã, criamos uma forma mais eficiente e ambientalmente correta de combate à praga da sigatoka-negra, por meio de um equipamento que faz a aplicação direta do fungicida na axila da planta”, detalhou Rossi.
A reunião foi a segunda rodada de discussão sobre a cooperação técnica entre as instituições; a primeira ocorreu no último dia 6, na sede da SUFRAMA. Para o superintendente, o estreitamento das relações entre a autarquia e instituições de pesquisas como a Embrapa é benéfico para a sociedade. “Estamos procurando os órgãos de pesquisa para elaborar planejamentos estruturantes com potencial de transformar realidades e de grande impacto para a coletividade”, ressaltou Tolentino.