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Suframa participa de evento sobre parques ecoindustriais na Coreia do Sul
Suframa é representada pelo economista Marcelo Pereira (sentado, segundo da esquerda para a direita) (Foto: Divulgação)
A Suframa integra delegação brasileira convidada pelo Grupo Banco Mundial (World Bank Group) a participar do workshop “Eco-Industrial Parks (EIPs) and Innovation Knowledge Exchange”. O evento começou na segunda-feira (8) e vai até sexta-feira (12) em Seul, na Coreia do Sul, com a presença de representantes da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), Ministério do Comércio, Indústria e Energia coreano e também delegações do Haiti, da Indonésia e do Vietnã.
O objetivo do workhop é compartilhar as experiências e aprendizados da Coreia do Sul a respeito da implementação do programa nacional de Parques Ecoindustriais, incluindo temáticas como legislação, parcerias institucionais, utilização de tecnologias renováveis, mecanismos de financiamento e expertise operacional.
A Suframa é representada pelo economista Marcelo Pereira. Além dele também integram a delegação do Amazonas, Jeibi Medeiros, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), e Alfredo Lins Albuquerque, do Escritório de Representação do Amazonas em São Paulo (ERGSP).
Na programação do evento estão previstas atividades como apresentação pelo governo Coreano sobre a experiência do país com parques ecoindustriais; visita ao parque ecoindustrial de Ulsan e ao Ulsan Carbon Neutrality Center, com apresentação a ser realizada pelo prefeito de Ulsan; visita ao Gumi National Industrial Complex (setor eletrônico e têxtil); visita ao Saemangeum (Gunsan National) Industrial Complex (visita ao complexo de painéis solares); visita a Banweol-Sihwa Industrial Complex e visita a Smart Factories.
Na abertura, realizada no Hotel Lotte, em Seul, as delegações foram recepcionadas por representantes do departamento de Prática Global de Finanças, Competitividade e Inovação do Banco Mundial. Na palestra, foram delineados os marcos iniciais dos Parques Ecoindustriais (PEI) e apresentadas as experiências do Banco Mundial nos diversos países que reuniram esforços para implementar a política de PEIs, de transformação digital e verde de indústrias e parques industriais.
Na apresentação foi salientado que, desde 2005, a Coreia do Sul desenvolve o PEI, tendo inclusive uma agência local para a temática: Korea Industrial Complex Corp. Os PEIs que aderem à política utilizam-se da Agência para obter incentivos. O modelo de PEI sul-coreano representa 64% do PIB (2011), 49% dos empregos gerados e 66% das exportações no setor da indústria. A partir do exemplo Coreano, foram apresentados alguns pontos norteadores do que fazer e do que não fazer para a implementação de um PEI.
Desafio
Durante o encontro também foi lançado um desafio: como a experiência da Coreia do Sul pode ser utilizada para adaptar os Parques Industriais brasileiros a uma condição “ecoindustrial”?
“A experiência de vários modelos em funcionamento é uma oportunidade enorme para transformar e otimizar nosso parque industrial de Manaus, tornando-o muito mais produtivo e sustentável com aproveitamento total dos recursos hídricos e gerenciamento de resíduos, eliminando perdas nos processos. Há, entretanto, um longo caminho para se implantar um Parque Ecoindustrial em Manaus. É preciso, preliminarmente, construir as regras do PEI; destacar área específica; levantar potenciais interessados; oferecer infraestrutura logística; promover Linhas de Financiamento; conectar atores, como academia, empresas nascentes de base tecnológica, fornecedores de serviços, entre outros”, explica Marcelo Pereira.