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SUFRAMA e Inpa fortalecem parceria com assinatura de memorando de atendimentos
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) firmou nessa segunda-feira (29) memorando de entendimentos com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para formulação e implementação, de forma conjunta e integrada, de um amplo programa de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) visando ao desenvolvimento de bases produtivas sustentáveis e à indução de práticas de economia verde na Amazônia.
A assinatura do memorando ocorreu durante a solenidade de comemoração dos 60 anos do Inpa, realizada no auditório da instituição, a qual contou com a participação especial do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, além de representantes das classes científica, acadêmica e empresarial da região, entre outros. Na ocasião, também foi assinada uma portaria entre SUFRAMA e Inpa que estabeleceu o primeiro grupo de trabalho formado por profissionais das duas instituições que terá, fundamentalmente, a missão de discutir e dar início às atividades alusivas ao programa de desenvolvimento produtivo em bases de C,T&I.
Com vigência de cinco anos, o memorando de entendimentos entre SUFRAMA e Inpa seguirá diretrizes dos planejamentos estratégicos das duas instituições, bem como do Plano Brasil Maior (PBM), comandado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), liderada pelo MCTI. O acordo prevê ações como o intercâmbio de informações técnicas e a disponibilização de recursos materiais, humanos e de infraestrutura necessários ao desenvolvimento de projetos, entre outras atividades.
O memorando vem fortalecer a relação de interação entre SUFRAMA e Inpa há muito desenvolvida, especialmente pela destinação de recursos da autarquia para projetos no instituto, e intensificada neste ano, a partir da realização de workshops conjuntos sobre economia verde nos Estados da Região Norte e da participação integrada dos órgãos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), no mês de junho.
Segundo o superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, a oficialização da parceria entre a autarquia e o Inpa representa um importante passo visando à articulação e efetivação das políticas federais produtivas, ambientais e de inovação na região. Ele fez questão de enaltecer as conquistas realizadas pelo Inpa ao longo dos últimos 60 anos e colocou a SUFRAMA como parceira nas ações que o instituto deve realizar de agora em diante com foco na produção de conhecimento aplicado. “Tudo o que se produz e se faz no Inpa é absolutamente fundamental para a busca do conhecimento da realidade amazônica. Que esses 60 anos sejam seguidos por muitos e muitos anos de caminhada produtiva. Nós temos hoje a oportunidade de construir junto ao Inpa uma pequena parcela dessa nova caminhada. Deixamos aqui o registro do valor que tem essa instituição para a nossa sociedade”, afirmou Nogueira.
Sobre o memorando de entendimentos, o superintendente comentou que a SUFRAMA tem claro o seu papel estratégico para o desenvolvimento da Amazônia Ocidental e, particularmente, do Estado do Amazonas, mas que a parceria com o Inpa ajudará a potencializar as ações em benefício de toda a região, sobretudo na geração de novas dinâmicas produtivas sustentáveis. “O que queremos agora é construir as pontes para o futuro. É construir aquilo que seja sustentável do ponto de vista do próprio conhecimento e do valor econômico”, reforçou Nogueira.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, parabenizou os trabalhos de reformulação administrativa e organizacional realizados pelo Inpa, os quais tornaram a infraestrutura do órgão mais moderna e eficiente, e saudou também a SUFRAMA como importante parceira do MCTI na região. “As soluções para os problemas da Amazônia devem vir da própria região. O Brasil só se desenvolverá plenamente se a Amazônia também se desenvolver”, disse Raupp.
O diretor do Inpa, Adalberto Val, disse que o órgão continuará atuando em conjunto com a SUFRAMA e outras instituições parceiras em prol do desenvolvimento da Amazônia, baseando-se fortemente na utilização sustentável de seus potenciais naturais e nos fundamentos da Ciência, Tecnologia e Inovação. Val destacou que mais de 1.600 mestres e doutores já passaram pelos laboratórios do Inpa na história do órgão, prestando contribuições reais à ciência regional, e que a maior aproximação com a iniciativa privada é uma das principais demandas a serem trabalhadas nos próximos anos. “Ciência é uma atividade social e deve ter fins sociais. O Inpa é um órgão que contribui para a afirmação da soberania nacional não apenas do ponto de vista tradicional, mas fundamentalmente na ótica da geração de conhecimento e produção da informação. Só possui de direito quem conhece de fato”, afirmou.