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SUFRAMA e Inmetro estudam aporte de recursos para o CBA
Uma comitiva de representantes do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), capitaneada pelo presidente nacional do órgão, Carlos Augusto de Azevedo, visitou, nessa quarta-feira (28), a sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e foi recebida pelo superintendente da autarquia, Appio Tolentino. Na pauta da reunião, a ampliação da parceria entre os dois órgãos na gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).
Na reunião, que também contou com a presença da superintendente adjunta de Projetos, Paula Soares, Carlos Azevedo propôs à SUFRAMA que o Inmetro aportasse recursos próprios para realizar serviços de manutenção predial e modernização da rede lógica e dos laboratórios do CBA. Desde 2015, o Centro possui gestão compartilhada entre Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Inmetro e a SUFRAMA, a partir de assinatura de um Termo de Execução Descentralizada (TED).
De acordo com Azevedo, que visitou o CBA juntamente com a comitiva, o Inmetro planeja utilizar parte do orçamento próprio para aplicar em pequenos reparos e investimentos no Centro, com o objetivo de garantir que as atividades não sejam prejudicadas a curto e médio prazo, e que, no futuro, as pesquisas realizadas possam trazer benefícios para as duas instituições. “Estamos aqui para buscar uma forma legal de fazer esse repasse”, observou.
Para o superintendente da SUFRAMA, Appio Tolentino, a atitude do Inmetro em buscar soluções para as demandas do CBA é louvável. Ele pediu para a diretoria do órgão formalizar uma proposta de repasse de verbas junto à autarquia e se comprometeu em buscar, em parceria com a Procuradoria Federal, uma forma de desburocratizar o processo. “Eu serei o primeiro a apoiar essa parceria, pois não podemos travar o crescimento e o desenvolvimento. O CBA tem o potencial de mudar a realidade de toda a região amazônica, através da biotecnologia”, afirmou.
Appio lembrou que a economia do Amazonas é cíclica, e que a biotecnologia e a agroindústria surgem como as principais alternativas ao modelo industrial vigente. “Precisamos incentivar esses dois setores e o CBA tem capacidade de abastecê-los com matéria prima de qualidade. Já iniciamos uma série de reuniões com instituições de pesquisa, como a Embrapa, para buscar formas de alavancar o CBA e torná-lo protagonista nesse processo”, salientou o superintendente, que também vê o Centro como um embrião para a criação de um polo biotecnológico na região amazônica.
Parcerias
Carlos Azevedo aproveitou a oportunidade para propor que SUFRAMA e Inmetro estreitem relações para buscar novas parcerias que fortaleçam a atuação do CBA, inclusive para uma definição sobre a personalidade jurídica do Centro. Ele lembrou que o os dois órgãos fazem parte da estrutura administrativa do MDIC, o que facilitaria esse diálogo. “Precisamos buscar formas de qualificar o CBA. Com parcerias, podemos aproveitar os programas que já existem, como o de qualidade da água e de alimentos, e garantir que no futuro ele possa atuar na certificação de produtos”, concluiu.