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SUFRAMA apresenta Programas Prioritários para empresas
O funcionamento e a regulamentação dos Programas Prioritários para investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e a apresentação das instituições coordenadoras desses programas foram detalhados, nesta sexta-feira (6), no auditório da SUFRAMA, para representantes de empresas fabricantes de bens de informática do Polo Industrial de Manaus (PIM). O encontro foi promovido pela autarquia e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e faz parte do projeto de longo prazo de criação e consolidação de um ecossistema de inovação tecnológica na Amazônia.
O superintendente da SUFRAMA, Appio Tolentino, destacou que a reunião também integra um conjunto de esforços da autarquia e do governo federal de modernização da gestão de recursos de P&D, tendo o propósito em especial de aprimorar os procedimentos de análise dos projetos apresentados à autarquia.
Na abertura da reunião, o superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Pereira, explicou que os Programas Prioritários “são um conjunto de projetos voltados ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação considerados de grande relevância para o desenvolvimento regional pelo Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda)”. Pereira explicou que o comitê selecionou três Programas Prioritários: Economia Digital, Formação de Recursos Humanos e Bioeconomia. Dos três, apenas Bioeconomia ainda não possui uma instituição coordenadora definida, pois o processo de seleção ainda está em andamento.
Durante o evento, o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) – habilitado como coordenador do Programa Prioritário de Economia Digital – e a Fundação Muraki – coordenadora do Programa Prioritário de Formação de Recursos Humanos – apresentaram seus planos de ação.
O diretor do INDT, Clemilton Gomes, especificou que na Economia Digital estão abrangidos projetos de Internet das coisas; Segurança e defesa cibernética; Cidades Inteligentes, Integração, processamento e análise de grandes volumes de dados (Big Data) e computação em nuvem; Manufatura avançada (4.0); Tecnologias de informação e comunicação aplicadas às áreas de saúde, educação, segurança, energia e mobilidade; e Telecomunicações. “Até o momento, arrecadamos R$ 8 milhões e estamos avaliando 90 projetos. No desenvolvimento dos projetos, definimos quatro pilares estratégicos: engenharia do ‘Estado da Arte’, ambiente e crescimento, atividades de estruturação dos negócios e atividades de aceleração estratégica dos negócios”, salientou Gomes.
O diretor da Fundação Muraki, Fernando Moreira, explicou que as áreas priorizadas na Formação de Recursos Humanos são Engenharias; Computação e tecnologias da informação; Bioeconomia; Pesca e aquicultura; Produção agropecuária e agroflorestal sustentável; Fármacos e cosméticos; Energias renováveis; Ciência e tecnologia dos alimentos; e Empreendedorismo. “Estamos muito empolgados, pois entendemos que estamos lidando com o Programa Prioritário com maior potencial de deixar o maior legado para a região ao formar e capacitar pessoas nessas áreas estratégicas do conhecimento”, afirmou Moreira.
Em seguida, o consultor e especialista em P&D, Giancarlo Stefanuto, fez um resumo de seu trabalho junto às empresas e técnicos da SUFRAMA para melhorias do uso da Lei de Informática. “Entre nossas principais ações, o provimento de metodologias e capacitações na busca do aprimoramento dos processos de avaliações dos planos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, dos relatórios demonstrativos e também melhor aproveitamento dos investimentos em P&D”, relatou.
O gerente de projetos da Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Luciano de Sousa, pediu que as empresas participassem de uma pesquisa de demanda de treinamentos e cursos. “Além de capturar as maiores solicitações do setor, a ideia também é verificar demandas similares de empresas para a oferta conjunta de cursos. Muitas empresas deixam de capacitar seus trabalhadores porque, às vezes, o custo é alto para a promoção de um curso quando elas necessitam treinar poucos funcionários”, explicou Sousa.
O diretor de Tecnologias Inovadoras do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), José Menezes, elogiou a quantidade de representantes de empresas do PIM e institutos presentes ao evento. “Uma demonstração do interesse de todos os envolvidos na busca pelo incremento da gestão de P&D na região”, frisou.