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Seminário discute importância de Pólo Gás Químico para o Amazonas
A importância da exploração do segmento de minérios como potência lucrativa para impulsionar a economia do Amazonas em vários setores foi debatida durante a palestra “Pólo gás-químico do Pólo Industrial de Manaus (PIM), visão, possibilidade e interesses dos investidores”. O debate integra o “Seminário indústria mineral de óleo & gás para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, da Jornada de Seminários que faz parte da quarta Feira Internacional Amazônia (FIAM 2008), iniciada nesta quarta-feira (dia 10) e que se estende até o próximo sábado, dia 13, em Manaus.
Para o diretor corporativo da empresa Negócios e Participações, Graduação em Engenharia Química (ATKA), Jorge La Porta, uma das motivações que justifica a implantação de um pólo gás-químico em Manaus está na abundância na oferta do gás natural e também no déficit comercial brasileiro crescente na área petroquímica.
“A nafta (matéria-prima utilizada pelas três centrais petroquímicas existentes no País: Braskem - Bahia, Copesul - Rio Grande do Sul, e Petroquímica União - São Paulo, que a processam obtendo como produtos principais eteno, propeno, butadieno e correntes aromáticas), não se mostra competitiva e também existe uma baixa rentabilidade. Esses fatores fazem com que seja necessário procurar otimizar as alternativas disponíveis para a expansão do setor petroquímico do País”, pondera o diretor.
Outra motivação, segundo ele, para a implantação do projeto no Amazonas é a disponibilidade de gás natural a custo competitivo. La Porta informa que para a implantação do pólo será necessário um investimento de US$ 3 bilhões. “É um programa de alto interesse tanto para a região quanto para investidores internacionais. É necessário incentivos fiscais e tributáveis do Governo Federal e um estudo de impacto ambiental, além da criação de um grupo de trabalho para coordenar a implantação do complexo gás-químico”.
De acordo com o diretor, a implantação do pólo é uma alternativa que vai contribuir para a descentralização da economia do Amazonas, que hoje está concentrada no Pólo Industrial de Manaus (PIM). “Além disso, o pólo vai permitir a diversificação e um adensamento da cadeia produtiva do PIM, além de potencializar outras cadeias de produção mineral”, acrescenta.