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Reunião na Suframa discute proposta de alteração do PPB para módulos acumuladores de energia elétrica
As propostas de alteração do PBB foram apresentadas pela BYD e pela empresa Unicoba da Amazônia S.A. em dezembro do ano passado e estão em tramitação, desde então, no âmbito do GT-PPB (Foto: Layanne Raquel/Suframa)
A Suframa reuniu-se na sexta-feira (19) com representantes da empresa BYD Indústria de Baterias Ltda. para dar continuidade às discussões envolvendo a proposta de alteração do Processo Produtivo Básico (PPB) para o produto "Módulo acumulador de energia elétrica para veículos e para estação de armazenamento de energia utilizando células eletroquímicas de ions de lítio". Trata-se, na prática, de baterias com maior tempo de vida útil (entre 10 e 15 anos) e que podem ser utilizadas em grandes ônibus elétricos e painéis solares, entre outras destinações.
As propostas de alteração do PBB foram apresentadas pela BYD e pela empresa Unicoba da Amazônia S.A. em dezembro do ano passado e estão em tramitação, desde então, no âmbito do Grupo Interministerial de Análise de Processos Produtivos Básicos (GT-PPB). As duas fabricantes instaladas na Zona Franca de Manaus pleiteiam, entre outros itens, a prorrogação da dispensa de etapas produtivas - como a injeção plástica e a estampagem - mediante contrapartidas de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Após manifestações técnicas iniciais realizadas pelo GT-PBB sobre a temática, o colegiado lançou a Consulta Pública 01/2023, em fevereiro, para receber posicionamentos de empresas, associações e demais interessados, e até o momento não houve definição oficial sobre o resultado das discussões.
Durante a reunião de hoje, a equipe técnica da Suframa, liderada pelo superintendente Adjunto de Projetos, substituto, José Marques, esclareceu que a Autarquia está acompanhando de forma diligente o assunto e que já solicitou ao GT-PPB um posicionamento sobre o tema, informando, inclusive, que a empresa BYD encontra-se em férias coletivas enquanto aguarda o desfecho sobre a alteração do PPB. "É um produto que utiliza tecnologias ainda em desenvolvimento no País e que, muito embora tenha um potencial de crescimento por trazer benefícios ao meio ambiente, hoje ainda possui baixa demanda, o que implica em ausência de volume de produção para justificar os altos investimentos necessários para executar todas as etapas fabris previstas", afirmou Marques, justificando tecnicamente o pleito das fabricantes da ZFM.
"A fabricação deste produto na Zona Franca de Manaus está consolidada desde o ano de 2020 e o resultado da alteração deste PPB pode significar a continuidade ou o encerramento de atividades fabris e a consequente manutenção ou perda de postos de trabalho. Por isso, estamos tratando esse assunto com toda a importância devida", reforçou.