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Polo Naval busca parcerias no Rio de Janeiro
Dando prosseguimento às ações de busca de parcerias técnicas para a estruturação do Polo Naval do Amazonas, a comitiva do Estado – formada por técnicos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e do Governo do Amazonas, entre outros – visitou nesta quinta-feira (18) o Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), na Ilha das Cobras, interior da Baía de Guanabara.
Durante a visita, foi levantada a possibilidade de uma formação de parceria entre a AMRJ e o futuro Polo Naval do Amazonas, através da Escola Técnica do Arsenal de Marinha (ETAM). A instituição forma, a cada um ano e meio, técnicos em quatro cursos voltados para o mercado naval: Mecânica, Eletrônica, Eletrotécnica e Estruturas Navais. “Há várias possibilidades. Podemos ajudar na formação pedagógica e no conteúdo programático dos cursos para serem sediados no Amazonas ou o Governo do Estado poderia nos ajudar na ampliação da escola e, em troca, poderíamos oferecer vagas para estudantes do Amazonas aqui”, disse o vice-diretor de gerenciamento de projetos e capitão-de-mar-e-guerra, Luiz Alberto Cardoso.
A formação de mão de obra específica para atender à demanda do Polo Naval do Amazonas é uma das preocupações dos gestores do projeto. A intenção da SUFRAMA e do Governo do Amazonas é que o polo se transforme na segunda matriz econômica do Estado, com criação de 10 mil empregos diretos e negócios de aproximadamente R$ 3 bilhões somente na primeira fase.
A comitiva do Amazonas está no Rio de Janeiro participando da 24ª edição do Congresso Nacional de Transporte Aquaviário, Construção Naval e Offshore (Exponaval/Sobena).
Barcos de pesca
O estande amazonense na Exponaval recebeu nesta quinta (18) a visita de representantes da Happypeixe, grupo com capital da Espanha e Dinamarca, e do grupo espanhol Aresa para prospecção de negócios. A Happypeixe manifestou intenção em formar parcerias com empresas amazonenses para construir barcos de pesca, já o grupo Aresa demonstrou interesse no Polo Naval do Amazonas nas áreas de pesca, transporte de pessoas e cargas, defesa militar e suporte de offshore. Os representantes dos dois grupos empresariais prometeram agendar visita em Manaus já em novembro.
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SOBRE A AMRJ
Principal centro de manutenção e reparo da Marinha do Brasil, a AMRJ foi fundada em 29 de dezembro de 1763 pelo Conde da Cunha e foi responsável, entre outras inovações, pelo surgimento e padrão de operação adotado pelos Corpos de Bombeiros do País. As ações de prevenção e controle de incêndio foram motivadas devido ao fato de que os navios daquela época eram todos de madeira e bastante inflamáveis.
Foi no AMRJ que o Brasil construiu quatro dos seus cinco submarinos (o primeiro dos cinco foi feito em parceria com a Alemanha): S Tamoio (S 31), o primeiro submarino construído no Brasil (1993), S Timbira (S32) , S Tapajó (S33) e o S Tikuna (S34).
Atualmente a Marinha se concentra na construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR). O estaleiro irá funcionar em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro.