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PIM fatura R$ 78 bilhões em 2015
O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou o faturamento de R$ 78,4 bilhões no ano de 2015. Apesar de ser o terceiro melhor desempenho em moeda nacional, o valor é 10,21% inferior ao obtido no ano de 2014 (R$ 87,3 bilhões, atual recorde) e 6,51% menor que em 2013 (R$ 83,2 bilhões).
Em dólar, os US$ 23.8 bilhões alcançados no ano passado representam uma queda de 35,75% na comparação com o ano de 2014 (US$ 37.1 bilhões). É válido ressaltar que ocorreu uma valorização de 41,2% da moeda americana em relação ao real, comparando-se o valor médio do ano de 2015 (R$ 3,32) com o do ano de 2014 (R$ 2,35).
As exportações do PIM totalizaram R$ 2,04 bilhões entre janeiro e dezembro, o que representa aumento de 21,62% ante o mesmo período do ano retrasado.
Ainda de acordo com os dados remetidos à SUFRAMA pelas empresas do parque fabril manauara, o mês de dezembro registrou a ocupação de 87.677 postos de trabalho, entre mão de obra efetiva, temporária e terceirizada. A média mensal de 2015 ficou estabelecida em 104.721 empregos.
Segmentos
Com R$ 23,2 bilhões (US$ 7.05 bilhões), o polo Eletroeletrônico continua sendo o maior responsável pelo resultado global do PIM, respondendo por 29,59% do total. Em seguida estão os segmentos de Duas Rodas, com 16,73% de participação, e o de Bens de Informática, com 15,55%.
Setores que apresentaram crescimento, em real, na comparação entre 2015 e 2014 foram: Naval (22,30%); Relojoeiro (3,50%); Químico (2,78%); Vestuários e Calçados (15,36%); Têxtil (11,95%); Beneficiamento de Borracha (27,89%); Ótico (10,54%); Brinquedos (8,04%); Madeireiro (7,46%); e Produtos Alimentícios (1,83%), entre outros.
Produtos
Entre os produtos que apresentaram incremento relevante de produção em 2015 em relação ao ano anterior estão: aparelho portátil de gravação de áudio – tipo mp3, mp4 – (121,98%); disco digital a laser gravado – inclusive blu-ray (23,79%); condicionador de ar do tipo janela (14,05%); e home theater (8,73%).
Análise
A superintendente Rebecca Garcia avalia como natural a oscilação negativa nos resultados do PIM em 2015 devido à crise econômica por que passou o País e o fato de que mais de 95% dos produtos fabricados no parque fabril local são destinados ao mercado interno. “A crise ainda não acabou e ela não será a última. Por isso, precisamos construir uma indústria cada vez mais fortalecida e dinâmica para que possamos sentir menos impacto quando enfrentarmos, novamente, momentos como este”, observou.
A superintendente destaca que, em conjunto com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ações estratégicas já estão sendo adotadas, entre elas o direcionamento do Polo para um perfil mais exportador e uma maior celeridade na análise e aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPBs). “Os PPBs são essenciais para atração de investimentos”, frisou.