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Óleo natural de avestruz e produtos à base de couro de peixe e fibras naturais são atrações no estande da SUFRAMA
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) mostrou que 76% do óleo de avestruz é composto por ômega 3, 6 e 9, substâncias que não são produzidas pelo organismo humano, também chamadas de substâncias essenciais. A Cooperativa de Avestruz, do Estado de Rondônia, trouxe para o estande da SUFRAMA, na Naturaltech 2008, a maior feira nacional de produtos orgânicos que acontece de 01 a 04 deste mês em São Paulo, óleos naturais e cremes feitos com óleos de avestruz. A matéria prima para uso terapêutico é novidade no mercado.
Para divulgar os produtos e suas características antiinflamatórias e anti-sépticas, os fisioterapeutas e a massoterapeuta da cooperativa realizam sessões de massagem para dores musculares e articulares, nos visitantes interessados. "Por ser rico em substâncias essenciais, é importante adotá-lo como suplemento alimentar. O óleo também atua como um antibiótico natural nos tratamentos cardio-respiratórios, cardio-vasculares, endócrinos e para acelerar o sistema imunológico, oxigenando o cérebro", explica a fisioterapeta Mariusa Hitomi.
Para José Francisco Cardozo, presidente da Cooperativa, ter o apoio da SUFRAMA para participar de feiras como a Naturaltech, é também uma oportunidade para que empresas invistam na criação de avestruz e no desenvolvimento sustentável do Estado de Rondônia. "A comercialização do produto é feita através da cooperativa, mas a região não produz a quantidade suficiente para suprir a demanda", enfatiza Cardozo.
Outra novidade no estande da SUFRAMA são as bolsas e sapatos produzidos com couro de peixe e fibras naturais, da empresa Grren Obsession. Aidson Ponciano, diretor da empresa, está surpreso com a aceitação do público e conta que já vendeu mais da metade dos produtos que trouxe para exposição, apesar de que o mais importante para ele é a possibilidade de iniciar novos negócios. "Fizemos excelentes contatos com algumas empresas que demonstraram interesse em trazer os nossos produtos para São Paulo, e com outras que querem exportar a nossa matéria prima para outras regiões", explica Ponciano.
Além das empresas amazônidas, a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM), do Amapá, participa do evento representando 15 instituições. Produtos como mel, cachaça, palmito, cereais, fubá de milho, farinha de tapioca e derivados do cacau e da castanha tem sido muito bem recebidos pelo público.
Promover o modelo ZFM e atrair investimentos para a Amazônia Ocidental, (Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia, mais a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, no Amapá) e para o Pólo Industrial de Manaus, além de divulgar a IV Feira Internacional da Amazônia (FIAM), que acontecerá de 10 a 13 de setembro, no Studio 5 - Centro de Convenções em Manaus, são os objetivos principais da participação da SUFRAMA em feiras e eventos nacionais e internacionais.
Negócios Consolidados
Empresas como a Pharmakos, Etnia Amazônia, Oiram, Rita Prossi e as cooperativas extrativistas representadas pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), consolidaram negócios iniciados na edição anterior da feira e estão retornando para otimizar estes e iniciar outros. Para os empresários a oportunidade de fortalecer a marca dos produtos, fazer novos contatos e a expectativa de gerar negócios de exportação são os principais motivos de participar de feiras como a Naturaltech.
No estande da SUFRAMA também estão presentes as empresas Agrorisa, Andirá, Cooperativa de Avestruz, Associação de artesãos de Tabatinga, Tupanaoca e Green Obsession, além do Governo do Amapá. Tem a participação institucional da autarquia, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério da Integração Nacional, do Governo do Estado do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Planejamento do Estado do Amazonas (Seplan) e da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS).
A SUFRAMA é uma autarquia vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que administra a Zona Franca de Manaus (ZFM), com a responsabilidade de construir um modelo de desenvolvimento regional que utilize de forma sustentável os recursos naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das populações locais.