Notícias
Mais de US$ 100 mi em investimentos aprovados pelo Conselho da Suframa
Devido ao atual momento de pandemia, evento foi realizado por meio de videoconferência (Foto: Márcio Gallo/Suframa)
O Conselho de Administração da Suframa (CAS) aprovou 29 projetos industriais durante sua 292ª Reunião Ordinária, realizada nesta quinta-feira (2), por meio de videoconferência, em razão da emergência de saúde pública ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19). Foram aprovados dez projetos de implantação e 19 de atualização, diversificação e/ou ampliação, que somam investimentos totais de US$ 112 milhões e têm a previsão de gerar 1.148 novos postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM) nos três primeiros anos de operação das novas linhas de produção.
A reunião – presidida pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (ME), Carlos da Costa – foi a primeira com a participação do novo superintendente da Suframa, Algacir Polsin, recém-empossado no mês de junho. Participaram, ainda, o governador de Roraima, Antonio Denarium, o deputado federal, Capitão Alberto Neto, conselheiros representantes de diversos ministérios, entidades de classe, secretários de Estado, entre outros.
O superintendente Algacir Polsin inicialmente agradeceu os votos e cumprimentos em relação à sua gestão frente a Suframa. “A ideia é fazer o melhor trabalho possível. Já os cumprimentos em relação ao trabalho da pauta de hoje, dou mérito ao coronel Menezes e a toda a equipe que esteve com ele e que permanecerá comigo, pois é uma herança de um trabalho muito bem feito com resultados claros. Tenho que estar à altura de dar prosseguimento a essas atividades e naturalmente colocar também os meus tijolos nessa construção, engradecendo o nome da Suframa e colaborando para o desenvolvimento regional da Amazônia em benefício da nossa população”, afirmou.
Com o objetivo de dar mais visibilidade à importância do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) para o País, Polsin destacou a necessidade de levantar dados além dos números do PIM. “Por exemplo, em uma reunião do Codam, vimos o quanto está sendo feito pela Universidade do Estado do Amazonas, com inúmeros projetos, inclusive, interiorizando a pesquisa e o desenvolvimento. Conversando com a minha equipe, constatamos que grande parte dos fundos que viabilizaram esses projetos são oriundos das verbas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da Zona Franca de Manaus. Da mesma maneira existem diversos outros projetos de benefícios para população oriundos do modelo e que não estão aparecendo”, explicou, informando que pretende, ainda, fazer estudos para a viabilidade de inserir contrapartidas de benefícios sociais nos projetos industriais a serem analisados pelo CAS.
Ele também informou que buscará uma maior atuação com os demais estados da área de abrangência da Autarquia (Acre, Amapá, Rondônia e Roraima) no sentido de “colaborar para integrar e sermos elementos facilitadores de todos os processos. Acredito que podemos apoiar os estados e os municípios de outras formas além de recursos diretos, como, por exemplo, na facilitação na confecção de projetos e na intermediação para obtenção de recursos, espalhando o nosso desenvolvimento e o nosso apoio a todas as outras áreas e setores além do Polo Industrial de Manaus”, afirmou.
Destaques
Entre os projetos de implantação aprovados, destaque para as proposições da empresa Duxteno Indústria de Plásticos, visando à produção de bens intermediários de matéria plástica em geral, com investimento total de aproximadamente US$ 11.7 milhões e expectativa de geração de 198 empregos, e da empresa Specialized Brasil, para produção de bicicletas elétricas, com investimento total de cerca de US$ 1.5 milhão e expectativa de geração de 21 empregos.
Nos projetos de diversificação, atualização ou ampliação, destacam-se as iniciativas das empresas Cal-Comp, para produção de máscaras descartáveis, com investimento total de cerca de US$ 1 milhão e expectativa de geração de 12 empregos; da empresa Positivo Tecnologia, visando à fabricação de aparelhos para análise de amostras de sangue por meio de radiações ópticas, com investimento total de aproximadamente US$ 1.2 milhões e expectativa de geração de quatro empregos; e Dowertech da Amazônia, para produção de registradores e medidores de energia elétrica, com investimento total de aproximadamente US$ 30.4 milhões e expectativa de geração de 197 empregos.
CBA na pauta
Além dos 29 projetos aprovados, a 292ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) ficou marcada por um tema que norteou boa parte das falas durante a videoconferência desta quinta-feira (2): Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).
O CBA foi destacado por sua importância como forma de diversificar a matriz econômica do Amazonas a partir, sobretudo, de bionegócios. O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, afirmou que não medirá esforços para chegar na melhor solução para a instituição. “Já conversei com vários atores e da minha parte vamos fazer de tudo para viabilizar o CBA e dar o retorno que a sociedade merece”, disse.
De acordo com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, existe um compromisso firmado entre o ME e a Suframa para, até o final do ano, resolver os principais entraves na gestão do CBA. “A determinação é que o foco do CBA seja em bionegócios. Ele deve ocupar um espaço que hoje está incompleto de conexão entre investidores, entre o ecossistema empreendedor, empresas, startups e o conhecimento para que os bionegócios floresçam na região”, afirmou.
O secretário também destacou a necessidade de garantir um ambiente de negócios favorável na região amazônica para criar a janela de oportunidade ao CBA como desenvolvedor de negócios. “Já estamos trabalhando no contexto do Conselho da Amazônia, que tem quatro pilares e um deles é o desenvolvimento sustentável da região e que, inclusive, tem como principal bandeira hoje a melhoria do ambiente de negócios da região amazônica”, afirmou.
Prioridades
Por fim, Carlos da Costa destacou que o Ministério está trabalhando em três prioridades para a região, no que ele chamou de diretrizes macroestratégicas. “A primeira é tornar o modelo atual mais eficiente e rápido, e já conseguimos mais agilidade na aprovação dos projetos com menos burocracia, o avanço nos PPBs e vamos continuar fazendo isso. A segunda é o desenvolvimento complementar de novos vetores, que incluem a bioeconomia e os bionegócios, e a terceira é fazer com que o desenvolvimento seja equilibrado em toda a região”, afirmou.
O secretário reiterou a confiança no novo superintendente para dar vazão às demandas regionais. “O general Polsin é a pessoa certa para esse novo capítulo complementar ao que o coronel Menezes fez e acredito que temos grandes frutos para essa região. O mundo inteiro tem interesse na Amazônia. O interesse que ameaça a nossa soberania precisa ser afastado, mas o interesse legítimo em fazer investimentos e trabalhar junto com o Brasil no desenvolvimento de oportunidades sustentáveis para a região, esse nós temos que atrair”, concluiu.