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Investimentos podem impulsionar o CBA, diz Hamilton Mourão
Mourão esteve no CBA em fevereiro de 2020 e conheceu os laboratórios do Centro (Foto: Bruno Batista/ VPR)
O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, participou na última sexta-feira (10) de reunião realizada por meio de videoconferência com representantes da Associação PanAmazônia – entidade que une instituições e empresas da Amazônia Continental (nove estados da Amazônia Brasileira e países como a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).
O potencial da bioeconomia e o papel do Centro da Biotecnologia da Amazônia (CBA) foram alguns dos tópicos mencionados pelo vice-presidente em seu diálogo com os participantes da videoconferência.
De acordo com Mourão, o governo federal acredita no potencial da bioeconomia e da agricultura de baixo carbono, além do pagamento por serviços ambientais e do mercado títulos verdes. Para ilustrar seu argumento, ele citou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que estimam que a bioeconomia movimente no mercado mundial cerca de dois trilhões de euros e gere aproximadamente 22 milhões de empregos. “A organização prevê ainda que a bioeconomia corresponderá ao final desta década a 2,7% do PIB de seus países membros e, possivelmente, esse percentual deverá ser ainda muito maior para países como o Brasil”, disse.
Ele também defendeu que o Estado atue como coordenador, mas nunca como protagonista do processo de construção de uma agenda econômica sustentável para a Amazônia brasileira – neste caso, o setor privado teria posição mais destacada. O CBA foi citado, neste sentido, como um dos potenciais geradores de benefícios para a sociedade amazônica a partir de investimentos em Ciência e Tecnologia com base nas ricas potencialidades da região. Para o vice-presidente, é preciso muito investimento em Ciência e Tecnologia e o CBA pode ser melhor aproveitado neste cenário. "Estamos dando um passo extraordinário agora no sentido de dar vida própria ao CBA de modo que as instalações e as pesquisas sejam frutíferas. E aí tem que entrar o setor privado, incentivando e financiando essas pesquisas, para que os frutos delas atendam aos interesses de todos aqueles que vivem na amazônia”, afirmou Mourão.