Notícias
Interior do AM terá implantação de duas incubadoras em 2016
O interior do Amazonas ganhará duas incubadoras em 2016 a partir de projeto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) que tem por mote o conceito de tecnologia social. A informação foi dada durante a primeira “Conferência sobre Processos Inovativos na Amazônia: interfaces entre ICT, empresários e investidores”, realizada nessa quarta-feira (18), durante o primeiro dia da Jornada de Seminários da oitava edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2015).
As incubadoras serão implantadas nos municípios de Parintins e Coari. De acordo com a gestora da Incubadora de Empresas do Ifam (Ayty), Goreth Araújo, no momento, essas unidades estão passando por um processo de certificação com base na metodologia adotada pelo Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) vinculado à Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
Ela explica ainda que as duas novas unidades integram a incubadora sistêmica do Ifam, criada em 2005. O projeto de expansão de incubadoras no Interior tem por finalidade promover o desenvolvimento de municípios por meio da geração de emprego e renda. Além de Parintins e Coari, outros municípios devem receber unidades da AYTY posteriormente, entre os quais, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Itacoatiara e Tabatinga. Para a implantação dessas unidades, o Ifam coordenou um processo de formação de gestores na área de incubação. A etapa atual dessa ação compreende a prospecção de espaços para atuação.
Esse trabalho integra o projeto mais amplo de expansão do Instituto no interior do Estado. Num primeiro momento, foi realizado amplo levantamento das especificidades dos demais municípios a fim de identificar áreas de interesse para atuação do Ifam, bem como potencialidades de cada localidade.
Incubação e desenvolvimento econômico
Durante a conferência, um dos aspectos abordados foi a questão do empreendedorismo a partir da perspectiva das incubadoras. Para a presidente da Rede de Incubadoras da região Nordeste, Técia Carvalho, a Lei de Inovação contribuiu para o avanço da interação entre pesquisa e mercado, o que tem influenciado sobremaneira na mudança do olhar em torno da importância de outro tipo de capital: o humano. Nesse sentido, as incubadoras têm um papel importante na medida em que devem servir de alicerce para que esse capital humano possa atuar na geração de novas oportunidades de negócios.
A presidente da rede de incubadoras nordestinas frisou ainda a expansão do movimento de incubação de empresas no âmbito da economia solidária. Ela citou exemplo de uma incubadora cearense que atua no desenvolvimento de tecnologias ainda não trabalhadas por outras incubadoras e repassa a expertise para comunidades, a fim de que possam desenvolver produtos para o aumento da renda e melhoria da qualidade de vida.
Nesse mesmo painel, o coordenador geral da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ITCP-COPPE/UFRJ), Gonçalo Guimarães, tratou sobre a necessidade de se preocupar com a territorialidade como maneira de definir norteadores para a implantação de incubadoras. “O nosso papel é gerar desenvolvimento, por isso, é preciso dialogar com o grupo social do local”, ressaltou Guimarães.
Sobre a Conferência
O movimento de incubadoras de empresas surgiu na década de 1980, conquistando maior popularidade nos últimos anos em todo o País. A Conferência sobre Processo Inovativos na Amazônia: interfaces entre ICT, empresários e investidores foi promovida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) em parceria com a Rede Amazônica de Inovação (RAMI), Rede Namor, Arranjo Net da Amazônia Ocidental, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O evento contou também em sua programação com a palestra magna “Cenário Brasileiro do Sistema de Propriedade Intelectual na Promoção da Inovação, além dos paineis: Interfaces entre NIT e Setor Produtivo e Caminhos para Negociação de Tecnologias Geradas nas ICTs.