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Ibama busca apoio da Suframa em ações de gestão da Fauna que envolvam bioeconomia e conservação no AM
Superintendente da Suframa, Bosco Saraiva aproveitou a reunião para enfatizar a necessidade de industrialização do pescado no interior do Estado (Fotos: Divulgação/Suframa)
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apresentou à Suframa, nesta terça-feira (7), na sede da Autarquia, quatro linhas de atuação na gestão da Fauna no Amazonas. O encontro teve como objetivo abordar possibilidades de colaboração em atividades com integração da bioeconomia, sustentabilidade e conservação ambiental, bem como obter apoio da Suframa para incentivos fiscais e parceria em projetos, interlocução com as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e agências de financiamento, além da execução de projetos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com a sugestão de participação do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
Pioneiro na Amazônia e completando 25 anos em 2024, o manejo do pirarucu no Amazonas foi um dos principais temas abordados durante a apresentação. O superintendente do Ibama, Joel Bentes Araújo Filho, destacou a importância do manejo desse peixe amazônico para a bioeconomia, ressaltando os esforços para garantir a pesca controlada da espécie através do manejo autorizado, que enfrentou riscos de extinção nos anos 1990. O manejo do pirarucu envolve 407 comunidades, 3.363 famílias e 5.403 pescadores, alcançando um faturamento bruto de R$ 19,8 milhões no ano passado.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, enfatizou a necessidade de industrialização do pescado no interior do Estado, não se limitando apenas ao pirarucu, mas também incluindo outros produtos. “Essa iniciativa do Ibama não apenas agrega valor aos produtos locais, mas também contribui para a preservação da floresta e proporciona oportunidades de renda para as comunidades”, frisou Saraiva.
Atualmente, o Amazonas conta com cerca de 50 iniciativas de manejo do pirarucu, com perspectivas de expansão para outros Estados. O Ibama propôs que as empresas do PIM invistam em projetos, adquirindo produtos das unidades legalizadas no manejo do pirarucu e atuem como parceiras dos manejadores. Dessa forma, as empresas estariam contribuindo para o uso sustentável do pescado e promovendo uma marca amazônica por meio do pescado.
Também foram apresentadas três outras linhas de atuação desenvolvidas pelo Ibama, na tentativa de viabilizar o apoio da Suframa e empresas do PIM: o Programa Quelônios da Amazônia (PQA-AM), ações do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-AM) e a Educação Ambiental (EEA-AM).
Participaram da reunião a coordenadora do projeto Pé-de-Pincha da Ufam, Midian Salgado, o coordenador de Governança Territorial e Sociobioeconomia do Instituto Juruá, Eduardo Muhlen, e o chefe do Núcleo de Biodiversidade e Florestas (Nubio) do Ibama-AM, Jadson Oliveira
Estiveram presentes, pela Autarquia, os superintendentes-adjuntos Executivo, Frederico Aguiar, e de Projetos, Leopoldo Montenegro. “A interação e alinhamento institucional entre Suframa e Ibama é essencial para promover a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico na região amazônica”, salienta o superintendente da Suframa.