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Futuro da qualificação profissional no Amazonas é discutido na SUFRAMA
A busca pela capacitação dos trabalhadores do Estado, com vistas a qualificar a força de trabalho – principalmente do Polo Industrial de Manaus (PIM) –, é uma das propostas do ‘Pacto pelo Desenvolvimento da Liderança Sustentável no Amazonas’, promovida pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM) em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Entidades de classe representativas, como a Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), além de representantes de instituições de ensino e pesquisa, também participam das discussões que pretendem fomentar projetos de capacitação de recursos humanos.
A reunião entre os órgãos envolvidos ocorreu nesta semana, na sede da SUFRAMA, e buscou definir os pontos principais para a implementação do Pacto. Este foi o segundo encontro (o primeiro foi na sede da Fieam) e diversos tópicos foram discutidos, como a intervenção da iniciativa privada nos mecanismos de ensino vigentes e a aplicação de recursos oriundos do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda) na ampliação de projetos voltados ao aprimoramento dos recursos humanos do Amazonas.
Segundo o superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, “essa é uma iniciativa importante, manifestada por alguns líderes empresariais do nosso Estado, pois formar o capital intelectual é algo extremamente necessário para o Polo Industrial de Manaus. Não temos como evoluir sem essa formação”. O superintendente disse ainda, que é preciso um aumento quantitativo e qualitativo da mão de obra local, indo além da manufatura, a fim de possibilitar o domínio de todas as fases do processo tecnológico. “O Pacto é uma proposta que soma e preenche uma lacuna importante”, pontuou. Nogueira lembrou, que a autarquia não atende apenas às atividades industriais, mas investe em capacitação de recursos humanos em toda a região amazônica.
A presidente da ABRH-AM, Elaine Jinkings, afirmou que as grades curriculares das instituições de ensino têm pouca conexão com as exigências do mercado de trabalho, o que distancia o ambiente empresarial do educacional. “Estamos trabalhando para que o conhecimento que está dentro das empresas seja repassado para as faculdades, uma vez que hoje isto não está ocorrendo de forma correta. Quando isso for feito, teremos organizações mais sustentáveis, pois as equipes de trabalho e as empresas alinharão seus objetivos e os resultados vão aparecer”, concluiu.
Uma nova reunião está prevista para discutir a definição do plano de ação, e deve ocorrer dentro de duas semanas, na sede da SUFRAMA.