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Frente Parlamentar destaca contribuição do PIM para a preservação ambiental
O modelo de desenvolvimento da Amazônia e a contribuição do Polo Industrial de Manaus (PIM) para a redução do desmatamento no Amazonas foram temas de debate hoje, na Câmara dos Deputados após apresentação de um resumo do livro “Impacto virtuoso do Polo Industrial de Manaus sobre a proteção da floresta amazônica: discurso ou fato?”, apresentado por um dos coordenadores do estudo, pesquisador Alexandre Rivas,Pós-doutor em Economia Ambiental.
Em nome do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, a Superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Skrobot Barbosa Grosso, disse estar muito feliz com o destaque dado pela Frente Parlamentar Ambientalista aos resultados do estudo que demonstram a perfeita integração que a região tem com as entidades públicas e privadas, um trabalho conjunto feito pelo governo, com apoio institucional e de empresas privadas, inclusive com indústria do PIM. “Esse estudo demonstra a importância de um modelo de desenvolvimento da Amazônia que deu certo, que gerou bem-estar social, desenvolvimento econômico e preservação ambiental”, disse a superintendente.
Flávia Grosso fez questão de ressaltar que, apesar do modelo ZFM ter incentivos fiscais, criou uma base tributária que faz com que o Estado do Amazonas arrecade 63% de todos os impostos federais da Região Norte do País e ainda arrecade R$ 1,4 por cada real renunciado, considerando os impostos federais, estaduais e municipais. “Isso demonstra que o modelo ZFM, além de tudo é positivo em termos de criação de base tributária”, complementou.
Contingenciamento
A Superintendente da SUFRAMA aproveitou a oportunidade para esclarecer que a autarquia não recebe repasse do Tesouro Nacional. Toda receita advém da arrecadação que faz junto às indústrias do PIM e são esses os recursos que têm sido contingenciados. “Entretanto, é com eles que a SUFRAMA faz a distribuição da riqueza gerada pelo Polo Industrial de Manaus, realizando investimentos em todos os Estados de sua área de atuação”, concluiu.
Sobre o estudo
O estudo, que pela primeira vez comprova cientificamente a influência do PIM na preservação da floresta amazônica, foi realizado por pesquisadores das universidades federais dos Estados do Amazonas e Pará, do Instituto Piatam e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Financiado pela Nokia do Brasil, com investimento de R$ 600 mil, teve o apoio da SUFRAMA. Os resultados passaram por avaliação de pesquisadores dos Estados Unidos, Europa e América Latina.
Os pesquisadores avaliaram o impacto do PIM na proteção da floresta em território amazonense em dois períodos distintos: até 1997 e entre 2000 a 2006, e tiveram como base os dados disponíveis sobre desmatamento no Estado. Conforme o estudo, no período de 2000 a 2006, quando a base de dados sobre o desmatamento na região passou a ter continuidade e consistência, o estudo mostrou que a pressão sobre a floresta amazônica diminuiu em 70% a 77% nesse intervalo, em razão da existência do parque industrial de Manaus. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas conta atualmente com 98% da sua cobertura vegetal preservada. Até 1997, os dados não apresentavam consistência.