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Estudo nacional ratifica efetividade da Zona Franca de Manaus
A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi objeto de um estudo científico promovido pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EESP) e o resultado da análise obtida garante: o modelo de desenvolvimento regional é efetivo e causou impactos socioeconômicos e ambientais positivos para a região, com reflexos em todo o País. Foi o que informou o pesquisador responsável pelo estudo, Márcio Holland, durante apresentação realizada no Centro da Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam) nesta sexta-feira (22). O evento foi acompanhado pelo titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), Alfredo Menezes, pelo presidente do Cieam, Wilson Périco, e pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva. O encontro ainda contou com a presença de parlamentares da região - como os senadores Omar Aziz, Eduardo Braga e Plínio Valério; e os deputados federais Alberto Neto, Átila Lins, Sidnei Leite, Bosco Saraiva e Marcelo Ramos - e de representantes das indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Em seu estudo, intitulado "Zona Franca de Manaus: Efetividade e Oportunidades", o professor da FGV/EESP, Márcio Holland, destacou como a ZFM foi capaz de transformar a realidade da região, com o registro de crescimento social e econômico que possibilitou a geração de emprego e renda a milhares de pessoas, ocasionando mudanças em diversas frentes, inclusive nos índices de educação da região.
Holland demonstrou, com dados consolidados a partir de informações do século passado, como a Zona Franca de Manaus e a implementação de uma base industrial no coração da Amazônia permitiram a ocupação desta faixa terrorial brasileira e de que forma isso elevou os investimentos públicos na região, gerando condições propícias para o crescimento de uma sociedade mais forte, capacitada e menos dependente de atividades como o extrativismo e a agropecuária.
Este quadro, inclusive, permitiu o incremento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na área coberta pelo modelo ZFM, além de outros benefícios. "O modelo ZFM, apesar das críticas que recebe por se tratar de uma base de incentivos regionais, obteve resultados muito favoráveis. Nota-se crescimento da renda da sociedade e a constituição de um parque industrial sofisticado e diversificado. Mas dizemos que inspira cuidados e desafios, uma vez que qualquer que seja a movimentação de politicas macro em geral pode afetar os incentivos ofertados na região e impactar na permanência de empresas na região, o que seria negativo tanto social como ambientalmente, conforme o estudo demonstra", disse Holland.
O superintendente da SUFRAMA afirmou que a apresentação do estudo "é uma excelente oportunidade de demonstrar a todos a importância da Zona Franca de Manaus. Sempre tivemos esse entendimento e temos o apoio da bancada federal da região e das entidades de classe para, com união e compromisso, lutarmos para a defesa do nosso modelo e melhorarmos esse modelo, que é tão importante para todos - em especial na geração de emprego e renda".
Wilson Périco pontuou que "esse estudo é fruto de um debate que temos travado há anos de como nos posicionarmos contra investidas que vez ou outra nos avizinham, especialmente por quem tem interesses pontuais que não os (interesses) do País. Sem sabermos qual seria o resultado, demandamos o estudo e tivemos a grata surpresa com o que foi apurado, que poderá municiar os parlamentares da região em seus posicionamentos. Este trabalho não é a solução dos nossos problemas, mas nos permitirá realizar a correta defesa da Zona Franca de Manaus, inserindo-a com êxito no contexto nacional, para que a cena política olhe o Brasil não apenas do Centro-Oeste para baixo, mas considerando a região Norte dentro de um modelo de sucesso e com possíveis soluções para os desafios que o País tem à frente".