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Estudo da SUFRAMA/UFAM pode balizar políticas de desenvolvimento
Para auxiliar o processo de decisão de investimentos públicos e privados para o desenvolvimento econômico do Amazonas, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), através da Coordenação-Geral de Estudos Econômicos e Empresariais (COGEC), e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por meio do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (Prodere), realizaram nesta quarta-feira (12), no auditório da autarquia, o seminário Planejamento de Políticas de Desenvolvimento Regional.
O evento foi aberto pelo superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, e utilizou como base os dados compilados pelas equipes da autarquia e da UFAM que geraram a Tabela de Recursos e Usos (TRU) e a Matriz de Insumo-Produto (MIP) do Estado do Amazonas. A TRU é um instrumento de sistematização dos diversos efeitos socioeconômicos originados nas operações realizadas pelos agentes econômicos de determinada região, enquanto a MIP é o conjunto de informações e elementos numéricos compilados que representam as relações intersetoriais e inter-regionais entre os demais agentes existentes em regiões diversas.
O professor-doutor da UFAM, Mauro Thury, que participou de todas as etapas de sistematização dos instrumentais, afirmou que, com a compilação de dados, é possível “ver quanto a variação da produção de um determinado segmento afeta os demais e, dessa forma, podemos balizar os processos de decisão”.
O economista da COGEC, Renato Freitas, coordenador executivo do projeto, disse que a TRU “é um instrumento muito utilizado por diversos países como ferramenta de planejamento econômico estratégico. No Brasil, Estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco já adotaram este procedimento com o mesmo propósito”. Freitas destacou, ainda, que os parâmetros utilizados para produção tanto da TRU quanto da MIP seguem padrões internacionais, o que tornam os instrumentos “consistentes e coerentes com levantamentos feitos em qualquer parte do mundo”.
Outros possíveis resultados que podem ser gerados pelos instrumentais apresentados são a avaliação de estratégias de diversificação e adensamento da cadeia produtiva local e a estimativa de impactos econômicos, fiscais e ambientais de investimentos dos setores públicos e privados.
Para Renato Freitas, devido à importância do projeto, “é preciso continuá-lo a fim de aperfeiçoar o trabalho com a socialização do que for compilado”.