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Escola de Guerra Naval inclui Suframa em curso sobre a Amazônia
A importância estratégica da região amazônica para o Brasil e o mundo motivou a Escola de Guerra Naval (EGN) a promover uma viagem de estudos à Amazônia, nesta quarta-feira (14), para tratar dos aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e militares da região. Devido à sua relevância acerca dos temas elencados, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) foi convidada a discorrer sobre "Desenvolvimento sustentável da Amazônia: perspectivas e desafios" a 31 Oficiais-Alunos do Curso de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM), no Comando do 9º Distrito Naval, em Manaus.
O superintendente adjunto de Projetos da Suframa, Gustavo Igrejas, fez a apresentação pela Autarquia e abordou o histórico da Zona Franca de Manaus (ZFM), além de destacar os avanços socioeconômicos promovidos a partir da implantação do modelo de desenvolvimento regional, oficializado em fevereiro de 1967, durante o governo militar brasileiro. Dentre alguns dos temas pontuados por Igrejas, o superintendente destacou a necessidade de se buscar constantemente soluções a fim de se minimizar os impactos logísticos comuns à região, que se refletem na competitividade do Brasil frente a outros países e, consequentemente, nos investimentos aqui gerados.
Gustavo Igrejas ainda informou sobre a iniciativa da Suframa e de outros entes públicos e privados na busca pela diversificação da matriz econômica local, como forma de complementar as atividades promovidas no âmbito da Zona Franca de Manaus, e esclareceu que é fundamental fomentar o desenvolvimento local de produtos não apenas na região, mas em todo o País. "Temos exemplos de sucesso no Japão pós Segunda Guerra Mundial e na Coreia do Sul da década de 1970. Eles investiram em capital humano e tecnológico local e hoje colhem os frutos dessa visão de futuro. São referência quando falamos de produtos inovadores, de alta qualidade e representam algumas das economias mais fortes do mundo", disse, acrescentando que "é preciso estar atento à evolução tecnológica. Atualmente, vemos produtos que reúnem tecnologias que são capazes de substituir outros equipamentos, como aparelhos celulares que podem ser utilizados como câmeras fotográficas, aparelhos de GPS e computadores portáteis, por exemplo. É fundamental buscarmos ser os detentores das futuras tecnologias, estarmos à frente em questões de inovação para garantir um lugar de destaque no mundo".
Para o coordenador do C-PEM 2019, Capitão de Mar e Guerra Nelson Calmon Bahia, este módulo do curso "foi de extrema importância, pois todos sabemos que a Amazônia é capital para o Brasil, uma região de suma importância. E é fundamental para os oficiais que ocuparão, futuramente, cargos de assessoria e de alto nível na Marinha e nas Forças Armadas irmãs terem um conhecimento mais amplo do que ocorre na região, tanto na parte militar quanto na política e econômica. Esse painel realizado hoje objetivou conhecer a importância econômica da Amazônia para o País".
Comitiva
Dentre os 31 Oficiais-Alunos do C-PEM 2019, há 20 Capitães de Mar e Guerra, dois coroneis do Exército e dois coroneis da Força Aérea Brasileira, seis servidores civis de nível superior e um Capitão de Longo Curso da Marinha Mercante. Todos acompanharam a apresentação da Suframa e, também, da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti-AM) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e vão realizar, ainda, outras atividades complementares ao curso no Estado.