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Encontro discute cadeia produtiva do pescado
O II Encontro de Negócios de Aqüicultura da Amazônia discutiu a cadeia produtiva do pescado na região, identificando as potencialidades do segmento com o objetivo de facilitar a compreensão das tendências do mercado e a promoção dos negócios entre os principais agentes do segmento. As políticas de desenvolvimento da aqüicultura nos Estados da região amazônica foi o principal tema debatido no encontro, que fez parte da Jornada de Seminários da quarta Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2008).
O gerente de projetos em aqüicultura, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) da Presidência da República, Rodrigo Roubach, abordou as ações focadas no setor para aumentar a produtividade, destacando a importância estratégica da região amazônica nesse processo. "As propostas estão fundamentadas no desenvolvimento do setor, mas tendo como prioridade a conservação dos ecossistemas", disse.
Segundo Roubach, um dos destaques das ações desenvolvidas atualmente é o Programa Nacional de Parques de Aquícolas, do Governo Federal. O primeiro a ser implantado na região está localizado em Tucuruí, no Pará. "O licenciamento já foi realizado. Agora estão sendo feitos os estudos para medir, por exemplo, a capacidade do reservatório", disse. O gerente explicou que o projeto é de caráter não oneroso, ou seja, não implica no uso comercial da atividade de pesca, mas para o sustento da comunidade local. O parque será idealizado com o mesmo conceito dos reservatórios de Itaipu (PR) e de Castanhal (CE).
O Ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir Gregolim, ressaltou a importância da feira como oportunidade para a consolidação de novos negócios. "Os visitantes e investidores têm chance de fechar negócios e firmar parcerias tanto no âmbito nacional quanto internacional, uma vez que a feira conta com a participação de expositores do Chile, Portugal e Itália", afirmou. Gregolim ressaltou ainda a importância da FIAM como ferramenta para a ampliação das exportações.
Outros temas debatidos no Encontro foram a legislação e licenciamento ambiental da aqüicultura na Amazônia, crédito rural, assistência técnica e insumos produtivos. "A Amazônia é um celeiro em termos de piscicultura, mas o setor precisa apresentar um produto de alto nível", comentou o presidente da Associação Brasileira de Aqüicultura (Abraq), Geraldo Bernardino. Uma proposta apresentada para incrementar a atividade é a agregação de valor ao pescado regional como o oferecimento do peixe em formas diversas (filé, ticado, triturado ou embutido).