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Empresários japoneses são incentivados a investir na ZFM pela Suframa
Novos investimentos vão ao encontro da possibilidade cada vez mais real de interiorizar a industrialização de produtos amazônicos com matéria-prima regional (Fotos: Divulgação/Prefeitura de Maués e Isaac Júnior/Suframa)
Com a possibilidade cada vez mais real de interiorizar a industrialização de produtos amazônicos com matéria-prima regional, a Suframa se reuniu com o Consulado Japonês nesta terça-feira (6), em Manaus, para tratar do assunto e incentivar empresários daquele país a fazer novos investimentos na Amazônia Ocidental. Dessa vez o foco são os produtos da bioeconomia como açaí, guaraná, cosméticos, pescado e outros.
A Suframa e a Zona Franca de Manaus dispõem dos incentivos fiscais para atrair os investidores japoneses e, a exemplo do que ocorreu com a juta, - uma das principais contribuições do Japão para o Brasil - pretendem que eles venham em grande número, alinhados com esse novo momento que se prospecta para a economia local.
O objetivo é estreitar relações e realizar cooperação técnica com um país que possui 30 mil imigrantes somente no Estado do Amazonas, além de quase 50 empresas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que geram aproximadamente 15 mil empregos diretos e beneficiam 110 mil pessoas, indiretamente.
“Exportamos para o Japão peixes ornamentais, que são produtos da região. São espécies que também podem ser adotadas, produzidas aqui e vendidas para o Japão por esses investidores. Se eles tiverem interesse, a Suframa se compromete em passar as informações num encontro ou por videoconferência, para mostrar a importância de tudo isso aqui na região”, explicou o superintendente da Autarquia, Bosco Saraiva, ao cônsul-geral japonês em Manaus, Masahiro Ogino, nesta terça-feira.
As relações de cooperação técnica entre Brasil e Japão tiveram início em 1959 e são reguladas pelo Acordo Básico de Cooperação Técnica Brasil-Japão, tratado assinado em agosto de 1971.
Um dos parceiros importantes dessa relação bilateral é a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica). Nos últimos 15 anos, a organização chegou a enviar especialistas para realizar trabalhos relativos ao desenvolvimento de uma solução integrada da gestão de resíduos industriais no PIM.
Mais recentemente, a Jica ajudou o município a construir toda a investigação relativa aos resíduos sólidos de Manaus e levou, ao Japão, técnicos da Suframa para fazer capacitação sobre a temática. “Podemos também trabalhar juntos com algo voltado para a sustentabilidade, o meio ambiente. A Suframa se coloca à disposição para ser interveniente na Amazônia com a cooperação japonesa”, frisou o superintendente Adjunto Executivo da Autarquia, Frederico Aguiar.
Voos
Durante a reunião, o cônsul Masahiro Ogino, que estava acompanhado da cônsul-geral adjunta do Japão em Manaus, Reiko Nakamura, solicitou apoio da Suframa na questão de infraestrutura, principalmente, relacionada aos voos internacionais. A necessidade é que esses voos sejam mais curtos, com escalas menores para o Japão, a partir de Manaus.