Notícias
Comitiva europeia visita ZFM em busca de oportunidades
O desenvolvimento da economia brasileira ao longo das duas últimas décadas, que a fez despontar como um dos cenários mundiais que mais atraem a atenção de investidores internacionais, levou uma comitiva de embaixadores de 17 países da União Europeia (UE) a visitar o Amazonas para conhecer um pouco mais das especificidades das políticas aplicadas à região coberta pelo modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). Na última semana, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), eles foram recebidos por representantes de vários órgãos atuantes da região, dentre eles a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
A abertura do encontro foi feita pela embaixadora-chefe da comitiva, Ana Paula Zacarias, que apresentou um histórico socioeconômico da União Europeia, desde sua criação até a evolução atual. Zacarias destacou o fortalecimento do bloco econômico europeu, que hoje conta com 28 Estados-membros e uma população que ultrapassa os 500 milhões de habitantes. A embaixadora ainda comentou dados de estudos econômicos realizados a partir da relação comercial UE–Brasil que demonstram a importância dos acordos bilaterais. Hoje, segundo Zacarias, “a União Europeia é o primeiro parceiro comercial do Brasil. Em relação a investimentos, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos em valores aplicados pelos países europeus”.
Em seguida, o superintendente, em exercício, da SUFRAMA, Gustavo Igrejas, foi convidado a palestrar ao grupo estrangeiro, para explicar a importância da Zona Franca de Manaus para a região e o País. Em uma apresentação abrangente sobre o modelo de desenvolvimento regional, Igrejas elencou informações sobre a origem da ZFM e seus objetivos iniciais. A evolução dos índices socioeconômicos, a preocupação ambiental e a visibilidade internacional foram tópicos listados pelo superintendente e que chamaram a atenção dos embaixadores. Sobre o futuro da Zona Franca, Igrejas afirmou que é necessário buscar “o desenvolvimento de produtos no Polo Industrial de Manaus (PIM), algo que já temos, mas de forma muito pontual. É preciso criar tecnologia própria para – inclusive – podermos exportá-la”.
Os empreendimentos do setor primário localizados no Distrito Agropecuário da SUFRAMA (DAS) também foram abordados pelo superintendente da SUFRAMA, que apresentou as metas de desenvolvimento da área aos embaixadores. Ao fim de sua palestra, Gustavo Igrejas convidou os europeus a visitar a Feira Internacional da Amazônia (FIAM), evento realizado bienalmente pela SUFRAMA que, este ano, chega à oitava edição e ocorre entre os dias 18 e 21 de novembro.
Objetivos comuns
A programação do encontro, realizado na Fieam, contou, também, com a apresentação do secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan-CTI/AM), Thomaz Nogueira, que reforçou as informações acerca da Zona Franca de Manaus apresentadas pelo superintendente da SUFRAMA e apresentou dados que comprovam o exponencial crescimento do Amazonas na economia brasileira. “Hoje somos a décima quarta economia do País e a primeira da região Norte. Além disso, Manaus se mantém na quarta colocação em atividade industrial e o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB). Mas a expectativa é de que a próxima atualização já nos coloque na quarta posição no PIB nacional”, declarou Nogueira.
A importância do PIM para o Estado também foi ressaltada pelo secretário. “A economia do Amazonas tem como principal motor o Polo Industrial de Manaus que, se não existisse, não geraria emprego, renda e nem a receita pública”, finalizou Thomaz Nogueira.
Os reitores Cleinaldo Costa e Márcia Perales, das Universidades do Estado do Amazonas (UEA) e Federal do Amazonas (Ufam), respectivamente, e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Luiz França, palestraram durante a reunião. A ideia principal destacada por todos foi demonstrar as oportunidades de investimento e cooperação que o Amazonas e a região podem oferecer a investidores da União Europeia.
No final, os palestrantes ficaram à disposição dos embaixadores para responderem perguntas e esclarecer sobre as questões acerca da economia regional.