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Comitiva do Suriname faz sondagens na Zona Franca
Uma comitiva governamental do Suriname, com 19 pessoas, visitará a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), nesta terça-feira (16), para identificar oportunidades de investimentos na região e estreitar as relações institucionais entre o país sul-americano e o Brasil. Na autarquia, os integrantes da delegação – liderada pelo vice-presidente do Suriname Robert Ameerali e o embaixador Marlon Mohaned Hoesein – assistirão a painéis sobre áreas com potencial para formação de parcerias de negócios e comércio bilateral.
O primeiro painel, previsto para 9h, será sobre o funcionamento e as vantagens do modelo Zona Franca de Manaus e terá o superintendente-adjunto de Projetos da SUFRAMA, Gustavo Igrejas, como palestrante. O segundo será uma análise sobre oportunidades de financiamento em infraestrutura, cujos palestrantes serão a superintendente da Área de Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciene Machado, e o gerente financeiro de exportações estruturadas da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), Hugo Miada.
No painel seguinte, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas, Airton Claudino, e a secretária de Indústria Comércio e Mineração do Pará, Maria Enríquez, apresentarão oportunidades de investimento nos seus respectivos Estados.
Haverá ainda um painel ministrado pelo chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Luiz Marcelo Brum Rossi, que abordará a promoção do setor agrícola entre Brasil e Suriname.
A agenda da comitiva surinamesa em Manaus começou na segunda-feira (15), com visitas à fábrica da Nokia e à Fundação Nokia e prossegue nesta terça com ida à Samsung, após o encontro na SUFRAMA. Na quarta-feira (17) está prevista uma reunião na sede do governo do Estado do Amazonas.
Suriname e Brasil
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Suriname foi o 117º parceiro comercial brasileiro em 2013. Entre 2009 e 2013, o intercâmbio comercial brasileiro com o país cresceu 32,4%, de US$ 47,6 milhões para US$ 63 milhões. Nesse período, as exportações aumentaram 50,8% e as importações reduziram-se 67,4%. O saldo da balança comercial, favorável ao Brasil em todo o período, registrou superávit de US$ 58,2 milhões em 2013.
Em 2013, O Brasil foi sexto principal fornecedor de bens ao mercado surinamês, com US$ 60,58 milhões e 3,5% do total importado pelo país vizinho. Já com relação à importação, o Brasil posicionou-se, ano passado, no 22º lugar entre os compradores do Suriname, com US$ 2,42 milhões e 0,2% do total.
As exportações brasileiras para o Suriname são compostas, em sua maior parte, por produtos manufaturados, que representaram 81,8% do total em 2013, com destaque para a venda de máquinas mecânicas e elétricas. Os básicos posicionaram-se em seguida, com 18,2%, e destaque para a venda de carnes de frango e de suínos. Na pauta das importações brasileiras originárias do Suriname, predominam as compras de cereais. Em 2013, cereais, basicamente arroz, representaram 75,4% do total, seguidos de produtos químicos inorgânicos (alumina calcinada e hidróxido de alumínio) com 22,2%.