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Com recursos da SUFRAMA, primeira indústria de fécula de mandioca do Amazonas começa a ser construída nos próximos dias
Projeto incentivado pelo Programa Prioritário de Interiorização do Desenvolvimento da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), a Indústria de Fécula de Mandioca dos municípios de Manaquiri e Careiro Castanho teve sua ordem de serviço assinada nesta terça-feira, 19, pela Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror). A construção deve iniciar nos próximos dias.
A Fecularia de Mandioca, a primeira do Amazonas, será instalada na fronteira entre os municípios de Manaquiri, localizado a 60 quilômetros em linha reta de Manaus, e Careiro Castanho, distante 102 quilômetros em linha reta da Capital. A agroindústria, fruto de convênio assinado entre Sepror e SUFRAMA, no valor de R$ 1,7 milhão, vai beneficiar mais de 2500 agricultores familiares dos dois municípios. A produção atenderá principalmente às empresas do segmento eletroeletrônico do Pólo Industrial de Manaus (PIM), que utilizam a fécula de mandioca como espécie de cola na fabricação de equipamentos.
Atualmente, o insumo é importado quase que em sua totalidade do Estado do Paraná. Com a produção no Amazonas, a partir da agroindústria de Manaquiri e Careiro Castanho, a intenção é gerar novas oportunidades de emprego e renda à população e assegurar a circulação no próprio Estado dos recursos que eram gastos na importação do produto.
Segundo a coordenadora-geral de Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Eliany Gomes, a indústria de fécula de mandioca será um mecanismo gerador de emprego e renda, fortalecendo a economia dos municípios envolvidos e irradiando desenvolvimento para toda a região. “São investimentos de efeito multiplificador, extremamente benéficos para a população e que agregarão valor a uma cadeia produtiva que se mostra promissora para o Amazonas”, afirma Gomes.
O secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, destaca que, além dos benefícios sócio-econômicos à população, o projeto vai representar economia de recursos para o Estado. "Se fizermos um cálculo simples, veremos que o Amazonas envia, todo ano, R$ 96 milhões para fora do Estado para comprar fécula de mandioca. Com a implantação da fecularia, nós podemos zerar esse déficit em dois anos", afirma o secretário. Ele diz que solos amazônicos são aptos à plantação dessa matéria-prima. "É inadmissível que o Amazonas precise importar fécula de outros estados", complementa Bezerra.
O projeto da fecularia inclui aquisição de maquinário completo, como lavador de raízes, cevadeira, peneiras rotativas, centrífugas, caldeira, secador de amido e ensacadeira, além de equipamentos para laboratório e a realização das obras civis (edificação e instalações). Também está prevista a capacitação dos produtores que irão trabalhar diretamente na agroindústria.
Polo Moveleiro e “Bacalhau da Amazônia”
Outras obras já iniciadas no Interior do Amazonas que recebem recursos da SUFRAMA, por meio de convênios assinados entre a autarquia e a Sepror, são o Polo Moveleiro do município de Tabatinga e a Indústria de Beneficiamento (Salga) de Pirarucu no município de Fonte Boa.
Em Tabatinga, cidade localizada a 1.105 km de Manaus em linha reta, o polo moveleiro deve beneficiar diretamente cerca de 200 produtores e artesãos. O complexo, estruturado em diversos blocos em uma área total de 46 mil metros quadrados, vai possibilitar o beneficiamento de madeira manejada para produção de móveis, carteiras escolares e outros itens. A obra está orçada em R$ 597.878, sendo 90% oriundos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o restante proveniente de contrapartida da Sepror. A previsão é de que a construção do polo seja finalizada até o mês de agosto.
A unidade de beneficiamento de Pirarucu em Fonte Boa, por sua vez, será a primeira no Amazonas destinada à produção do “Bacalhau da Amazônia”, produto gerado por meio do beneficiamento do pirarucu oriundo de áreas manejadas. A unidade está sendo construída com recursos de R$ 2 milhões investidos pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). As obras devem durar cerca de três meses e a expectativa é que a unidade esteja em funcionamento a partir de novembro deste ano.