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Chineses visitam ZFM e prospectam investimentos em Biotecnologia
Uma comitiva, formada por 20 representantes governamentais de províncias da China, esteve na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), nesta sexta-feira (12), para conhecer o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), além de prospectar investimentos na região. De acordo com o vice-diretor do Instituto de Administração Pública e Recursos Humanos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Conselho de Estado da China, Li Guo Qiang, líder da comitiva, o foco de interesse para investimentos é a biotecnologia.
Recepcionados pelo superintendente da autarquia, Thomaz Nogueira, os empresários ouviram que um dos desafios atuais do Polo Industrial de Manaus (PIM) é justamente utilizar a biodiversidade amazônica na produção. Para isso, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) atua na integração da biodiversidade ao processo produtivo industrial. “O CBA é uma iniciativa do governo federal, mantido atualmente pela SUFRAMA, e que trabalha com diversas pesquisas na área de cosméticos, fármacos, sais, entre outros produtos, todos com foco comercial e que possam buscar na biodiversidade a inovação”, disse Nogueira.
Nogueira falou sobre os incentivos concedidos na região, tanto pelo governo federal, quanto estadual, e lembrou do Processo Produtivo Básico (PPB). “O PPB é uma exigência de níveis mínimos de produção com conteúdo local para que a empresa possa ter acesso aos benefícios fiscais da ZFM”, explicou o superintendente.
Ganhos sociais
O superintendente ressaltou os ganhos sociais com a criação da ZFM, como o aumento do número de faculdades de uma para dezenove, a criação de 89 cursos de mestrado e doutorado e o crescimento da participação do Amazonas no PIB brasileiro de 0,6% para 1,6%. “Outro importante ganho, que não foi pensado na criação do modelo, mas que é extremamente importante, é o ambiental. O Estado do Amazonas tem uma cobertura vegetal nativa de 98% e estudos mostram que esse resultado só é possível porque o parque industrial de Manaus ofereceu uma alternativa de emprego e renda que não depredou a floresta”, explicou.
Segundo Nogueira, a logística ainda é um dos grandes desafios do PIM. “Nosso objetivo é otimizar as rotas e diminuir os custos logísticos. A maioria dos insumos que vem da China, Coreia e Japão chegam por rota marítima via Canal do Panamá, mas já estamos estudando rotas alternativas com os países da América do Sul”, exemplificou. No Brasil, mesmo sem uma rodovia que ligue diretamente Manaus ao sul do País, Nogueira ressaltou que todos os produtos do PIM chegam a todo o mercado nacional.
O superintendente também convidou a comitiva para a VII Feira Internacional da Amazônia, que ocorrerá em novembro deste ano, no Studio 5. “Espero que possamos aumentar nossa interação e firmar novos investimentos. Posso garantir que Manaus é a melhor porta de entrada para o mercado de consumo do Brasil”, concluiu o superintendente.