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Certificação de produtos orgânicos da Amazônia é destaque em evento da Suframa
Superintendente Algacir Polsin (à esquerda) abriu os trabalhos e duas palestras foram realizadas em relação à temática (Fotos: Isaac Júnior/Suframa)
Com o objetivo de promover os produtos orgânicos amazônicos, a Suframa realizou nesta quarta-feira (26) o evento virtual (na plataforma Teams) “Certificação de produtos orgânicos para Europa e Oportunidades para os produtos orgânicos no mercado internacional”. A programação contou com duas palestras gratuitas destinadas às empresas e profissionais que trabalham com produtos orgânicos e que pretendem exportar.
Na abertura, o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, esboçou um breve histórico da Zona Franca de Manaus (ZFM), ressaltando que a agropecuária, ao lado da indústria e do comércio, foi uma das vertentes econômicas pensadas desde o início do modelo.
Polsin ressaltou que um dos principais desafios atuais é, além de fortalecer o vetor industrial, promover a diversificação de outras matrizes econômicas para a região e incrementar a pauta exportadora da Amazônia, em um contexto de valorização da Bioeconomia.
O superintendente também salientou a importância de medidas como a Resolução do Conselho de Administração da Suframa nº 2, de 25 de fevereiro de 2021, que incentiva a utilização da matéria-prima regional e o processo de garantia da personalidade jurídicas do Centro de Biotecnologia da Amazônia. Segundo ele, o CBA será o Centro de Bionegócios da Amazônia e deverá ser um importante apoio para aqueles que atuam com a produção orgânica.
Palestras
Na primeira palestra, “Certificação de Produtos Orgânicos para Europa”, o engenheiro agrônomo e diretor-executivo da QIMA IBD Certificações, Alexandre Harkaly, abordou as exigências e os critérios dos mercados internacionais, em especial a Europa, para os produtos orgânicos e detalhou todas etapas do processo de certificação.
Na segunda apresentação, denominada “Oportunidades para os Produtos Orgânicos no mercado internacional”, o CEO da Biozer da Amazônia, Danniel Pinheiro, relatou a experiência da empresa na exportação de produtos orgânicos para o mercado internacional, como a aquisição da certificação Halal (Halal significa “permitido” em árabe) e destacou a elevada aceitação nos mercados estrangeiros dos produtos amazônicos.
Certificação
A certificação é um instrumento, geralmente apresentado sob a forma de um selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto, que garante que os produtos orgânicos rotulados foram produzidos de acordo com as normas e práticas da agricultura orgânica.
Para ser considerado orgânico, o produto deve ser cultivado em um ambiente que considere sustentabilidade social, ambiental e econômica e valorize a cultura das comunidades rurais. O cultivo deve respeitar aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos, garantindo um sistema agropecuário sustentável.
Por evitar a utilização de agrotóxicos, hormônios, drogas veterinárias, adubos químicos, antibióticos ou transgênicos em qualquer fase da produção, os produtos orgânicos cada vez mais despertam interesse de exigentes consumidores do mercado internacional.