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Centro de Biotecnologia da Amazônia será uma Organização Social
O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) será uma Organização Social (OS) gerida, de forma conjunta, pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A informação foi dada pelo secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, durante a abertura do seminário “Discutindo o futuro do CBA”, realizado nesta quarta-feira (30), no auditório do Centro.
A definição da identidade jurídica do CBA levou em consideração o foco de atuação desejado para o Centro e a escolha dos ministérios gestores se deu de acordo com seus expertises e com o que se pretende para o CBA, inserindo-o cada vez mais no cenário empresarial e tratando sua atividade como um negócio. “Em menos de um ano de gestão compartilhada do CBA entre MDIC, SUFRAMA e Inmetro, conseguimos encaminhar sua reestruturação, atendendo a uma solicitação expressa do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, que vem tratando este assunto com a máxima importância. Agora, com a união de competências dos dois ministérios (MDIC e MCTI), vamos utilizar todo o conhecimento e ‘poder de fogo’ das duas instituições para que possamos desenvolvê-lo plenamente e definir seu plano de trabalho”, afirmou o dirigente.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Bruno César, disse que essa definição de atuação conjunta com o MDIC na região “demonstra a importância da Amazônia para o Ministério de Ciência e Tecnologia, que tem total interesse na questão CBA. Temos toda essa capacidade instalada (do Centro) e queremos melhor aproveitá-la”.
O superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Pereira, ressaltou que a criação da OS permitirá “dar mais liberdade de investimento ao Centro, contribuindo positivamente com sua maior inserção no mercado”. Pereira ainda afirmou que as discussões propostas pelo seminário realizado nesta quarta-feira são de grande relevância para nortear as atividades do CBA. “Todo plano de negócios será definido a partir das contribuições dos especialistas que estão aqui presentes neste seminário para debater sobre o Centro”, pontuou.
O diretor de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida do Inmetro, José Mauro Granjeiro, comentou sobre a oportunidade que o instituto tem – ao lado do MDIC e da SUFRAMA – de estar presente no desenvolvimento das atividades do CBA, utilizando toda experiência do Inmetro em favor da execução de ações voltadas a inovações biotecnológicas. “Temos o compromisso formal de contribuir com este processo”, frisou Granjero.
O seminário
Após a participação inicial dos representantes do MDIC, MCTI, SUFRAMA e Inmetro, o seminário foi conduzido por especialistas que buscaram apresentar propostas para o aprimoramento das atividades do CBA.
Depois de uma breve apresentação do status atual do Centro de Biotecnologia da Amazônia, especialistas do Laboratório Nacional de Biociências, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do grupo Cristália e do Centro de Tecnologia Canavieira colocaram em pauta sugestões sobre o CBA aos cerca de 100 presentes ao evento – entre pesquisadores, representantes de entidades de classe e órgãos governamentais e demais interessados no tema –, baseando-os com informações para fomentar os grupos de discussão que compuseram a segunda etapa do seminário, ocorrida no período da tarde.