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CBA identifica, na atuação do Cimatec, formas de estimular empreendedorismo biotecnológico na Amazônia
Equipe do Cimatec Park apresenta algumas das atividades realizadas no complexo tecnológico (Foto: Márcio Gallo/Suframa)
No encerramento da agenda conjunta promovida entre o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec), ocorrida no início de setembro, na Bahia, os representantes do CBA - o gestor Fábio Calderaro e o pesquisador Edson Pablo - conheceram a estrutura e estratégias do Cimatec Park, um complexo tecnológico e industrial em Camaçari (BA) que abriga diversas atividades e contribui para o fomento da economia local e para a geração de empregos de alta qualidade. A proposta do CBA é de buscar replicar algumas iniciativas do Cimatec para estimular o desenvolvimento do empreendedorismo biotecnológico na Amazônia.
Na ocasião, os dirigentes do Cimatec apresentaram os galpões construídos com base em princípios verdes, ou seja, ambientalmente responsáveis. Dessa forma, a estrutura foi fabricada pensando-se no melhor aproveitamento da luz natural e com sistema de captação das águas pluviais. No local também buscou-se aproveitar a ventilação natural, além de promover uma construção que respeitasse o meio ambiente que cerca o complexo, inclusive promovendo reflorestamento parcial das áreas do entorno do parque tecnológico.
A estrutura construída atende a diversas atividades, que vão desde a indústria automotiva até a indústria química, passando por plantas industriais piloto e trabalhos que envolvem a parte de farmacologia e biotecnologia, cujo escopo de atividade está totalmente alinhado ao que o CBA realiza em Manaus (AM).
"No Cimatec Park temos capacidade para atender a diversas demandas do mercado, além de propor outras. Muitas empresas, públicas e privadas, nos procuram para atuar em conjunto e assim o fazemos, inclusive na área de biotecnologia. Estamos preparados para integrar esforços para promover ações com o Centro de Biotecnologia da Amazônia de forma a contribuir com os avanços propostos pelo Centro no desenvolvimento da bioeconomia amazônica e potencializarmos essa atividade", afirmou o diretor de operações do Senai Cimatec, Luis Alberto Breda Mascarenhas.
Aplicação na Amazônia
O gestor do CBA destacou ter identificado várias maneiras de se utilizar, por base, a estratégia de trabalho do Cimatec Park para fomentar a atividade bioeconômica na Amazônia, uma proposta do Centro e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Autarquia federal à qual o CBA é vinculado. "A oportunidade de conhecer como o Senai Cimatec atua por meio deste complexo tecnológico foi ímpar para pensarmos com mais clareza acerca das melhores iniciativas de se estimular o empreendedorismo biotecnológico na Amazônia. Não apenas a estrutura física e de recursos humanos do Cimatec é privilegiada, mas a estratégia de mercado e a visão de futuro", disse Calderaro. "Saímos daqui com a certeza que temos como replicar, em suas devidas proporções, o trabalho realizado aqui para desenvolvermos socioeconomicamente nossa região", complementou.
A agenda de trabalho junto ao Senai Cimatec da Bahia foi uma das primeiras agendas proativas do CBA com institutos tecnológicos de grande experiência em diversas áreas do conhecimento. O Centro tem por objetivo, por meio dessa troca de informações, aperfeiçoar sua atividade para buscar fazer da bioeconomia amazônica um segmento econômico de destaque não apenas local, mas nacional e internacional.
Cimatec Park
Com mais de quatro milhões de metros quadrados, o parque é composto por laboratórios avançados, grandes usinas piloto, áreas de segurança para testes e operações de risco e até uma pista de teste do setor automotivo. A atividade realizada no local complementa o trabalho desenvolvido no Senai Cimatec da capital baiana, cuja estrutura conta com mais de 35 mil m² de área construída e 42 áreas de competência, que envolvem, além da biotecnologia, fábricas modelo 4.0, robótica autônoma, mecânica de precisão, supercomputação, microeletrônica e eletrônica embarcada, sistemas avançados de saúde e estruturas aeronáuticas.