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Britânicos querem investir em energias renováveis na ZFM
Uma comitiva de empresários britânicos da área de energia renovável esteve na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), na quarta-feira (04), para conhecer detalhes dos incentivos fiscais oferecidos no Amazonas e definir novos investimentos. Os empresários foram recepcionados pelo superintendente-adjunto de Operações da SUFRAMA, Adilson Vieira, pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas, Airton Claudino, e pelo representante da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.
De acordo com o vice-cônsul britânico no Rio de Janeiro, Matt Woods, motivada pela Copa do Mundo Fifa no Brasil, a comitiva busca ampliar as relações com Estados que têm potencial para novos negócios, como é o caso do Amazonas. “Queremos conhecer as oportunidades que vocês têm. Algumas empresas britânicas já descobriram, penso em particular na Triumph, que é um verdadeiro case de sucesso, mas queremos muito mais empresas aqui. Creio que o tipo de empresas que trouxemos hoje – a área de eficiência energética – pode ser bastante interessante para negócios, pois é uma área onde temos interesses comuns e acho que podemos desempenhar parcerias dentro das novas tecnologias”, afirmou Woods.
Durante o encontro, o secretário Airton Claudino e a coordenadora-geral de Estudos Econômicos da SUFRAMA, Ana Maria Souza, explicaram aos empresários sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), desde a criação até os dias atuais, em que o modelo deverá ser prorrogado por mais 50 anos. “Dos incentivos fiscais concedidos no território nacional, a ZFM é o único modelo com garantias na Constituição Brasileira”, enfatizou Claudino, explicando ainda que o modelo contribuiu para preservação de 98% da floresta nativa do Amazonas, por ser uma alternativa econômica que não utiliza os recursos ambientais de forma predatória.
Contrapartidas
Ana Souza, por sua vez, apresentou informações como a área de atuação da SUFRAMA, os incentivos fiscais concedidos pelo modelo e também as contrapartidas para receber os incentivos fiscais, como a necessidade de seguir o Processo Produtivo Básico (PPB) na produção. Ela também falou sobre a logística de escoamento dos produtos e dados econômicos do Polo Industrial de Manaus (PIM). “Somente no primeiro trimestre deste ano, já temos um aumento de 20% no faturamento em relação a 2013. Isso se deve ao efeito Copa do Mundo, período em que o brasileiro troca sua televisão para assistir ao mundial”, explica.
Claudino falou ainda sobre o planejamento estratégico da Seplan para o Amazonas, de 2012 a 2030, que busca outras matrizes de negócios que possam complementar o modelo ZFM, já que este é, praticamente, o único modelo econômico no Estado. “Temos a convicção de que meio ambiente e logística são os grandes gargalos para promovermos o desenvolvimento que dependa menos dos incentivos fiscais e, principalmente, possa chegar ao interior do Estado, mas também entendemos que estão neles as nossas grandes oportunidades”, afirmou.
Após as explicações, os empresários se mostraram interessados em investir no Amazonas, sobretudo nas demandas existentes na questão ambiental em relação às energias renováveis. A comitiva participaria ainda, na tarde de quinta-feira (5), de um evento sobre eficiência energética na sede da Fieam.