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Banco da Amazônia financia econégocios na região
O Banco da Amazônia investiu R$ 3,5 bilhões em ações de desenvolvimento sustentável na região nos primeiros oito meses de 2008 e prevê ultrapassar a meta de R$ 4 bilhões prevista para este ano. O balanço foi apresentado pelo do diretor de Ações Estratégicas do banco, Augusto Monteiro de Barros, durante a quarta edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2008), que termina amanhã (13), no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus.
Segundo o diretor, os investimentos da instituição financeira na região amazônica têm foco na área de econegócios. Ele destacou os vários projetos de manejo florestal sustentável conduzidos por empresas de cosméticos e produtos fitoterápicos, que recebem financiamento do Banco da Amazônia para desenvolver produtos a partir da biodiversidade da região. "Vale destacar que são projetos que utilizam as riquezas da Amazônia de modo sustentável, ou seja, não degradam o meio-ambiente e ainda levam desenvolvimento econômico e social à região", observou Barros.
Outra atividade que recebe recursos do banco é a piscicultura. O pacu, um dos peixes mais populares da região amazônica, está sendo criado em cativeiros no Estado de Rondônia. Para obter sucesso, explica o diretor, foi necessário o investimento em uma técnica que impedisse que o peixe em cativeiro comesse todos os alevinos. "Financiamos as pesquisas para descobrir uma maneira de reproduzir o pacu em cativeiro. A técnica já era conhecida. No entanto, era de caráter privado", explicou Barros. Com o apoio do Banco da Amazônia, pesquisadores de Rondônia descobriram uma nova forma de cultivar peixes, como o pacu, em lagos artificiais. "A técnica agora é de conhecimento público e pode ser usada por qualquer piscicultor", acrescentou.
De acordo com Barros, as instituições financeiras no Brasil estão cada vez mais interessadas em apoiar projetos que misturem desenvolvimento e responsabilidade social. "Os bancos acompanham uma tendência mundial que busca ações responsáveis. Na Amazônia, essa preocupação é ainda maior, pois não podemos financiar projetos que destruam ou prejudiquem o ecossistema", afirmou.
Para se enquadrar como um "econegócio" e ter acesso ao crédito oferecido pelo Banco da Amazônia, o empreendimento deve seguir critérios sócio-ambientais. "Temos a filosofia de acreditar em projetos inovadores, mas os empresários devem estar atentos aos cuidados ambientais que a região amazônica merece", completou o diretor da instituição.