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Atuação da SUFRAMA na Amazônia ganha apoio de líderes nacionais
As discussões sobre a importância do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, a inserção internacional da região e o planejamento estratégico da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), que neste momento está em fase final de revisão, ganharam o plano nacional. E mais que isso: a instituição teve o apoio de importantes atores do cenário econômico, meio acadêmico, parlamentar e de diversos ministérios para que suas ações sejam fortalecidas.
Nesta quarta-feira, dia 25, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, a superintendente da SUFRAMA, Flávia Grosso, destacou os números do Pólo Industrial de Manaus (PIM), seus indicadores, que irradiam desenvolvimento, sobretudo, para a Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e a Área de Livre Comércio (ALC) de Macapá e Santana, no Amapá, durante o seminário Inserção internacional da Amazônia. Promovido pela CNI e Ação Pró-Amazônia, associação que reúne as federações dos Estados da Amazônia Legal, teve na platéia mais de 100 formadores de opinião das mais variadas partes do País.
O encontro foi aberto pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, o coordenador da Ação Pró-Amazônia e presidente do Conselho de Integração Nacional da CNI, Eduardo Machado Silva, e o ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Teve ainda a participação de representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Meio Ambiente (MMA), de Ciência e Tecnologia (MCT), das Relações Exteriores (MRE), além de senadores e deputados federais e presidentes de federações da indústria da região e estudiosos.
Em todas as falas, ressalta Flávia Grosso, ficou claro que o modelo ZFM e a SUFRAMA estão em sintonia com o que demanda a região e as políticas públicas desenvolvidas por outros órgãos amazônicos, seja ao fomentar a produção sustentável, infra-estrutura econômica, estudos logísticos de integração da região ao continente, seja ao investir na formação de capital intelectual. “O seminário nos possibilitou debater a importância do modelo ZFM, os desafios da região e que as ações regionais precisam ser entendidas como projetos nacionais”, destaca a superintendente.
Sinergia
Mangabeira Unger, que está contribuindo ativamente para o aperfeiçoamento do planejamento estratégico da autarquia, em execução desde o ano passado por grupo de especialistas contratados pela SUFRAMA junto à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), destacou que o plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia que está coordenando passa por sete grandes eixos. “Esses eixos são linhas nas quais temos que atuar para remover entraves enfrentados pela região, como a questão fundiária, logística e conhecimento e capacitação”, aponta.
Nessas áreas a autarquia vem investindo nos últimos anos visando despertar o potencial regional. De 2002 a 2007, por exemplo, a Superintendência aportou próximo de R$ 500 milhões na modernização produtiva e infra-estrutural dos municípios de sua área de atuação. Na avaliação do ministro Mangabeira Unger, a SUFRAMA tem papel fundamental na tarefa de desenvolver uma indústria que explore de forma sustentável a biodiversidade da floresta amazônica. Além disso, acrescenta, a instituição deve continuar estimulando a implantação de indústrias com conteúdo mais inovador e o aprofundamento do conhecimento técnico e científico na região.
O coordenador do projeto Arara, de revisão do plano de ações da SUFRAMA, para o período de 2008 a 2011, é o pesquisador Tadao Takahashi. Ele participou dos projetos de implantação da internet no Brasil, da Rede Nacional de Pesquisa, entre outros. Arara vem das iniciais de Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia e Amapá, Estados que compõem a área de atuação da autarquia.
Os representantes do MRE, o ministro Paulo França e o conselheiro Francisco Chagas, falaram sobre a política do Governo Federal em ampliar a integração do Brasil aos países-membro do Mercosul e América do Sul, a importância desse mercado para tal estratégia e a necessidade de se investir mais em logística. Em ambos os casos foi destaco o papel da SUFRAMA nos estudos e articulações para a concretização de novos eixos de fluxo comercial, turístico e cultural. “No caso do eixo multimodal Manta-Manaus, que ligará o Brasil ao Equador, a SUFRAMA foi fundamental no fornecimento dos elementos que mostraram a importância e viabilidade dessa nova rota”, afirmou Francisco Chagas.
A diretora do museu Emílio Goeldi, Ima Célia Guimarães Vieira, que representou o MCT no seminário, defende a ampliação do papel da SUFRAMA como agente de fomento ao desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I). “A SUFRAMA e a Sudam, além de outras instituições como o Emílio Goeldi e o Inpa, têm o papel de desenvolver a Amazônia e devem ser fortalecidos”, destaca. Maior estrutura para os órgãos da região, aliás, foi ponto de consenso entre vários dirigentes, como o superintendente da Sudam, Djalma Mello. “Estamos estruturando a Sudam para atendermos a contento o que necessita a Amazônia”, ressalta.
Também palestraram no seminário o diretor da Nokia no PIM, Mauro Correia, que falou da experiência de sucesso da multinacional finlandesa em Manaus e os desafios que a indústria tem que superar; o secretário de Tecnologia Industrial do MDIC, Francelino Grando, que destacou a importância do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) para a região e o empenho do Governo Federal em definir uma personalidade jurídica para que o Centro seja mais dinâmico na relação com a indústria; e o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Hamilton Pereira, representando o MMA.