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Appio Tolentino promete SUFRAMA mais célere e de portas abertas para a classe empresarial
Em solenidade realizada no auditório da sede da SUFRAMA, nesta quarta-feira (14), o engenheiro e advogado Appio da Silva Tolentino foi apresentado oficialmente à sociedade amazonense como novo superintendente da Zona Franca de Manaus. Em seu primeiro discurso público no cargo, Tolentino afirmou que a meta prioritária será promover uma mudança de mentalidade na SUFRAMA, deixando-a mais célere em suas atividades e interlocuções, de forma que a classe empresarial dos mais diversos segmentos conte sempre com portas abertas e receba o maior prestigio possível. O novo superintendente também afirmou que, em sua gestão, a autarquia terá atuação intensamente focada na geração de empregos e na atração de investimentos.
A solenidade foi prestigiada por aproximadamente 300 pessoas, que lotaram o auditório da autarquia. Além do superintendente, a mesa diretiva foi composta pelo secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, José Jorge do Nascimento Júnior, que representou o governo do Amazonas; pelo deputado estadual Adjuto Afonso, como representante da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas; pelo Procurador Geral do Município, Marcos Cavalcanti; pelo General de Exército, Geraldo Antonio Miotto, comandante Militar da Amazônia; pelo Brigadeiro do Ar, Waldeísio Ferreira Campos, comandante da Ala 8 da Força Aérea Brasileira; pelo vice-almirante Luis Antonio Rodrigues Hecht, comandante do 9º Distrito Naval; pelo superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Pereira; e pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.
Sobre a mudança de mentalidade que pretende implementar, Tolentino disse ser necessário, em primeiro lugar, compreender que os protagonistas do processo de desenvolvimento são, de fato, os empresários, e que a SUFRAMA precisa fazer todo o possível para viabilizar a retomada do crescimento da indústria. “A administração que eu pretendo fazer à frente da SUFRAMA é colocar sempre o empresário como prioridade. Os representantes da classe empresarial, tanto do setor comercial, do agronegócio, da agroindústria, do setor de serviços, da indústria, entre outros segmentos, irão trazer as dificuldades e nós iremos sentar e discutir juntos que medidas podemos tomar para solucioná-las. Daqui para frente, a SUFRAMA terá portas abertas. A bandeira da instituição será celeridade. Quem não quiser esperar, marque hora, mas quem tiver urgência, pode vir porque nós iremos atender. Os empresários serão prestigiadíssimos, porque sem eles não há desenvolvimento”, afirmou.
Ao abordar a importância das ações de atração de investimentos e de geração de empregos, o novo superintendente classificou como fundamental a adoção de políticas que encorajem a vinda de novos negócios e disse, ainda, que irá buscar combater de imediato os índices de desemprego verificados na região. “Novos investimentos significam produção e renda. Temos que enfrentar de cara esse desemprego cruel que há na região, que impacta em tantas mazelas. Nós temos que fazer uma política forte de atração de investimentos, levantar quais são os produtos e os componentes que a indústria brasileira importa. Feito isso, temos que tentar trazer essas empresas porque é melhor comprar da Zona Franca de Manaus ou da região do que importar”, disse. “Durante cinco anos vendi a Zona Franca, viajando, fazendo palestras pelo mundo inteiro, atraindo investimentos. Vamos continuar nesta mesma linha, só que, dessa vez, com a experiência que ganhamos no passado, vamos fazer missões em que iremos convidar empresários de todos os setores e prestadores de serviço pra que nos acompanhem. Essas missões serão pontuais para nos certificar quais são as empresas que nós queremos trazer e ter a oportunidade de convencê-las a vir para a região”, complementou.
Ele também comentou a questão dos Processos Produtivos Básicos (PPBs), afirmando que fará questão de atuar à frente de todo o processo decisório e participará ativamente das reuniões de trabalho, em sintonia com as equipes técnicas da autarquia. “Os PPB são positivos, foram criados para gerar empregos, aumentando as etapas obrigatórias na Zona Franca, mas a demora atual causa muito transtorno. Temos que ver o que causa essa demora, quais os pontos conflitantes que levam a isso, e tentar negociar para que tenhamos nossos PPBs aprovados no tempo desejado”, disse.
Tolentino também buscou elogiar bastante o corpo técnico da SUFRAMA, lembrando que, em sua trajetória profissional, ao longo dos últimos trinta anos, conheceu inúmeros servidores qualificados na instituição. “Será um orgulho trabalhar ao lado desses profissionais. Estou aqui para somar. Gosto de trabalhar em equipe, de valorizar os servidores da casa. Tenho também acompanhado as lutas recentes por melhorias nas condições de trabalho e sou solidário. A luta dos servidores é nossa luta”, afirmou.
O superintendente refletiu, ainda, sobre as dificuldades de infraestrutura da região e classificou essa questão como um gargalo que precisa ser enfrentado de frente. “Nós temos problemas quanto à questão da infraestrutura tanto da saída dos nossos produtos quanto da chegada de insumos. Precisamos modernizar, fazer parcerias com a iniciativa privada, dar mais celeridade às fiscalizações. Estamos dispostos a conversar com todos os agentes envolvidos para fazer essas parcerias”, disse.
Outro tópico abordado por Tolentino foi a necessidade de se efetivar e reforçar parcerias com órgãos da academia e institutos de pesquisa, como Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para buscar o desenvolvimento de novas tecnologias e de conhecimentos que possam resultar em novos produtos de maior aceitação no mercado internacional.
Por fim, o superintendente também destacou a importância de conhecer a realidade de toda a área de atuação da SUFRAMA (Estados do Amazonas Acre, Rondônia, Roraima e municípios de Macapá e Santana, no Estado do Amapá) e de abrir um diálogo produtivo com os governantes dessas localidades. “Eu e a equipe técnica iremos fazer visitas aos outros Estados, pedir audiências com os agentes políticos e produtivos e tentar definir a forma mais prática de ajudarmos no desenvolvimento de cada uma dessas localidades”, afirmou Tolentino, comentando que, nesse sentido, o descontingenciamento das verbas arrecadadas pela SUFRAMA será fundamental. “Uma vez que o dinheiro arrecadado na região seja aplicado na região, obviamente será um instrumento importantíssimo de desenvolvimento não só para o Amazonas, mas para todos os Estados da nossa área de abrangência. Eu e todos os nortistas ocidentais temos uma expectativa de que esses recursos não sejam contingenciados”, finalizou.
Votos de sucesso
O secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, José Jorge Júnior, que na ocasião representou o governador do Amazonas, em exercício, David Almeida, afirmou que o quadro técnico da SUFRAMA é a maior riqueza que a instituição possui e pediu ainda que a nova gestão da autarquia continue atuando de forma a buscar o robustecimento de todos os segmentos presentes no tripé econômico do modelo Zona Franca de Manaus: indústria, comércio e agropecuária. “Nos últimos anos, avançou-se muito na realização de ações que contemplam todos esses segmentos e é disso que precisamos, continuar esse trabalho”, afirmou Júnior, antes de desejar êxito à gestão do novo superintendente. “O sucesso do seu trabalho beneficia todos nós e, por isso, temos que estar juntos com você e toda sua equipe. Acima de todos nós, estão a SUFRAMA e a Zona Franca de Manaus. Temos que colocar de lado toda a vaidade e trabalhar, porque nós somos amazônidas e, portanto, somos os maiores interessados em desenvolver essa região. Que possamos ter mais uma gestão briosa com o senhor à frente da SUFRAMA”, finalizou.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, disse que as classes empresariais assistem com muita satisfação o discurso de que a SUFRAMA dará total prioridade para aquelas que são a razão de ser da autarquia – as empresas, sejam elas industriais, comerciais ou de serviços. “A SUFRAMA tem nosso total e integral apoio, pode contar conosco. Conclamamos a nova gestão a fortalecer ainda mais a parceria entre SUFRAMA, Governo do Estado e classes empresariais, para juntos lutarmos de forma realista e sem temor pelo bem do Amazonas e da nossa região, não permitindo que problemas políticos possam prejudicar as atividades operacionais da autarquia”, disse Azevedo.
O superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Pereira, que atuou como superintendente da autarquia, substituto, nos últimos 20 dias, também desejou êxito à nova gestão e se colocou à disposição, ao lado da classe de servidores e dos colaboradores da instituição, para a continuidade das ações. Ao final do discurso, ele entregou ao superintendente Appio Tolentino um relatório contemplando tanto as atividades da sua gestão interina quanto da gestão da ex-superintendente Rebecca Garcia, que esteve à frente da autarquia entre outubro de 2015 e maio de 2017.
Perfil
Engenheiro de Pesca e advogado tributarista, Tolentino possui larga experiência atuando em órgãos governamentais, sobretudo, em atividades de fiscalização e acompanhamento de indústrias incentivadas, políticas industriais e ações de desenvolvimento econômico. O superintendente ingressou no serviço público há 30 anos, na então Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (SIC), do Amazonas, atual Seplan-CTI. No órgão, ocupou cargos de gerente de Laudo Técnico e de Diretor de Departamento na área de Desenvolvimento Econômico, além de ter sido Secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico. A experiência no serviço público inclui, ainda o cargo de professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em piscicultura e aquicultura e também o de servidor concursado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), atividade que exerceu por três anos.