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Amazônia pode ser novo marco econômico do País, segundo Bolsonaro
A participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, na 287ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), realizada na última quinta-feira (25), reforçou o compromisso do governo federal com o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), marcando a primeira vez em aproximadamente 11 anos que a autoridade máxima do Executivo nacional prestigia um encontro do Conselho. Na ocasião, além de assinar decretos voltados ao sistema de telecomunicações e ao segmento de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da região, Bolsonaro também discursou sobre a importância da Amazônia para o Brasil e para o mundo e afirmou que suas enormes potencialidades poderão colocá-la como novo marco econômico do País.
Ele iniciou seu discurso reafirmando o apreço que sente pela Amazônia e lembrando a decisão histórica do governo militar de criar o modelo Zona Franca de Manaus, em 1967, justamente por ter ciência de que o mundo todo sempre esteve com olhos voltados para essa região. Ele também discutiu temas particularmente afetos à região, como questões indígenas e de preservação do meio ambiente. Segundo Bolsonaro, a idéia é “integrar o índio à sociedade e fazer o casamento do meio ambiente com o progresso”. Outra demanda abordada foi a recuperação da BR-319. “Estamos trabalhando no sentido de atender a todos. Não interessa a região, seja Nordeste, Norte, Sudeste, Sul ou Centro-Oeste, trabalhamos para o Brasil. Essa é a determinação que dei para os ministros. Por causa desse entendimento, podemos, sim, não apenas sonhar, mas ter a certeza de que a BR-319 será asfaltada. Tratando a coisa pública com o devido respeito, as obras aparecerão com toda certeza”, relatou Bolsonaro.
Ele também elogiou o trabalho realizado pela Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), em parceria com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), de aproximação com uma empresa aérea espanhola que poderá viabilizar uma nova rota entre Madrid, na Espanha, Manaus, no Brasil, e Lima, no Peru.
O presidente discursou, ainda, sobre a exuberância da Amazônia, lembrando desde as riquezas existentes no subsolo – especialmente as áreas ricas em potássio na foz do rio Madeira – até as potencialidades advindas da biodiversidade, a qual poderá, inclusive, ser explorada em parcerias com outros países. “Tenho mostrado, falado para o mundo, que qualquer país que por ventura queira em parceria explorar a nossa biodiversidade, estamos prontos para conversar com esses países. Tenho dito a mesma coisa na exploração mineral. Nós não podemos viver apenas de commodities. Eu falo em parcerias, porque quero agregar valor àquilo que nós temos. E a Zona Franca de Manaus é importante nessa futura parceria para o bem-estar do nosso querido Brasil”, complementou.
Por fim, ele afirmou que determinou ao ministro de Minas e Energia, almirante Bento Lima, a edição de uma nova legislação, em concordância com o Parlamento, que busque tratar dos garimpos no Brasil. Ele encerrou seu discurso desejando sorte à gestão da Suframa e dizendo esperar um ano de muitas vitórias e resultados para a região e para o País. “Quero dizer do amor que todos nós temos por essa região, da confiança que temos em deputados e senadores que estão ao nosso lado lá em Brasília, na cooperação para buscarmos atingir a esse bem comum que é o desenvolvimento dessa região maravilhosa”, finalizou.
Foto: Alan Santos/PR